Nomenclatura e siglas utilizadas "Fenômeno UFO"-Em diversas ocasiões valho-me da expressão fenômeno UFO, que é empregada de modo corrente pelos ufólogos para dar conta da variedade de eventos que estudam. Desta feita, a expressão concerne a toda gama de interações com extraterrestre que os pesquisadores se ocupam de estudar. Abdução-Transporte de um humano para dentro de uma nave extraterrestre. As descrições sobre aquilo que ocorre durante o processo e logo que ele termina contêm variações. Há propostas de substituição do termo por "sequestro", para dar conta da feição violenta do evento. Agroglifos (em inglês: Crop Circles) -Desenhos de grandes dimensões feitos em plantações, visíveis a partir da visão aérea. Avistamento -Termo usualmente empregado pelos ufólogos para designar o contato visual com um óvni.
A etnografia busca descrever a vida tal como é vivida e experimentada por um povo, em um lugar específico e em um tempo determinado. A antropologia, em contraste, é uma investigação sobre as condições e possibilidades da vida humana no mundo. A antropologia e a etnografia têm muito a contribuir entre si, mas os seus fins e objetivos são diferentes. A etnografia é um fim em si mesmo e não um meio para fins antropológicos. Ademais, a observação participante é um modo antropológico de trabalhar, não um método para coletar dados etnográficos. Estudar antropologia é estudar com as pessoas, não fazer estudos sobre elas; este estudo não é tanto etnográfico como é educativo. Uma educação antropológica nos mune dos meios intelectuais de especular sobre as condições da vida humana neste mundo, sem termos de fingir que os nossos argumentos são destilações da sabedoria prática daqueles entre quem trabalhamos. Nosso trabalho consiste em corresponder com eles, mas não falar por eles. É apenas reconhecendo a natureza especulativa da investigação antropológica que nós e eles poderemos ter as nossas vozes ouvidas e poderemos engajar devidamente com outras disciplinas. Só então estaremos em condições de capitanear a criação das universidades do futuro.
Datam do século XIX os primeiros relatos acerca de grupos para os quais a cópula não estava associada à reprodução. Numerosos autores se debruçaram sobre este problema, tanto dispostos a sustentar esta afirmação, quanto proferindo críticas ao tratamento de statements nativos como “afirmações sobre o mundo”. O debate segue este tom até o início da década de 80, quando Carol Delaney promove uma inversão radical nas linhas correntes de argumentação: em última análise o problema do nascimento virgem não diria respeito à ignorância dos nativos quanto à paternidade fisiológica, mas a uma ignorância dos antropólogos diante do próprio problema da paternidade. Delaney abre o caminho para uma série de outros trabalhos interessados em pensar a questão do nascimento virgem, desta vez associados à polêmica pública britânica da síndrome do nascimento virgem. O objetivo deste artigo é compor uma revisão teórica dos referidos debates, menos interessada nos meandros da polêmica e mais dirigida às suas torções, subprodutos e inflexões. Conclui-se com a constatação de que a ignorância antropológica envolta no problema do nascimento virgem resulta de uma adiantada suposição da universalidade da causalidade biológica para ontologias outras e da não atenção para o fato segundo o qual a maneira como os animais diferem dos humanos no ocidente é diferente daquela que os mesmos diferem dos humanos em outras cosmologias.
This chapter presents an ethnography of a Brazilian ufological community that focuses on the role of digital media on its constitution. The author offers a critique of the heuristic capacity of the notion of “belief” to interpret the socialities formed around extraterrestrial motives and proposes a move from the discussion concerned with the “secret of belief” to what has been termed the “pragmatic of secrecy.” Drawing on the idea of “pragmatic of secrecy” and on Bruno Latour’s analysis of science networks, the author discusses three processes: reduction, multiplication, and differentiation. When combined, they constitute ufology by translating the order of the supernatural into the realm of the “ultra-natural.”
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