Resumo Este texto aborda os primeiros anos de vigência do chamado Movimento da Matemática Moderna - MMM. Em específico, analisa obra de referência para formação de professores dos primeiros anos escolares, tendo por objetivo verificar as transformações decorrentes do MMM. Utilizam-se, como ferramentas teóricas de análise, estudos sobre a construção de biografias de livros didáticos nos termos tratados por Pais (2010); Valente (2008) e Choppin (2004); ancorados na perspectiva da História Cultural (CHARTIER, 1990), tendo em vista usos e apropriações desse tipo de obra. Que elementos da matemática moderna estão presentes para serem ensinados nos primeiros anos escolares contidos no Manual Pedagógico para a Escola Moderna, orientando a formação de professores que ensinam matemática? Como resposta o estudo conclui que tal obra é referencial importante para a análise de um período de transição das referências para formação de professores, incorporando de modo periférico novos conteúdos, sem alterar a organização da aritmética de período anterior ao MMM.
<p>Este artigo tem por objetivo analisar a construção do conceito de paralelogramo e triângulo isósceles através de uma prática com o uso do<em> software</em> Xlogo. A dinâmica de trabalho consistiu na concepção/elaboração/análise/reflexão de tarefas que foram desenvolvidas com professores de matemática. Para tanto, assumiu-se como teoria os ciclos de ações e a espiral da aprendizagem proposta por José Armando Valente. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujos instrumentos utilizados foram registros escritos produzidos pelos professores participantes e o diário de campo do professor formador. A análise permitiu constatar que os ciclos de ações e a espiral da aprendizagem podem possibilitar a análise da aprendizagem compartilhada no que diz respeito à troca de saberes entre o professor formador e os participantes dessa ação.</p><p><strong>Palavras-chave:</strong> Ciclo de ações. Espiral de aprendizagem. Xlogo.</p>
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Neste artigo, buscou-se analisar o documento intitulado “Caderno VII”, o qual traz o planejamento de ensino da área de matemática para as primeiras séries do curso fundamental – 1.º grau. Esse material foi elaborado por uma equipe de educadores do Grupo Escolar – Ginásio Experimental “Dr. Edmundo Carvalho”, sob a supervisão da professora Anna Franchi. Para entender quais processos e dinâmicas, envolvidos na elaboração do referido caderno, se constituíram como ferramenta de trabalho do professor dos primeiros anos escolares no Experimental da Lapa, serviram de aporte teórico os estudos de Hofstetter, Schneuwly e Freymond (2017) sobre expertise e expert. Observou-se que a proposta de ensino do documento em questão – o Caderno VII –, tanto para o Grupo Escolar - Ginásio Experimental como para as demais escolas, detém-se na ideia de dominação de alguns determinados conceitos, porém mantém como referência um conjunto de objetivos específicos. O estudo parece evidenciar um saber objetivado, para ensinar matemática, contribuindo diretamente para a formação pragmática do professor, ou seja, para um melhor caminhar do professor – o que acaba refletindo na aprendizagem do aluno – em sala de aula.
Este artigo aborda a obra "Elementos de Aritmética – Curso Primário (ou elementar)" de Isidoro Dumont, publicada em 1937. O objetivo do estudo é analisar essa obra didática, com ênfase no tópico do sistema métrico decimal, e compreender como ela contribuiu para o ensino da Aritmética nas três primeiras décadas do século XX. A metodologia utilizada consiste em uma pesquisa que envolve a análise da edição de 1937, publicada pela Livraria Francisco Alves. Observa-se que a escolha desse livro didático é relevante, pois ele faz parte da tradição editorial da Congregação Marista, que teve um papel importante no ensino católico no Brasil. Os resultados da pesquisa revelam a permanência de elementos do ensino de aritmética em meio a reforma educacional que reestruturava a abordagem da matemática em termos da fusão de seus diferentes ramos. O entendimento de tal fato é possível tendo em vista que o livro didático é objeto cultural.
O objetivo deste artigo é apresentar uma interpretação do ensino de frações, a partir da análise do “Curso Moderno de Matemática para o ensino de 1.º grau”, de Manhúcia Perelberg Liberman, Lucília Bechara Sanchez e Anna Franchi. Pretende-se compreender que matemática para ensinar pode ser interpretada ao analisar as orientações contidas nesta obra. O texto que aqui apresentamos apoia-se nos conceitos elaborados pela Equipe de Pesquisa em História Social da Educação, da universidade de Genebra – saberes a ensinar e saberes para ensinar –, bem como as apropriações desses conceitos assumidos pela equipe do GHEMAT-SP, que colocam o saber profissional como tema para análise do ensino e da formação em contexto histórico. Para análise documental, se admitiu como fontes de pesquisa os livros do ensino primário da coleção GRUEMA, dos anos de 1974 e 1975. Os resultados da análise realizada, apontam que uma matemática para ensinar foi objetivada no período do Movimento Matemática Moderna, a partir da construção e do desenvolvimento da obra, e das diversas representações utilizadas para ensinar frações, colocando em foco a expertise das autoras.
Elaborado por Maurício Amormino Júnior -CRB6/2422O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores.2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
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