Abstracth is article traces the emergence of a younger generation of Brazilian i lmmakers whose works bypass traditional themes in Brazilian cinema such as urban violence and historical revisionism to engage in post-identity politics avoiding narratives of nation, class and gender. One of the most prominent features in these recent works is a questioning of the status of the image, which vacillates between i ction and documentary without a point of resolution. h is vacillation can be understood in terms of the performative nature of i lms like h e Monsters, h e Residents, h e Earth Giveth, h e Earth Taketh and Avenida Brasília Formosa. Such i lms are centered around improvisations that open up the image to the real. h erefore, these i lms produce a space between i ction and documentary, between reality and artii ce that is productive and politically charged. h is article aims at discussing this "Brand New" Brazilian Cinema (Novísssimo Cinema Brasileiro) and the performative force of bodies in its af ective realism. No longer a referent for a sociological truth about Brazilian society, realism is taken as something that the image does, i. e., as an af ect that challenges the viewer's response-ability.
O filme Amarelo Manga, de Cláudio Assis, é visto como obra de um cinema que quebra com centralidade da figura humana e apresenta uma composição peculiar do espaço, em especial em relação à representação da decadência urbana do terceiro mundo. Procura-se investigar as manobras da narrativa e das imagens para, em última análise, apontar o filme de Assis como um exame do declínio da cidade que, ao mesmo tempo, instiga a crítica à vontade humana e a valores liberais.
Este artigo oferece uma crítica aos estereótipos raciais a partir do filme Corra! (Get Out, 2017, direção de Jordan Peele), explorando a relação histórico/cultural que coloca a pessoa negra na posição do Outro, e que auxilia a delimitação eurocêntrica das dicotomias sociedade/natureza, razão/emoção, homens/monstros, brancos/negros. Para isso, percorre-se a história da representação negra no cinema de terror de maneira a mostrar como o filme subverte elementos historicamente construídos em favor de um posicionamento político que expõe o conflito entre passado e presente, estereótipo e representatividade. Propõe, portanto, observar como alguns discursos racistas se relacionam com os temas apresentados no filme, focando-se principalmente na relação entre o corpo negro, a natureza e a animalidade. Por fim, mostra como o filme responde a estes discursos.
A noção de uma cidade dividida é o ponto de partida de A cidade é uma só? (2011), filme de Adirley Queirós, que aposta numa estratégia de borramento das fronteiras entre documento e ficção, tensionando-os numa trama de deslocamentos que os entretece, por um lado, com o movimento entre o passado – do contexto histórico da Brasília do início dos anos 70– e o presente da filmagem e, por outro, com o trânsito mesmo dos personagens pelo espaço. O filme desloca o seu centro de interesse para fora do centro, para personagens da periferia que são o contrapeso do povo dividido, da cidade dividida, mas o faz não somente para marcar suas disparidades; o que está em jogo é o movimento que procura romper os limites, que quer dissolver as linhas separadoras, atravessando-as no sentido que as perturba.
O texto que apresento para a seção Fora de Quadro é o que preparei para apresentar no Seminário Teoria Queer e Feminista - coordenado por mim e por José Gatti e Maurício Gonçalves - durante o XX Encontro da SOCINE, em 2016, na Universidade Tuiuti do Paraná.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.