IntroduçãoA mensuração da experiência dolorosa é tarefa desafiadora para aqueles que procuram manejá-la adequadamente, quer pela complexidade do fenômeno doloroso ou falta de um instrumento de medida ideal, que possibilite acesso preciso e acurado ao que o outro está sentindo 1,2,3 .Nos casos de incapacidade cognitiva grave e impossibilidade de comunicação verbal das sensações, soma-se a impossibilidade de utilizar o autorrelato, padrão-ouro para reconhecer, avaliar a tratar a dor nas populações. Nestes casos, os instrumentos que se valem da observação de comportamentos que expressam dor, como a expressão facial, as verbalizações e vocalizações, os movimentos corporais, as mudanças nas interações interpessoais, nas atividades, rotinas e no estado mental 4,5,6,7 , ajudam a reduzir riscos de interpretação errônea de mais ou de menos daquilo que a pessoa está vivenciando 2,3 .Instrumentos para a medida da dor por meio de comportamentos observáveis, que estão no domínio involuntário e não intencional, dependendo mais de formas automáticas de expressão da dor, estão sendo propostos 5,8,9,10,11,12 sam, acessível aos profissionais de diferentes áreas e níveis de formação 11,12,13,14,15 . Foi traduzido para o italiano por Ferrari et al. 13 e validado por Novello et al. 14 e Horgas et al. 15 . Consiste de quatro seções, que encampam nove figuras de situações de cuidados diários; seis figuras que indicam comportamentos de dor; e a figura de uma escala descritiva de intensidade subjetiva de 11 pontos (0-10), onde 0 (zero) significa "sem dor" e 10 (dez) "a pior dor" associados a cinco descritores: "nenhuma dor", "dor leve", "moderada", "forte" e "pior dor". Inicialmente o observador deve indicar os cuidados realizados; após, os comportamentos de dor observados durante os cuidados e a intensidade de cada um deles; e por fim, a intensidade global da dor no pior momento. O somatório dos escores de cada seção indicará o escore NOPPAIN de dor.Instrumentos de medida elaborados na cultura de origem ou adaptados culturalmente do idioma original para o da população-alvo possibilitam a obtenção de dados referentes à dor em diferentes culturas, viabilizando comparações transculturais sobre a experiência dolorosa, avançando nessa área do conhecimento 16 . Ademais, a avaliação da dor é fundamental para tratamento precoce e eficaz, um dos direitos humanos 17 .Assim, este estudo foi proposto e teve como objetivo: descrever os resultados da equivalência conceitual, de itens e semântica entre o NOPPAIN original em inglês, e a versão em português brasileiro para avaliação da dor em pacientes não comunicativos. • Passo 4: o NOPPAIN-Br-VCLP e as quatro retraduções foram analisadas pela comissão de especialistas, composta por seis bilíngues, incluindo profissionais da área de saúde (médicos neurologistas e enfermeiros) e linguistas, conhecedores do assunto em questão (medida de dor, comportamento de dor, idoso, demência e processo de adaptação transcultural de instrumentos para o português brasileiro). Para análise da concordância sob...
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