Introdução: Estudos indicam que acadêmicos de vários semestres da fisioterapia apresentam limitações no conhecimento relacionado à dor e suas terapêuticas. Contudo, essa temática ainda é pouco explorada em acadêmicos no último ano da graduação em fisioterapia. Objetivo: Descrever o conhecimento sobre dor por parte dos acadêmicos do último ano de uma instituição privada de ensino superior. Métodos: Estudo descritivo transversal com 59 acadêmicos de ambos os sexos, matriculados no estágio curricular supervisionado, do último ano do curso de fisioterapia de uma instituição privada de ensino superior. Todos os participantes foram submetidos a um questionário validado contendo questões relacionadas à fisiopatologia, subjetividade, avaliação e terapêuticas não farmacológicas da dor. Resultados: Cinquenta e seis voluntários compuseram a amostra final deste estudo. 88% deles indicaram não existir uma disciplina ou um professor especialista sobre dor. 58% dos acadêmicos não reconhecem a dor como um sinal vital. Houve conhecimento satisfatório sobre conceitos básicos relacionados à fisiopatologia, avaliação e tratamento da dor. Contudo, falhas que comprometem o manejo da dor foram detectadas. Conclusão: Existe inconsistência no conhecimento de acadêmicos do último ano do curso de fisioterapia sobre aspectos ligados a avaliação e tratamento de pacientes com dor.Palavras-chave: conhecimento, dor crônica, Fisioterapia, medicina física e reabilitação.
Objetivo: Descrever a prevalência e fatores relacionados a dor crônica em universitários da área da saúde de uma instituição privada de ensino superior. Métodos: estudo descritivo transversal com acadêmicos de ambos os sexos, dos cursos da saúde de uma universidade privada, localizada na cidade de Feira de Santana/BA. Todos os participantes foram submetidos a um questionário para coleta de dados sociodemográfica e o Pain Detect Questionaire, para identificar indivíduos com dor crônica. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa com CAE: 38987714.5.0000.5033. Os resultados foram descritos em valores absolutos e porcentagem. Resultados: Foram obtidas 306 respostas de 1.192 voluntários elegíveis. Desses, 77% mulheres, idade média 22±6 anos, autodeclarados pardos (55%) e negros (27%). Os principais cursos de origem foram, a Fisioterapia (47%) e a Farmácia (15%). No tocante a dor, 62% relataram dor atual, enquanto, 18% tinham dor persistente. As regiões de maior queixa foram a lombar com 44%, cabeça (frontal e temporal) 41%, cervical 18% e membros inferiores 40%. 52% dos voluntários com dor relataram atividade física regular. Conclusão: os resultados do presente estudo indicam prevalência de dor atual em 62% dos universitários, sendo que, 18% deles tem dor persistente. O tronco e a cabeça, foram apontados como os principais sítios de dor.
Objetivo: Sumarizar revisões sistemáticas que analisaram a eficácia do treinamento resistido na força muscular e funcionalidade em indivíduos adultos após o acidente vascular cerebral. Métodos: Revisão sistemática, PROSPERO (CRD42020208823), realizada nas bases: Pubmed, EBSCO, Lilacs, Medline, Portal BVS, Scielo, Cochrane, SPORTDiscus e PEDro. Descritores: “Resistance Training”, “Stroke” e “Systematic Review”. Incluídos: Revisões sistemáticas; compostas por ensaios clínicos randomizados e/ou estudos de intervenção controlados; que testaram intervenções de treinamento resistido; comparado a outras intervenções neuromusculares, tratamento convencional ou técnicas de simulação ou placebo; em adultos que tiveram acidente vascular cerebral, não importando o estágio da doença; para os desfechos: força muscular e funcionalidade. Tais estudos deveriam estar disponíveis na integra. Não foram realizadas restrições quanto ao idioma/tempo de publicação dos estudos. O risco de viés foi avaliado pela escala AMSTAR-2. Resultados: Identificados 139 artigos, contudo, após análise 10 foram incluídos. Esses eram revisões com meta-análise, publicados entre 2009 e 2020. As intervenções de treinamento resistido foram estatisticamente significativas para aumentar a força muscular de membros superiores e inferiores, ganhos em 1RM e desempenho no teste de caminhada de 6 minutos. O treinamento resistido não foi estatisticamente significativo para aumento da atividade, velocidade da marcha máxima e velocidade da marcha preferida. Os estudos eram de alto/moderado risco de viés. Conclusão: Embora o treinamento resistido seja estatisticamente significativo para o aumento da força muscular e desempenho no teste de caminhada de 6 minutos, esses resultados parecem não ser clinicamente relevantes. Não houve melhora na velocidade de marcha preferida e velocidade de marcha máxima.
