Este artigo propõe uma análise da produção acadêmica sobre História da Educação na Amazônia brasileira, tomando por base as teses e dissertações defendidas nos Programas de Pós-Graduação em Educação e em História da região, desde as suas fundações até 2014. O objetivo é fazer um exame crítico da estruturação regional do Campo na perspectiva conceitual do lugar institucional de produção. Temas de pesquisa, corpus documental, periodizações e aportes teórico-metodológicos foram as categorias observadas nos trabalhos. Consideramos também outros balanços realizados em âmbito nacional e regional, que nos serviram de marcos referenciais. Nesse sentido, formulamos um balanço parcial sobre a produção relacionada ao seu desenvolvimento institucional geograficamente marcado e a construção de uma tradição epistemológica própria na região, em diálogo com as tradições consolidadas de outras regiões do país (sobretudo, o Sudeste), na composição diversa, desigual e intercambiante da pesquisa em História da Educação no Brasil.* * *This article proposes an analysis of the academic production of History of Education in the Brazilian Amazon, based on the thesis and dissertations defended at Education and History Post Graduate Programs of the region, from its foundation until 2014. The objective is to take a critical exam of the regional structuring of the field in the conceptual perspective of the institutional production place . Research topics, documentary corpus, periodization and theoretical-methodological contributions were the categories observed in this work. We also considered other balance sheets carried out in national and regional groups, which served as benchmarks. In this context, it was formulated a partial balance on a production related to its institutional development, geographically marked, and a construction of a proper epistemological tradition in the region, in a dialogue with consolidated traditions of other regions of the country (mainly the Southeast), in the diverse, unequal and interchanging composition of research in the History of Education in Brazil.
O presente artigo propõe-se a levantar questões relevantes em relação ao ensino de História nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Em linhas gerais, busca traçar elementos que evidenciem as especificidades do saber histórico no contexto dessa fase de escolaridade. Em consonância, faz um breve panorama sobre o currículo que tem se efetivado em sala de aula, junto às considerações acerca do professor pedagogo em atuação com a disciplina História. Nas referências teórico-metodológicas que orientam o ensino de História hodierno percebe-se uma carência de estudos, principalmente no que se refere à relação com a historiografia contemporânea na prática pedagógica dos professores que iniciam os alunos no saber histórico escolar. Para a tessitura do artigo, foram analisados questionários aplicados aos docentes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em exercício em escolas da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os achados da pesquisa corroboram com estudos recentes sobre o ensino da disciplina nos Anos Iniciais, nos quais se destacam algumas mudanças e permanências que endossam os desafios colocados ao ensino de História nessa fase de escolarização: avanços metodológicos e historiográficos no saber de referência; professor pedagogo, sem formação específica na área da História; reprodução de concepções; manutenção de metodologias, conteúdos e conceitos tradicionalmente empregados no ensino de História; público infantil, com as especificidades do ser criança.
Resumo: O artigo analisa as políticas educacionais destinadas à 'formação de professores' no Pará, durante a Primeira República, por meio da concepção político-educacional que orientou a reforma da Escola Normal no Primeiro Governo de Lauro Sodré (1891-1897); e a partir do modelo de 'bom professor' presente na revista pedagógica A Escola (1900-1904). Nesse contexto, a 'formação de professores' fora uma instância estratégica com vistas a legitimar o novo regime a partir da organização de um arranjo institucional: a reforma da Escola Normal e as prescrições pedagógicas da revista A Escola. Assim, o mestre-escola era o 'sacerdote' da causa republicana com a 'missão' de garantir a legitimidade das instituições e a formação cívica e política dos futuros cidadãos.
Há pelo menos dois séculos os manuais assumem um importante papel no mercado editorial e na formação das mentalidades coletivas. Apesar disso, só a partir da década de 1960 e, sobretudo, já nos anos 1980, foi observado um interesse crescente pela história dos livros e das edições escolares em diferentes países, como Estados Unidos, Alemanha, Japão e França 1. Em Portugal, Justino Magalhães tem desenvolvido estudos referenciais sobre cultura escrita, sistemas escolares e instituições educativas, no centro dos quais ele situa o livro escolar. Professor catedrático da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, Justino Magalhães é pesquisador da história da educação portuguesa, na linha de cultura escrita e modernidade educativa. Graduou-se em História, pela Universidade do Porto, e doutorou-se em Educação, pela Universidade de Minho. Realizou quatro pós-doutorados, os dois últimos na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e na École des Hautes Études en Sciences Sociales, na França. Já publicou vinte e quatro livros, mais de quarenta capítulos em livros, além de dezenas de artigos e
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