O presente artigo, amparado especialmente nas ideias de Tiphaine Samoyault (2008) acerca da intertextualidade, tem como principal objetivo realizar uma leitura comparatista entre o capítulo VII, intitulado “O delírio”, do romance Memórias póstumas de Brás Cubas ([1881] 2015), de Machado de Assis, o conto “O Aleph” ([1949] 2001), de Jorge Luis Borges, e o conto “A esfera fenícia”, publicado na antologia Os contos completos (2016), de Alberto Mussa. A partir disso, busca-se evidenciar a existência de uma memória literária que perpassa não apenas os textos literários, mas também os escritores que, neste estudo, são considerados a mola propulsora dessa memória.
Resumo: Este artigo irá apresentar reflexões sobre a personagem Urania do romance A Festa do Bode, publicado originalmente em 2000, pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa. Para esta análise, utilizou-se o conceito de metaficção historiográfica, cunhado por Linda Hutcheon ([1998] 1991) para abordar a relação entre literatura e história no romance. No que concerne à análise da personagem Urania (foco primordial do artigo) será demonstrado o entrelaçamento de memória e trauma no eixo narrativo de Urania, já que a personagem passou por uma experiência traumática em um período limite da República Dominicana: a ditadura da Era Trujillo . No percurso entre a teoria e prática, isto é, a vivência histórica e o conhecimento histórico, eis que surge Urania e o poder de recriar ficcionalmente as consequências que a d itaduras podem deixar nos indivíduos. Além disso, é justamente no movimento entre teoria e prática que a reconstrução da identidade dominicana de Urania torna-se possível. Palavras-chave: Urania. Memória. Experiência traumática. Mario Vargas Llosa Este artigo irá abordar a relação entre literatura e história no romance A Festa do Bode (Título original: La Fiesta del Chivo) do escritor peruano Mario Vargas Llosa,
A partir da leitura crítica de Graham Good (2005) e das contribuições de Linda Hutcheon (1991) e Italo Moriconi (1994), pretende-se discutir o que é o momento pós-moderno. Para fins de exegese literária, este artigo aborda, primordialmente, o conto “De canibus quaestio”, publicado na antologia Os contos completos (2016a), de Alberto Mussa. A narrativa é considerada uma metaficção historiográfica que, por meio das tessituras produzidas pelo narrador, estabelece possibilidades de deciframento para o leitor no que se refere à circularidade do tempo, do processo criativo e da própria ficção.
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