Resumo O objetivo deste artigo é verificar a associação entre fatores maternos e antropométricos e o consumo de alimentos ultraprocessados em crianças de 4 a 24 meses de idade. Métodos: Estudo transversal, com 300 crianças internadas em um hospital terciário e suas mães. A entrevista deu-se nas primeiras 72 horas de internação para evitar interferência nas respostas sobre a alimentação da criança. Os fatores maternos investigados foram: idade, escolaridade, renda, paridade, IMC e orientação sobre alimentação complementar. As variáveis referentes às crianças investigadas foram: idade, aleitamento materno, escola infantil, IMC/idade, estatura/idade, peso/idade e introdução de alimentos ultraprocessados. A associação entre os fatores estudados e a introdução de alimentos ultraprocessados foi testada por regressão linear. O nível de significância considerado foi de 0.05. Verificou-se que apenas 21% das crianças ainda não haviam recebido nenhum tipo de alimento ultraprocessado, sendo que 56.5% recebeu algum destes alimentos antes dos seis meses. Na análise multivariada, escolaridade materna, renda familiar, idade materna e paridade foram associadas à oferta de alimentos ultraprocessados. As práticas alimentares de crianças entre 4 e 24 meses estão inadequadas frente às recomendações para a faixa etária.
(23.3%; n = 147), "restricted" (22.7%; n = 143), "healthy" (22.0%; n = 139), "Brazilian processed" (17.4%; n = 110) and "mixed" (14.5%; n = 92). The healthy pattern was positively associated to lower age (< 10 years, children)
The role of the nutritionist in the National School Food Program in the southern region of Brazil
In Brazil, at least 30% of the total financial resources provided by the federal government for school feeding should be used to buy products from family farming. The present study examines the profile of the purchase of these products in municipalities of the state of Rio Grande do Sul (RS), south Brazil, in 2014. A cross-sectional descriptive study was carried out with information obtained through a questionnaire sent to the municipalities and filled by respondents. Of the 371 participating municipalities, 367 acquired products from family farming, and 86.8% of these municipalities achieved the minimum percentage required. Nutritionists and farmers were the main components involved in the articulation of this process. Difficulties faced by these individuals included the lack of organization of the producers, failure to meet the demand, and lack of interest. More than 80% of the municipalities bought food from the "Vegetables", "Cereals, Breads, Pasta, and Tubers" and "Fruits" groups. Only 8% purchased products from socio-biodiversity. There was a great diversity of food purchased, most of which were in natura, despite the low acquisition of socio-biodiversity products. Results of this study indicated the concern and tendency of the Brazilian municipalities to support the local economy with incentives to consumption and production of regional foods. RESUMO: No Brasil, no mínimo 30% do total dos recursos financeiros repassados pelo governo federal para a alimentação escolar devem ser utilizados na compra de produtos da agricultura familiar. Este estudo analisa o perfil da aquisição desses produtos em municípios do RioGrande do Sul (RS), em 2014. Foi realizado estudo transversal descritivo com informações obtidas de um questionário encaminhado aos municípios. Dos 371 municípios participantes, 367 adquiriram produtos da agricultura familiar, sendo que 86,8% deles atingiram o percentual mínimo exigido. Os nutricionistas e os agricultores foram os principais envolvidos na articulação do processo e, dentre as dificuldades enfrentadas estão a falta de organização dos produtores, a impossibilidade de cumprirem com a demanda e o desinteresse. Mais de 80% dos municípios compraram dos grupos "Hortaliças, legumes e verduras", "Cereais, pães, massas e tubérculos" e "Frutas", embora apenas 8% adquiriam produtos da sociobiodiversidade. Verificou-se uma grande diversidade de alimentos adquiridos, sendo a maior parte produtos in natura, apesar da baixa aquisição de produtos da sociobiodiversidade. Os resultados indicam a tendência dos municípios em fomentar a economia local, com incentivo ao consumo e produção de alimentos regionais. Palavras-chave: refeições escolares, segurança alimentar e nutricional, agricultura, políticas públicas.
