O Programa PET-Saúde foi lançado em 2009 e é uma iniciativa para melhorar o ensino, mediante práticas de promoção em saúde. O PET-Saúde Indígena faz parte desse contexto e é composto por um grupo de acadêmicos dos cursos da saúde da Universidade Federal do Tocantins, Brasil, com supervisão de preceptores. O grupo realiza ações nas aldeias no Município de Tocantínia, na comunidade indígena Akwẽ-Xerente. Esse povo vem sofrendo redução em sua população, além do crescente aumento do uso de álcool e de doenças crônicas. Em 2013, O Ministério da Saúde lançou o programa Mais Médicos a fim de garantir o aumento de médicos em regiões prioritárias, e as aldeias em estudo foram incluídas. Dessa maneira, o artigo aborda a experiência dos acadêmicos de medicina no contato com esses profissionais por meio das atividades de ação em saúde nas aldeias.
The research aimed to identify the current feed of Xerente people in Indian villages Porteira and Funil in the city of Tocantinia / TO. It was used a qualitative ethnographic approach. Conducted from September 2013 to August 2014. The data were presented in a diary, through participant observation of food practices with the guidance of a script. A process of dietary change that permeates the culture of this people is taking place. Factors such as the deficit in the planting gardens, the recent arrival of energy, and therefore the technology has allowed access to processed foods. But some families still maintain the farming of cassava, yam, and beans. The main animals that are hunted in the village are peccary, deer and armadillo. It was possible to point which foods are inserted in the Xerente feed and factors related to this situation.
Este artigo discute a relação entre saneamento e saúde em Terras Indígenas brasileiras, problematizando os impactos do contato dos povos indígenas com a sociedade nacional. Através do levantamento bibliográfico e da observação participante em uma aldeia do Povo Akwen Xerente do Tocantins, constatamos que, apesar da legislação vigente e dos planos e programas de saneamento, as ações mostram-se fragmentadas.Os serviços oferecidos são insuficientes para alterar as condições inadequadas de saneamento básico e, consequentemente, de saúde, disponíveis à população indígena. A baixa qualidade da água de abastecimento humano e a ausência de coleta e tratamento dos esgotos e dos resíduos sólidos estão diretamente relacionadas com doenças infecciosas e parasitárias, que permanecem como importante causa de morbimortalidade dos povos indígenas no Brasil.
Este artigo apresenta refl exões sobre a repercussão da Orientação Normativa nº 3, de agosto de 2016, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), que estabelece diretrizes para a verifi cação da autodeclaração de candidatos que pleiteiam o ingresso no ensino superior ou em concurso público pelo sistema de ação afi rmativa para pretos e pardos. Por meio da pesquisa documental, especifi camente dos editais de vestibulares dos Institutos Federais, constatou-se que alguns Institutos criaram as comissões de verifi cação com a atribuição de confi rmar, via análise fenotípica, se a autodeclaração corresponde à verdade. A Orientação Normativa, além de violar os direitos estabelecidos na convenção 169 da OIT, da qual o Brasil é signatário, desrespeita o Estatuto da Igualdade Racial e reifi ca um argumento teoricamente superado no âmbito das teorias antropológicas, qual seja, o conceito de raça como determinante das diferenças humanas.Palavras-chave: Cotas para pretos e pardos, autodeclaração, Comissões de verificação.
Resumo O método de análise espacial permite mensurar a acessibilidade espacial dos serviços de saúde para alocação dos recursos de forma eficiente e eficaz. Diante disso, o objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espacial das taxas de COVID-19 e dos recursos de saúde na Amazônia Legal. Estudo ecológico realizado com casos de COVID-19 e os recursos de saúde nos 772 municípios em dois picos da pandemia. Utilizou-se o método bayesiano global e local para elaboração de mapas coropléticos, com cálculo do índice de Moran para análise da dependência espacial e utilização do Moran map para identificação dos clusters da doença. Os índices de Moran calculados para os dois períodos demonstraram autocorrelação espacial positiva dessa distribuição e dependência espacial entre os municípios nos dois períodos, sem muita diferença entre os dois estimadores. Evidenciaram-se maiores taxas da doença nos estados do Amapá, Amazonas e Roraima. Em relação aos recursos de saúde, observou-se alocação de forma ineficiente, com maior concentração nas capitais.
O presente trabalho apresenta como questão problema a relação entre a comunidade quilombola Mumbuca, situada no Jalapão, TO, e processos associados ao desenvolvimento econômico e turístico do estado e da região citada. O objetivo da pesquisa foi compreender a agência comunitária diante do contexto apresentado, especificamente após a criação do Parque Estadual do Jalapão (PEJ) em 2001.A pesquisa foi realizada em 2018, através da observação participante e da revisitação da produção teórica disponível. Categorias como desenvolvimento, etnodesenvolvimento, expansão das liberdades e cultura como recurso, bem como autores que desenvolveram trabalhos sobre a comunidade em tela sustentam a problematização do objeto e ajudam a compreender que formas tradicionais de habitar e pensar o território precisam ser vistas não como um empecilho ao desenvolvimento, mas como possibilidades de promover a expansão das liberdades substantivas (SEM, 2010) e o etnodesenvolvimento (LITTLE, 2002)
O estado do Tocantins possui uma população indígena de aproximadamente 13 mil pessoas cujo modo de vida vem sendo progressivamente atingido devido a colonização econômica e cultural. Ao longo dos anos após a Constituição de 1988, vários projetos de políticas para a saúde indígena foram publicados, no entanto essa população ainda sofre com a exclusão social e com o baixo acesso aos serviços de atenção à saúde. Este trabalho propõe uma análise das principais doenças relativas às taxas de internação e mortalidade em indígenas do Tocantins, a fim de contribuir com a identificação do perfil epidemiológico dos povos indígenas do estado. Para tanto, realizou-se um estudo estatístico, longitudinal, retrospectivo, do tipo caso-controle, através de coleta de dados públicos sobre os indicadores de morbimortalidade da população indígena no Tocantins entre os anos de 2011 e 2019. A análise dos dados do perfil epidemiológico da saúde indígena tocantinense demonstrou que doenças preveníveis relacionadas à infecção e ao sistema respiratório ocupam uma margem considerável de morbidade, não havendo incidência considerável das doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes mellitus entre este grupo vulnerável na população.
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