Objetivo: revisar estudos sobre a prevalência e os fatores relacionados a dor em estudantes universitários brasileiros.Métodos: revisão sistemática com registro na Prospero (CRD42020204197), de artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, nas bases Pubmed, Ebsco, Lilacs, Medline, Portal da BVS, Google Acadêmico e SciELO. Descritores: “Pain”, “Chronic Pain”, Students”, “Students, Health Occupations” e “Universities”. Incluídos: a) estudos observacionais; b) transversais; c) publicados em periódicos nacionais ou internacionais; d) redigidos em inglês ou português; e) desenvolvidos com acadêmicos, em instituições de ensino superior brasileiras; f) que tenham avaliado a prevalência e fatores relacionados a dor; g) Tais estudos deviam estar disponíveis na íntegra. Não foram realizadas restrições quanto ao período de publicação dos estudos. Excluídos: h) estudos que não relataram a metodologia aplicada para mensuração do desfecho; i) estudos com instrumentos que não avaliaram a dor como desfecho primário, posteriormente apresentando dados insuficientes para análise dos resultados; j) estudos com acadêmicos de outros países; e k) estudos com inconsistência dos dados relacionados a amostra e seus principais resultados. O risco de viés foi avaliado com a escala Downs and Black e a proposta por Hoy.Resultados: as buscas identificaram 67 artigos, contudo, após análise, 10 foram incluídos. Esses eram estudos transversais, publicados entre 2011 e 2019, sendo cinco deles da região Nordeste. A amostra totalizou 3.268 acadêmicos, sendo 68% mulheres. A prevalência da dor variou entre 14,4% e 98% e a dor crônica entre 11,5% e 59,7%. A maior percepção da dor autorrelatada foi de 4,12 ± 2,15. As principais queixas álgicas foram nas regiões de lombar e de membros superiores. Na análise metodológica, os estudos possuem moderado a alto risco de viés.Conclusões: por fim, as evidências indicam uma alta prevalência de dor, bem como sua cronificação em universitários. Contudo, estudos com adequado rigor metodológico ainda são necessários para a confirmação dos resultados apresentados.
Introdução: A fibrilação atrial (FA) é uma das arritmias supraventriculares mais comuns. A ablação cardíaca representa uma das formas terapêuticas, pois evita as recorrências da FA e os efeitos colaterais das medicações. Como adjuvante a ablação, a reabilitação cardiovascular pode potencializar a capacidade de exercício e a qualidade de vida. Objetivo: Investigar os efeitos da reabilitação cardiovascular na capacidade de exercício e qualidade de vida de indivíduos com fibrilação atrial submetidos a cirurgia de ablação cardíaca. Métodos: Revisão sistemática conforme a PRISMA, realizada por autores independentes nas bases de dados Pubmed, BVS, PEDro e SciELO, no período de fevereiro a abril de 2020. Cruzamento dos dados realizado pelos descritores e palavra-chave: “atrial fibrillation”, “exercise” e “ablation”, utilizando operador booleano “AND”. Foram incluídos ensaios clínicos, sem restrição quanto ao tempo de publicação ou ao idioma. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada através da escala PEDro. Resultados: 526 artigos foram rastreados, contudo apenas 3 foram elegíveis. O tamanho amostral variou de 24 a 210, totalizando 302 indivíduos. A reabilitação cardiovascular manteve-se em intensidade moderada, com exercícios de resistência e aeróbicos, no período de 2 a 6 meses. Os artigos elegíveis apresentaram qualidade metodológica moderada. Conclusão: Os estudos mostraram melhora significativa da capacidade de exercício e da qualidade de vida refletida no aumento do VO2máx, no melhor desempenho no teste de caminhada de 6 minutos e na melhora dos componentes de saúde física e saúde mental.
