Este artigo discute a demanda pela regulamentação do "ato médico" no Brasil à luz do referencial teórico da Sociologia das profissões. Apresenta e analisa os principais argumentos trazidos pelas corporações ao debate político a partir de documentos oficiais e entrevistas dos principais atores, entendendo o processo como legítima busca de defesa das prerrogativas e privilégios corporativos. Reconhecendo que a disputa está relacionada à construção das identidades profissionais, defende a regulamentação das profissões da área da saúde respeitando-se suas competências e habilidades teóricas e práticas. Conclui enfatizando que o papel do Estado na regulamentação das profissões precisa considerar os interesses da sociedade diante da intensa divisão do trabalho ocorrida na área da saúde, respeitando-se as competências exclusivas da medicina e reconhecendo as das novas profissões da área, como fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e outras.
Resumo: Relata-se uma experiência universitária no programa de Extensão “Escola Cidadã” - parceria UNI-RIO/município de Queimados, objetivando0 formar uma rede interdisciplinar de apoio ao ensino fundamental. Sob a ótica da pesquisa qualitativa, enfoca atividades do grupo de alunos de Medicina, utilizamos: questionários de avaliação, respondidos pelos bolsistas em 1996; observação de campo, atas, plano de ação e relatórios de 1996 e 1997. O trabalho de Extensão: proporcionou aos alunos o conhecimento de uma realidade social que validou e interligou as diferentes disciplinas do currículo; permitiu a concretização e conhecimentos de cunho social e humanístico, mostrando a necessidade de uma formação social para o médico; possibilitou o trabalho interprofissional (Medicina, Biomedicina, Biologia, Enfermagem, Pedagogia, Música, Nutrição e Teatro), entrevendo a necessidade de busca de interdisciplinaridade. Ao fomentar “o estado de apetite científico” dos alunos, evidenciou que a prática de Extensão concretiza sua função articuladora entre Ensino e Pesquisa, mostrando ser indispensável a indissociabilidade das três funções universitárias para a formação de profissionais com visão participativa e crítica.
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