Este experimento objetivou testar a influência de substratos sobre a velocidade de emergência de plântulas e a poliembrionia de porta-enxertos cítricos. O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação utilizando-se sementes de quatro porta-enxertos cítricos (Trifoliata, Citrange ‘Troyer’, Citrumelo ‘Swingle’ e Limoeiro ‘Cravo’) semeadas em 20 tubetes cônicos de 50 cm³. Nas sub-parcelas foram testados três substratos comerciais (Substratos MogimaxÒ, Plug MixÒ e Cruz AltaÒ) e um substrato misto (casca de arroz carbonizada, esterco bovino curtido e solo Podzólico vermelho escuro, na proporção de 3:1:1 - v:v:v). Os resultados demonstram que os substratos não afetaram a velocidade de emergência nem o percentual de emergência final das sementes de porta-enxertos cítricos, o mesmo acontecendo com o percentual de poliembrionia e o número médio de plântulas por semente. A velocidade de emergência de porta-enxertos cítricos é positivamente correlacionada com a temperatura.
O resíduo de rebaixamento de couro wet-blue (RR), também denominado de "serragem de couro", resulta do processo de padronização do couro na indústria de curtimento. Na virada do século, a indústria nacional descartou cerca de 131 mil toneladas do RR na natureza. Neste estudo, investigou-se a possibilidade de uso de RR como um componente de substratos para plantas ornamentais de jardim. Mudas de Tagetes patula L. "Aurora" foram cultivadas em recipientes de 6 cm de altura e 216mL de volume, contendo RR + a mistura CACV (casca de arroz carbonizada e vermiculita superfina, 6:1, v:v) nas seguintes proporções volumétricas: 0:1 (100% CACV), 1:3, 1:1, 3:1, 1:0 (100% RR). As mudas foram cultivadas por 23 dias, até o ponto de transplante. A caracterização dos substratos testados baseou-se nos valores de pH, salinidade, densidade seca e nas curvas de retenção de água. A adição de RR reduziu a densidade, aumentou a porosidade e a água retida nas misturas, proporcionando boas condições físicas para o desenvolvimento das mudas de Tagetes. A elevada salinidade do RR (>7g L-1 como KCl) e o baixo valor de pH natural do resíduo (3,7, em H2O) são características que precisam ser observadas nesta proposta de uso. De forma geral, as mudas mostraram boa tolerância à presença de RR até fração de 50% da mistura. Aumentando a proporção do resíduo, as plantas apresentaram tombamento, menor comprimento do sistema de raízes e menor estabilidade do torrão, que se desagregava ao ser retirada a muda para transplante. Os resultados sugerem a possibilidade de uso de RR como componente de substrato para plantas, desde que observados suas características limitantes e a adição em volumes menores que 50% na mistura.
A fim de otimizar a micropropagação de morangueiro cv Campinas, reduzindo as perdas durante a aclimatização, foi realizado este trabalho na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O objetivo foi correlacionar a presença de sacarose no tecido vegetal com a produção de biomassa, na aclimatização. As plântulas desenvolvidas in vitro, após permanecerem três semanas na etapa de enraizamento, em quatro concentrações de sacarose (15, 30, 45 e 60 g L-1), foram transplantadas para bandejas de isopor de 72 células. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com cinco repetições. Cada parcela constituiu-se de 36 mudas, totalizando 720 plantas. Foram avaliadas as taxas de sobreviventes (%) e de crescimento (mg semana-1), área foliar (cm²), massa seca da parte aérea (mg), área foliar específica (cm² mg-1), razão de massa foliar (mg mg-1) e razão da área foliar (cm² mg mg-1). Estabeleceu - se a dosagem de 45g L-1 de sacarose em meio MS para o cultivo de morangueiro cv Campinas, como a melhor concentração para a produção de biomassa ex vitro. Também foi verificado que essas mudas necessitaram de três a quatro semanas para se adaptarem às novas condições ambientais, e somente após, retomaram o crescimento.
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