Objetivo Investigar o consumo de alimentos ultraprocessados na alimentação das crianças brasileiras de 2 a 9 anos da região Sul do Brasil. Metodologia Estudo transversal, no qual foram utilizados os dados públicos dos relatórios do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Utilizou-se os dados de consumo alimentar de crianças de 2 a 9 anos dos anos de 2015 e 2016. Os grupos de alimentos utilizados para as análises foram: consumo de biscoitos, bolachas recheadas e guloseimas; bebidas adoçadas; macarrão instantâneo, salgadinho e biscoito de pacote e hambúrguer/e ou embutidos. Resultados Foram analisados os dados de 22.761 crianças. Destas, 55,8% tinham idade entre 2 e 4 anos e 44,1% entre 5 e 9 anos. O grupo bebidas adoçadas (70,45%), seguido pela categoria macarrão instantâneo, salgadinhos e biscoitos de pacotes (63,25%) foram os que apresentaram maior média de consumo entre as duas faixas etárias. Quando comparado às prevalências do Brasil, o consumo de alimentos ultraprocessados foi significativamente maior na região Sul. Em relação à faixa etária, verificou-se que o consumo de alimentos ultraprocessados por crianças de 5 a 9 anos foi superior, quando comparadas às crianças de 2 a 4 anos (p < 0,002). Conclusões Há necessidade da implementação de ações de saúde e educação efetivas que possam diminuir as prevalências do consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil, especialmente na região Sul.
Objetivo: Descrever a aquisição de alimentos orgânicos e/ou agroecológicos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar nos municípios do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Metodologia: Estudo transversal, com envio de questionário eletrônico aos 497 municípios do estado, que contemplava: se houve compra de orgânicos e/ou agroecológicos em 2014, principais dificuldades, fatores que influenciaram a escolha, certificação e os alimentos adquiridos. Resultados: Foram obtidas respostas de 362 municípios, sendo que destes, 94 (26,0%) referiram comprar produtos orgânicos e/ou agroecológicos, o que caracteriza 18,9% do total de municípios do estado. As principais dificuldades apontadas para a compra desses alimentos foram a baixa quantidade (54,4%; n=197) e variedade (51,9%; n=188); as principais motivações foram, de forma geral, centradas na preocupação com a saúde e o meio ambiente, relatadas por mais de 60% dos municípios. Destes, 60,6% (n=57) relataram que os produtos não tinham certificação ou a desconheciam. Os produtos mais adquiridos foram: alface, laranja e repolho. Conclusão: Embora com percentuais baixos, alimentos orgânicos e/ou agroecológicos estão sendo incluídos na alimentação escolar do estado. Há necessidade de articulação entre responsáveis técnicos, agricultores familiares e demais envolvidos para que essa prática seja desenvolvida e efetivada.DOI: 10.12957/demetra.2018.30699
Objective To assess the daily dietary intake and energy contribution of ultra-processed foods among women who are positive and negative for the human immunodeficiency virus (HIV) during pregnancy. Methods This case–control study included 77 HIV-positive and 79 HIV-negative puerperal women between 2015 and 2016. The socioeconomic and maternal demographic data were assessed, and a food frequency questionnaire (FFQ) adapted for pregnant women was applied. The Fisher exact test and the Mann-Whitney test were applied to detect differences between the groups. Linear regression was used to assess the associations between the intake of ultra-processed food and energy, macro- and micronutrients, with values of p < 0.05 considered significant. Results The HIV-positive group was older (p < 0.001) and had lower income (p = 0.016) and level of schooling (p < 0.001) than the HIV-negative group. Both groups presented similar average food intake: 4,082.99 Kcal/day and 4,369.24 Kcal/day for the HIV-positive and HIV-negative women respectively (p = 0.258).The HIV-positive group consumed less protein (p = 0.048), carbohydrates (p = 0.028) and calcium (p = 0.001), and more total fats (p = 0.003). Ultra-processed foods accounted for 39.80% and 40.10% of the HIV-positive and HIV-negative groups' caloric intake respectively (p = 0.893). The intake of these foods was associated with a higher consumption of carbohydrates (p < 0.001), trans fat (p = 0.013) and sodium (p < 0.001), as well as lower protein (p < 0.001) and fiber intake (p = 0.022). Conclusion These findings demonstrate that the energy consumption and ultra-processed food intake were similar in both groups, which reinforces the trend toward a high intake of ultra-processed food in the general population. The intake of ultra-processed food was positively associated with the consumption of carbohydrates, trans fat and sodium, and negatively associated with the consumption of protein and fiber.
do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Professor do Mestrado em Direitos Humanos da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) e do Curso de Graduação em Direito da UNISINOS.
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