RESUMO No contexto brasileiro, a Lei de Inovação, promulgada em 2004 e reiterada pelo Marco Legal da Inovação em 2016, estabeleceu que as Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) nacionais dispusessem de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) para gerir suas respectivas políticas de inovação. A institucionalização, abordagem que explica como e porque estruturas e processos tornam-se legitimados, compreende um conjunto de componentes chaves, fundamentados na habitualização, que representa a formalização de arranjos em políticas e procedimentos. Nesse sentido, esta pesquisa teve como objetivo conhecer como ocorreu a institucionalização de NITs implantados no sul do Brasil, uma vez que estes representam importante pilar no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT&I). A fim de atingir o objetivo proposto, foi realizada uma pesquisa qualitativa e exploratória, com dados secundários extraídos de relatórios do Formulário para Informações sobre a Política de Propriedade Intelectual das ICTS do Brasil (Formict), e dados primários advindos de questionário aplicado a coordenadores de NITs de três estados do sul do país. Foram empregadas técnicas usuais da análise de conteúdo para codificação e interpretação dos dados. Os resultados mostraram algumas dificuldades no processo de institucionalização dos NITs, principalmente vinculadas ao não surgimento de uma cultura empreendedora, a pouca autonomia e aos entraves burocráticos na contratação de pessoal, evidenciados no modelo de organização do campo, baseado em um pilar institucional regulativo. Conclui-se que os NITs se encontram em fase de habitualização, sendo que o estágio de sedimentação e o processo de institucionalização variam conforme a instituição, embora tenha sido observado mimetismo nas ações.
A inovação tecnológica demanda um tipo de gestão peculiar, complexa, que deve interagir com uma diversidade de agentes no processo de inovação. O objetivo deste estudo foi analisar esta dinâmica no contexto do Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Maringá. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa e exploratória. A metodologia empregada concilia três elementos: práticas próprias e pertinentes à gestão da inovação, aprendizagem baseada em problemas e objeto de inovação, todos elementos articulados com base em um protocolo de pesquisa oriundo de referências internacionais. Obteve-se um conjunto de ações alinhadas à gestão da inovação, fundamentadas na cultura, estratégia e oportunidades próprias ao ambiente de uma Instituição de Ensino Superior, a saber: i) adoção de práticas de gestão relacionadas à uma estrutura organizacional mais orgânica, mais flexível, menos burocrática, com diretrizes claramente estabelecidas; ii) sistema de decisões descentralizado; iii) maior utilização de instrumentos como benchmarking e best practice; iv) desenvolvimento de redes para novas parcerias; v) estrutura física adequada para propiciar um ambiente que estimule a execução de novas atividades, habilidades e conhecimentos; vi) criação de mecanismos para maior interação com clientes; e vii) realização de um planejamento estratégico para organização e compreensão do ambiente inovador, levando em consideração os propósitos de uma Universidade.
University-industry cooperation (UIC) is increasingly seen as an essential innovation strategy and technology transfer offices (TTOs) play an important role in this process but are still neglected by industries and researchers. Public policies have been developed worldwide since the Bay-dole act in 1980, but emerging countries still face difficulties in promoting UIC compared to developed countries. This article aims to highlight and compare the main motivations and barriers for UIC in Brazilian and Irish TTOs. Based on a literature review, a questionnaire was applied to the heads of nine TTOs. This research is characterized as a multiple case study with a qualitative approach. Based on the results obtained, it can be concluded that the TTOs from Ireland and Brazil have different motivations for cooperation, but face similar barriers despite the completely different contexts they are in.
