O presente artigo propõe um estudo da obra poética de Conceição Lima, escritora natural de São Tomé e Príncipe, à luz da Poética da Relação de Édouard Glissant (2005). Será analisada a forma como a poeta se auto define em meio às multiplicidades culturais em movimentos de diáspora, que lhe permite realizar um olhar crítico sobre sua terra natal, ao mesmo tempo em que lhe possibilita criar simbolicamente novas comunidades. Na sociedade multicultural, o sujeito torna-se híbrido, e os discursos dominantes e pretensamente homogeneizantes passam a ser contestados. Por isso, é insustentável hoje pensar em uma identidade nacional que seja pura e de raiz única, visto que o mundo se criouliza e se criam microclimas culturais e linguísticos inesperados. Lugares nos quais a repercussão da sobreposição das culturas é abrupta e imprevisível, predominando na totalidade-mundo, para Édouard Glissant (2005), a realidade crioula, sempre ao encontro de outras raízes e capaz de revelar a Utopia necessária – o povo que falta – a fim de esfacelar as concretudes e fazer emergir o micro, o uno, o múltiplo e o inextricável.
Pretende-se lançar neste artigo um olhar contestador dos discursos hegemônicos que atuam sobre realidade cotidiana de países subdesenvolvidos, a fim de analisar se, na obra de Conceição Lima, o sujeito subalterno tem voz, especialmente, o sujeito negro feminino. Propõe-se uma observação dos lugares de convergências de multiplicidades culturais que contribuem para renegociar experiências, a fim de explorar como a sua escrita renegocia questões relacionadas à sua identidade que é, especialmente, diaspórica.
Nesse artigo pretende-se analisar o conto “Luísa, filha de Nica”, da escritora caboverdiana Orlanda Amarílis, a partir do referencial temático da alteridade, identificado na representação de várias personagens do referido conto. A maneira como é trabalhado o outro – o louco, o possuído, o morto – nos revelam uma visão de mundo que não se encaixa nos padrões racionais de sociedades oriundas do Iluminismo.
A distanza di dieci anni dall'ultima silloge poetica, Pierre Lepori pubblica, a fine 2013, presso Interlinea di Novara, la nuova raccolta Strade bianche. Come spiega il proprio autore, questa silloge rappresenta il secondo tassello di una trilogia poetica iniziata, appunto, nel 2003, con Qualunque sia il nome (LEPORI, 2003), e le poesie che la compongono partono appunto da dove si chiudeva Qualunque, da quella testarda e necessaria volontà di recuperare la fiducia nella parola, perché grazie ad essa è possibile immaginarsi una pur fragile via d'uscita contro l'angoscia. Una strada bianca, forse.L'angoscia, per l'appunto, è uno dei leitmotiv centrali nella precedente raccolta, che si ripropone, pur se in veste meno rabbiosa, meno tesa ad affrontare di petto le crepe nell'infanzia, anche in questa silloge. Lepori riprende e approfondisce il discorso del corpo come epicentro del sentimento e del pensiero, come superficie che sente, si screpola e macera
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