Introdução: Revisar estudos que analisaram os efeitos da plataforma vibratória sobre a densidade mineral óssea em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Revisão sistemática, PROSPERO (CRD42020173020), de artigos publicados nas bases Pubmed, PEDro e Portal da BVS. Descritores: “Vibration”, “Bone Density”, “Women”, “Osteoporosis”, “Postmenopausal” e “Clinical Trial”. Incluídos: 1) Ensaios clínicos randomizados; 2) que analisaram os efeitos da plataforma vibratória na densidade mineral óssea; 3) em mulheres pós-menopausa; 4) disponíveis na íntegra. Excluídos: 1) ausência dos parâmetros frequência, tempo de exposição e posição corporal e, 2) teses e dissertações de mestrado/doutorado. A qualidade metodológica (risco de viés) foi avaliada com a escala PEDro e ferramenta de risco de viés da Cochrane. Resultados: As buscas identificaram 1.108 estudos, contudo, 7 foram incluídos. Eram ensaios clínicos randomizados, publicados entre 2006 e 2020. A amostra totalizou 509 mulheres pós-menopáusicas. Dessas, 292 utilizaram a plataforma vibratória, e 217 do grupo controle e/ou outras intervenções. O tempo desde a menopausa variou entre 1 e 12 anos. O protocolo de intervenção, variou entre 12,5 e 90 Hz, com tempo de exposição entre 5 e 60 minutos, com duração de 4 a 12 meses. Os resultados sugerem que a plataforma vibratória promoveu melhoras e/ou manutenção na densidade mineral óssea do fêmur, coluna lombar e cervical em mulheres pós-menopausa. Na análise metodológica, a maioria dos estudos possuem moderado risco de viés. Conclusão: A plataforma vibratória promove aumento/manutenção na densidade mineral óssea em mulheres pós-menopáusicas, podendo acarretar em redução das quedas e diminuição do risco de hospitalização.
INTRODUÇÃO: Um curto período de hospitalização, se acompanhado de imobilidade, pode ser capaz de promover declínio das funções musculoesqueléticas, gerando impacto negativo na funcionalidade e qualidade de vida. Com isso, tem-se tornado cada vez mais comum a adoção de estratégias terapêuticas como o uso da plataforma vibratória (PV). OBJETIVO: Sistematizar evidências sobre a funcionalidade e a segurança da aplicação da PV em pacientes adultos hospitalizados. MÉTODOS: Revisão sistemática, registrada na PROSPERO com código CRD42019119672. Desenvolvida nas bases: LILACS, SciELO, MedLine/PubMed, EBSCOhost e PEDro. Descritores e palavras-chave: “Whole body vibration”, “Intensive Care Units”, “hospitalization”, “muscle strenght”, e “functional capacity”. Incluídos estudos que analisaram os efeitos e a segurança da aplicação da PV em pacientes adultos hospitalizados. A qualidade metodológica foi avaliada através da escala Downs and Black. RESULTADOS: Incluídos 2 estudos, um ensaio clínico randomizado e outro estudo de intervenção controlado. A amostra variou entre 24 e 40 sujeitos, de ambos os sexos, média de idade 52±4 anos, com diagnóstico de DPOC e condições variadas. Houve uma melhora na distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos e diminuição no tempo do teste de sentar e levantar, aumento dos níveis de irisina e melhora na qualidade de vida, em relação aos parâmetros dos sinais vitais não teve alterações significativas. O escore metodológico foi em média 16. CONCLUSÃO: Os resultados indicam que a PV parece ser viável e segura, podendo trazer efeitos favoráveis na funcionalidade para o tratamento em pacientes adultos hospitalizados, sendo uma alternativa para a reabilitação de forma precoce.
Introdução: Avaliação inadequada e desconhecimento dos procedimentos aplicáveis em emergências são fatores que podem resultar maior morbidade e mortalidade. Objetivo: Revisar sistematicamente estudos da literatura nacional sobre o conhecimento de acadêmicos e profissionais da saúde em suporte básico de vida e parada cardiorrespiratória. Métodos: Revisão sistemática de estudos publicados em periódicos indexados nas bases SciELO e LILACS. Descritores: “Reanimação Cardiopulmonar”, “Suporte Básico de Vida”, “Parada Cardíaca”, “Educação em Saúde” e “Conhecimento”. Foram incluídos artigos completos publicados até dezembro de 2018. Esses analisaram o conhecimento de acadêmicos e/ou profissionais da saúde sobre suporte básico de vida e seus procedimentos, assim como, estratégias de ensino. Foram excluídos estudos com profissionais de nível técnico e/ou, com condutas hospitalares e/ou suporte avançado de vida. Resultados: As buscas identificaram 60 artigos, sendo 16 incluídos. Desses, onze eram observacionais e cinco de intervenção. Os estudos observacionais identificaram o desconhecimento de 1.178 acadêmicos e 335 profissionais sobre a identificação da parada cardiorrespiratória, sequência do suporte básico de vida, relação ventilação/compressão, interrupção das compressões e uso do desfibrilador externo automático. Os estudos de intervenção, envolvendo 24 estudantes e 189 profissionais, indicaram que estratégias de aprendizagem ativas podem melhorar o conhecimento. Conclusão: Os resultados indicam que acadêmicos e profissionais da saúde apresentam limitações no conhecimento sobre parada cardiorrespiratória e suporte básico de vida, o que pode implicar em maiores agravos e menor sobrevida para pacientes em emergência.
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