ResumoEste artigo de revisão traz à consideração, inicialmente, as principais perspectivas de abordagem da obra de Fernando Pessoa, de acordo com a leitura de Eduardo Lourenço. Na sequência apresenta e analisa a trajetória da obra pessoana no Brasil, estabelecendo as linhas básicas da recepção do poeta português. O período considerado estende-se do início do século 20 até o final da década de 40. Para tanto, o texto incorpora as primeiras apreciações críticas da obra de Fernando Pessoa produzidas por críticos portugueses e transcritas em periódicos brasileiros e as primeiras incursões de brasileiros na multifacetada produção do poeta luso. O nome de Fernando Pessoa nunca foi completamente desconhecido no Brasil, mesmo sendo autor de uma obra dispersa em revistas de efêmera duração.
Palavras-chave:Recepção. Fortuna crítica. Fernando Pessoa.
AbstractThis article review brings initially into consideration, the main approach perspectives of the work of Fernando Pessoa, according to the reading of Eduardo Lourenço. The paper also presents and analyzes the history of Fernando Pessoa's work in Brazil, establishing the basic outlines of the Portuguese poet's reception. The period under consideration for this work, extends from the early 20 th century until the late 40's. To this purpose, the text incorporates major critical assessments of Fernando Pessoa's work from Portuguese critics, the ones transcribed in Brazilian newspapers and journals, and the first Brazilian incursions into the multifaceted work of the Portuguese Poet. The name Fernando Pessoa has never been completely unknown in Brazil, even being an author of a work scattered in newspapers and journals of ephemeral duration.
O presente trabalho é o resultado de uma análise transtextual, conforme dispõe Genette (2006), do conto “Viagens e Viajantes na História da Literatura”, de João Inácio Padilha (1988). Tal análise é aliada à concepção da dupla estrutura formal do conto, de Ricardo Piglia (2004), aos preceitos da metaficção historiográfica, de Hutcheon (1989), e aos de ficção autobiográfica, de Perrone-Moisés (2016). Esta análise, típica das práticas hipertextuais, permitirá observar como o conto objeto retoma enunciados primeiros para ressignificá-los e recontextualizá-los na construção da sua narrativa. Verificando-se que “Viagens e viajantes na História da Literatura” resulta em uma poética da escrita machadiana que permite repensar a obra do autor de Dom Casmurro como uma narrativa de resistência aos grandes centros hegemônicos, como é o caso da França, para a época do escritor. Machado propunha um encontro dialético entre o que seria uma escrita nacional e universal, negando a obrigatoriedade de uma escrita exótica de cor local para anular a fronteira entre o local e o universal.
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O presente artigo, amparado especialmente nas ideias de Tiphaine Samoyault (2008) acerca da intertextualidade, tem como principal objetivo realizar uma leitura comparatista entre o capítulo VII, intitulado “O delírio”, do romance Memórias póstumas de Brás Cubas ([1881] 2015), de Machado de Assis, o conto “O Aleph” ([1949] 2001), de Jorge Luis Borges, e o conto “A esfera fenícia”, publicado na antologia Os contos completos (2016), de Alberto Mussa. A partir disso, busca-se evidenciar a existência de uma memória literária que perpassa não apenas os textos literários, mas também os escritores que, neste estudo, são considerados a mola propulsora dessa memória.
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