INTRODUÇÃO: A microcefalia é uma má formação cerebral que não tem cura e é caracterizada por um perímetro cefálico inferior ao esperado para idade e sexo. É relacionada ao Zika Vírus que é transmitido pelo mosquito Aedes e quando contraído nos primeiros meses gestacionais aumentam as chances do feto desenvolver a microcefalia, já que o desenvolvimento cerebral tem início na fase intra-uterina. OBJETIVO: Esta pesquisa tem como objetivo caracterizar o perfil socioeconômico dos responsáveis por criança com diagnóstico de microcefalia relacionado ao Zika vírus. MÉTODOS: Foram entrevistados 41 cuidadores principais das crianças com microcefalia em Salvador e Região Metropolitana de Salvador, através de um questionário contendo 30 perguntas fechadas que abordavam questões familiares, socioeconômicas e sanitárias. RESULTADOS: Observou-se que a maioria dos bebês tinha entre 15-18 meses e tiveram seu diagnóstico em sua maior parte no momento intrauterino. Houve uma frequência elevada de desemprego entre os pais, que relataram sobreviver com até 1 salário mínimo mensal, possuíam ensino médio completo, encontravam-se solteiros ou em união estável e um número significativo citaram condições sanitárias desfavoráveis e negaram usar repelente. De um modo geral, os principais cuidadores relataram que não possuíam residência própria e grande parte levavam as crianças para fazerem atendimentos multiprofissionais tanto em hospitais públicos como em instituições sem fins lucrativos. CONCLUSÃO: Há uma frequência predominante de genitores que dispõem de crianças com microcefalia relacionada ao Zika vírus em baixas condições socioeconômica, que consequentemente não conseguem suprir a maioria das necessidades que um lactente com má formação necessita.
INTRODUÇÃO: No Brasil, a epidemia ocasionada pelo Zika Vírus gerou aumento de casos de microcefalia, caracterizando que mulheres infectadas durante o período gestacional transmitiram o vírus ao feto. As consequências da infecção pelo vírus são caracterizadas como síndrome pós Zika, evidenciadas através da microcefalia associada, ou não, às alterações visuais, auditivas e osteomioarticulares, podendo ser reversíveis ou permanentes. OBJETIVO: Detectar atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor em crianças acometidas no período pré-natal pelo Zika Vírus através da infecção materna. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional, de corte transversal e análise descritiva, com crianças que foram infectadas pelo Zika Vírus através da genitora durante período gestacional, pertencentes à Associação de Pais de Anjos da Bahia, sendo os participantes submetidos à avaliação com o teste de Denver II e seus responsáveis entrevistados por meio de um questionário semiestruturado. Estudo aprovado sob CAAE: Faculdade de Tecnologia e Ciências da cidade de Salvador, Bahia, com parecer de número 2.064.548 sob CAAE 64655616.2.0000.5032, aprovado em 15 de maio de 2017. RESULTADOS: Foram avaliadas 8 crianças, 5(62,5%) do sexo feminino, com uma média de idade de 1,8±0,11 anos e perímetro cefálico de 29,5±1,5 centímetros. Houve predomínio de diagnóstico de Zika das gestantes no primeiro trimestre (37,5%). Das comorbidades associadas 7 (87,5%) alteração osteomioarticular, 5(62,5%) história prévia de convulsão. Disfunções: 5(62,5%) comprometimento visual e 1(12,5%) déficit auditiva. CONCLUSÃO: É possível constatar que crianças com síndrome pós-Zika apresentam atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor com preponderância no aspecto motor grosseiro do teste de Denver II.
RESUMO: O objetivo do estudo foi analisar o processo de educação inclusiva das crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZv) matriculadas em Centros Municipais de Educação Infantil, Creche e Pré-escolas Primeiro Passos da Gerência Regional de Educação Cajazeiras e Pirajá de Salvador, Bahia, Brasil. Adotou-se como tipo de metodologia um estudo quali-quantitativo com abordagem transversal e análise descritiva, realizada no período entre junho e agosto de 2019, por meio de uma entrevista oral semiestruturada com 32 profissionais da educação. Os resultados expõem as barreiras físicas, pedagógicas e políticas encontradas nas unidades escolares que distanciam da proposta ideal para efetividade da inclusão escolar. Diante dos resultados obtidos, conclui-se que é necessária a formulação de políticas públicas e investimentos em capacitação profissional, reformulação estruturas arquitetônicas, planejamento pedagógico includente e aquisição de mobiliário e materiais adaptados, além da união entre a área da saúde e educação, aspectos que contribuem para os processos de ensino e de aprendizagem e desenvolvimento integral das crianças com SCZv.
INTRODUÇÃO: O cuidado parental de uma criança ou adolescente em tratamento antineoplásico expõe os pais ou responsáveis a maiores responsabilidades exigidas por este. Essas alterações afetam as relações familiares, da vida pessoal, do trabalho e até mesmo na própria relação de pais e filhos. OBJETIVOS: Descrever o perfil e a participação do acompanhante de crianças e adolescentes com câncer em uma casa de apoio. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quanti/qualitativa do tipo descritivo. Foram incluídos no estudo acompanhantes de ambos os sexos, com idade superior a 18 (dezoito) anos e excluídos os acompanhantes que demonstraram apresentar algum déficit cognitivo, de linguagem e/ou dificuldade de compreensão. A coleta de dados foi realizada através do uso de um questionário com os acompanhantes no período de Outubro de 2019 a Janeiro de 2020. RESULTADOS: A amostra do estudo foi constituída por 12 acompanhantes, sendo 11 do sexo feminino, idade média de 36,33 ±: 24,95 anos, dos quais 8 (67%) eram solteiros, relataram serem os pais das crianças/adolescentes, possuírem outros filhos e pelo menos um destes residirem com eles, a maioria deles 25% possuem mais de 3 filhos, 17% possuem 2 filhos e 8% apenas 1 filho. CONCLUSÃO: Com a necessidade de deixar o emprego para cuidar da criança a maioria dos acompanhantes não desempenham nenhum tipo de ocupação. Como residem distante da unidade de atendimento, a oportunidade de permanecer numa casa de apoio facilita o acesso ao tratamento.
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