A cooperação universidade-empresa é importante para sistemas de inovação, e o objetivo desta pesquisa foi compreender a geração de conhecimento e de inovação no contexto de interação entre uma universidade pública e uma empresa industrial de porte médio. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa e exploratória, utilizando o método de estudo de caso. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas abertas, tendo como sujeitos diretores da empresa, uma integrante do Núcleo de Inovação Tecnológica da universidade e dois pesquisadores. Para análise, os dados foram transformados em categorias explicativas, sendo: perfil da empresa e da universidade, origem e desenvolvimento da parceria, conhecimento e inovação no âmbito da parceria e dificuldades encontradas. Os resultados mostraram a transferência gradual de tecnologia e benefícios que a empresa obteve a partir da relação estabelecida com a universidade, principalmente por meio da inovação e aumento da linha de produtos, bem como pela expansão de mercado. Para a universidade, a parceria resultou na formação de recursos humanos e promoção da inovação. Palavras-chave:Cooperação universidade-empresa. Inovação. Conhecimento em pequenas e médias empresas. AbstractThe university-enterprise cooperation is important for innovation systems and the objective of this research was to understand the generation of knowledge and innovation in the context of interaction between a public university and an industrial Paraná midsize company. For this purpose, a qualitative exploratory study was performed using the case study method. Data collection was conducted through open interviews, with the directors of the company, with a member of the Core Technological Innovation of university and two researchers. For analysis, the data were transformed into explanatory categories, as follows: profile of the company and the university, origin and development of the partnership, knowledge and innovation within the partnership and difficulties encountered. The results showed the gradual transfer of technology and benefits that the company obtained from the established relationship with the university, particularly through innovation and increased product line and by market expansion. For the university, the partnership resulted in the formation of human resources and promoting innovation.
Knowledge Management as a strategy to improve the quality of the institutional environment can be related to the coordination of activities that create, store and share knowledge. School Management has to deal with different tasks, such as planning, organization, leadership, guidance, monitoring and evaluation of all the processes necessary to ensure the promotion of students’ learning and training. In this context, the Political–Pedagogical Project assists School Management, since it is an important document for the school organization, containing the school’s identity as well as the plan to achieve the best teaching and learning process for the school community. In this sense, the objective of this research was to demonstrate how the Political–Pedagogical Project can promote Knowledge Management at the school level. The methodology used was exploratory and bibliographic research. The results obtained in this paper show that the Political–Pedagogical Project strengthens School Management when it is supported by Knowledge Management, considering that there is an improvement in the promotion of the quality of the organizational environment, as well as the elucidation of effective learning for teachers and students through democratic management.
ResumoO desenvolvimento baseado no conhecimento gera riqueza abrindo fronteiras para a competitividade, inovação tecnológica e distribuição de renda. Em países desenvolvidos esse processo está intrinsecamente ligado à capacidade de gerar inovação e à dinâmica de construção de conhecimento em redes. Nesse processo, as comunidades acadêmicas e de pesquisa participam efetivamente na dinâmica de geração de conhecimento e inovação, um ambiente de trabalho fortemente baseado em TICs. Na América Latina, entretanto, a formação de tais comunidades é reduzida, quando comparada à dinâmica de países desenvolvidos. É nesse contexto que a Rede CLARA (Cooperação Latino Americana em Redes Avançadas) e a Rede ScienTI (Rede de Informação e Conhecimento em Ciência, Tecnologia e Inovação) surgem como mecanismos de criação, disseminação e promoção de conhecimento científico na região ibero-americana. A Rede CLARA integra as redes acadêmicas nacionais da América Latina, conectando mais de 700 universidades e centros de pesquisa nessa região. A Rede ScienTI forma e conecta fontes de informação científica de 11 países da região. Esse cenário põe em perspectiva a formação de uma gigantesca comunidade de pesquisa latino-americana, conectando pesquisadores, projetos, estudos e pesquisas, cumprindo assim importante papel na construção do futuro em ciência e educação. Nesse artigo, discutem-se as criações e funcionamentos dessas redes sob a perspectiva de construção de conhecimento em comunidade na região ibero-americana.Palavras-chave: tecnologia e informação, comunidade científica, redes acadêmicas e de pesquisa, américa latina, conhecimento.
A Inteligência Artificial (IA) tem sido utilizada nos mais variados setores da economia, incluindo o agronegócio, que tem experimentado consequências positivas de sua aplicação. Portanto, é necessário garantir que sistemas dotados de IA, como um bem intangível, estejam devidamente protegidos. Assim, o objetivo deste artigo é retratar os desafios e as soluções mais evidentes no uso da IA no agronegócio e especificar as formas de proteção da atividade intelectual com o uso dessa tecnologia. A metodologia é dedutiva, de caráter exploratório, fundamentada em pesquisa bibliográfica. Os resultados revelam que os sistemas dotados de IA encontram tutela jurídica sob o manto da propriedade intelectual, especificamente na legislação dos programas de computador, mas, em razão da complexidade do processo de desenvolvimento do software, o desafio está na proteção dos conhecimentos técnicos e do processo que constitui o desenvolvimento do software. Logo, é fundamental haver instrumentos contratuais adequados que evitem a fuga do conhecimento.
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