RESUMO Esta pesquisa analisou os aspectos simbólicos do ritual de Folia de São Sebastião da Comunidade Quilombola Magalhães. Valeu-se de uma perspectiva etnográfica para interpretar as performances dos foliões, entendidas como técnicas corporais eficazes e simbolicamente prestigiosas que se ancoram nas tradições do grupo social. A folia é um ritual caracterizado pela dádiva, na qual suas trocas/intercâmbios ocorrem através do símbolo na sua menor unidade, ou seja, a bandeira. Nessa folia, a bandeira não é uma mera representação do santo perante os homens, mas ele em si. A Folia de São Sebastião é uma performance complexa no interior da tradição cultural desta comunidade e que representa as relações de poder, parentesco e afinidade desse grupo familiar.
Esta pesquisa teve por objetivo desenvolver uma proposta pedagógica para o ensino dos saberes da cultura afro-brasileira, em especial das comunidades quilombolas de Goiás, nas aulas de educação física escolar. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação, que possibilitou a construção, juntamente com a escola, de um processo de ensino-aprendizagem que articulasse os saberes da cultura popular de uma comunidade quilombola de Goiás a uma prática pedagógica para a primeira fase do ensino fundamental. Então, a partir da classificação e sistematização dessa prática social, mediada por uma teoria pedagógica crítica, construímos uma metodologia que problematizou as brincadeiras de folia (curraleira) na escola, considerando sua complexidade como linguagem corporal através das rimas/cantos, musicalidade, por meio dos instrumentos de percussão, gestualidade técnica para realização da dança e fluidez como expressão artística de uma totalidade significativa. Em síntese, foi possível elaborar uma práxis pedagógica que tematizasse a cultura afro-brasileira e suas interfaces com a educação física escolar, da qual destacamos a aprendizagem dos alunos sobre a folia como conhecimento histórico do homem do campo.
Este estudo busca analisar os processos de transição que vêm ocorrendo na vida cotidiana da comunidade Kalunga em relação à percepção das danças entre as gerações de idosos e jovens. Foi realizada uma pesquisa etnográfica utilizando entrevistas e observação direta na comunidade. A interpretação ocorreu com base em autores que discutem o tema no campo das ciências sociais no diálogo com a educação física. Como conclusão, podemos afirmar que os corpos se entrelaçam nas festas e danças e promovem diálogos de dança estabelecidos entre gerações. O sistema ritual, constituído por festas e danças, revela os sentidos e significados das danças como uma estratégia de resistência cultural, permitindo a reconstrução do passado e a re-significação do presente deste grupo social.
Este artigo tem o objetivo de apresentar a polêmica interpretativa sobre a abrangência do campo de atuação profissional de Licenciados em Educação Física, o posicionamento estabelecido por um grupo de pesquisadores, egressos e instituições do Estado de Goiás e o movimento político protagonizado a partir deste posicionamento, ampliando a análise da conjuntura em que o CNE apresentou Minuta de nova Resolução de Diretrizes Curriculares Nacionais para Graduação em Educação Física. Realizamos análise dos documentos que compõem o ordenamento legal desta questão. Concluímos que foi consolidado um cenário de grande instabilidade jurídica que deve ser compreendido como uma determinação fundamental da iniciativa do Conselho Nacional de Educação em reabrir a discussão com o campo.
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