Este estudo é fruto de uma investigação no campo interdisciplinar entre asCiências Naturais, Botânica, e o Desenho conhecimento, representação e técnica.Analisa o caminho perseguido pelo ilustrador botânico entre a percepção e aprodução de uma ilustração científica, abordando aspectos filosóficos e gráficos.Através da adoção de um olhar fenomenológico acerca da percepção e dacontribuição de alguns autores quanto às ideias de Desenho e de IlustraçãoCientífica, pôde-se entender este tipo de ilustração como um instrumentopossibilitador de um discurso científico sobre a natureza, a medida que nasce dapercepção do naturalista ou botânico traduzida em elementos gráficos, e não como uma mera representação da realidade, mas como um produto e instrumento de pesquisa.
Os argumentos empregados por Eulálio Motta em seus panfletos mostram-se como um meio importante de compreensão dos discursos e das polêmicas que circulavam à época, bem como uma fonte especial de compreensão da mentalidade regional e, por assim dizer, do universo sociocultural do sertão baiano.
O panfleto foi o meio pelo qual Eulálio Motta se juntou ao coro de polemistas religiosos do Brasil, em 1949. Através da produção e distribuição de um panfleto, o intelectual católico provocou dicotomização, polarização e lançou o descrédito sobre a religião adversária em Mundo Novo, interior da Bahia. Os argumentos polêmicos empregados no panfleto “O Que Importa” são discursivamente analisados neste artigo. Para tanto, o estudo está ancorado sob a perspectiva da análise dialógica da argumentação, proposta por Lucas Nascimento (2018a), fundamentada em Mikhail Bakhtin (2010; 2011; 2013) e em Chaїm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca (2005), em diálogo com Ruth Amossy (2017) e Marc Angenot (2008). Sob essa perspectiva, analisamos o evento polêmico religioso em que os argumentos dos opositores soam irracionais e inaceitáveis para o panfletário mundonovense.
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