Introdução: A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no cenário brasileiro instaurou muitas incertezas e medos na população. Entretanto, outra adversária da saúde pública que surgiu sobre a temática foi a divulgação de fake news que dificultaram o enfrentamento da nova doença. Objetivo: Avaliar as fake news sobre o coronavírus divulgadas no programa "Saúde sem fake news" do Ministério da Saúde e traçar um perfil destas notícias. Método:A pesquisa de caráter descritivo avaliou o banco de dados "Saúde sem Fake news" do Ministério da Saúde. A busca de dados ocorreu entre os meses de janeiro e abril, e as notícias foram segmentadas em quatro grupos: "Produtos para saúde", "Notificações de casos", "Terapêutica" e "Informações sobre a COVID-19". Além disso, traçou-se a frequência de ocorrência de cada grupo no período analisado, avaliando os tipos de assinatura das notícias que circulam na mídia. Resultados: Foram encontradas 79 fake news, sendo que destas o maior grupo de notícias estava na segmentação "Terapêutica", que totalizou 34 ocorrências. O conteúdo deste grupo foi majoritariamente sobre o uso de bebidas quentes para prevenção e tratamento da COVID-19. Sobre a frequência de aparecimento das notícias, os grupos que estão aumentando em ocorrência são: "Terapêutica" e "Produtos para saúde". Com relação à assinatura das notícias, os remetentes são variáveis, porém ocorre um destaque para o elevado número de notícias assinadas por profissionais da saúde (16). Conclusões: As notícias sobre a COVID-19 devem ser avaliadas de forma crítica e deve-se atentar principalmente a notícias sobre terapêuticas e/ou veiculações assinadas por profissionais da área da saúde.
Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde caracterizou como pandemia a situação sanitária imposta pelo SARS-CoV-2. Para conter o avanço das infecções, a principal medida governamental foi o distanciamento social. As aulas presenciais foram suspensas e o Ensino Remoto Emergencial (ERE) foi adotado visando minimizar os impactos da pandemia na formação discente. As consequências da pandemia atingiram a vida de todos em diferentes aspectos e, especialmente, na saúde. Neste contexto, avaliaram-se os fatores relacionados à autopercepção de saúde dos discentes do curso de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, diante do ERE. Foi aplicado um questionário virtual abordando questões relacionadas ao perfil sociodemográfico, hábitos de vida, aspectos de saúde, prática de atividades físicas e uso de medicamentos. Para análise dos dados, foi utilizado um modelo de árvore de decisão. Um total de 401 discentes respondeu ao questionário. As condições mais importantes relacionadas ao ERE foram não ter tempo para lazer e esportes e sentir-se muito ansioso, exausto e sobrecarregado. A depressão foi a variável com maior discriminação na escala de saúde autopercebida. Para além das incertezas que a pandemia nos traz, o ERE impõe uma nova metodologia de ensino-aprendizagem que preconiza o protagonismo discente para a sua consolidação plena, acentuando sensação de estresse, esgotamento, ansiedade e depressão, caracterizando o adoecimento mental que os alunos estão experimentando. Estes resultados ressaltam a importância do acompanhamento na adaptação ao modelo virtual de ensino, visando seu melhor desenvolvimento e a saúde física e emocional dos discentes.
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