RESUMO.Este trabalho teve como objetivo principal avaliar e comparar diferenças nas habilidades sociais (HS) de dependentes e não dependentes de álcool. Foram pesquisados 80 sujeitos, entre dependentes e não-dependentes, usuários do SUS, e usados dois instrumentos para coleta dos dados: Inventário de Habilidades Sociais (IHS) e AUDIT (Alcohol Use Disorder Identification Test). Foi realizado um estudo comparativo das HS entre os grupos de dependentes e não-dependentes de álcool e álcool e outras drogas (AOD). Os resultados obtidos mostraram não existir diferença no escore do IHS entre dependentes e não-dependentes. Os homens obtiveram maior média nas habilidades de conversação e desenvoltura social e autocontrole da agressividade que as mulheres e, na amostra masculina, dependentes de álcool apresentaram maior média na habilidade de autocontrole da agressividade que dependentes de AOD. Apesar de a literatura sobre o tema discutir os déficits de HS entre dependentes, este estudo não confirmou esta hipótese.Palavras-chave: alcoolismo, avaliação de habilidades sociais, Inventário de Habilidades Sociais. COMPARATIVE STUDY OF SOCIAL SKILLS AMONG ALCOHOL ABUSERS AND NON ABUSERSABSTRACT. This research aims to evaluate and compare differences in Social Skills of alcohol abusers and non-abusers. Eighty people were interviewed, among alcohol abusers and non-abusers, patients of a Health Care Center (SUS). Two instruments were used to collect the data: Social Skills Inventory (ISS) and AUDIT (Alcohol Use Disorder Identification Test). A Comparative study between the alcohol abusers and non-abusers including other drugs was carried out. The results showed that there is no difference between the alcohol abusers and non-abusers ISS scores. Men showed a better score in conversation and social abilities also in selfcontrol of the aggressiveness than women did. In addiction, men addicted to alcohol showed a better score in self-control of the aggressiveness than men addicted to alcohol and other drugs. Although literature about this topic shows that the alcohol abuse have an decrease of these social skills, this research does not confirm that.
ResumoO objetivo foi avaliar o consumo de substâncias psicoativas entre estudantes, do ensino fundamental e médio, da rede pública de ensino do município de Goianá, Minas Gerais. Foi realizado um estudo descritivo, transversal, utilizando um instrumento desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde. Participaram 415 estudantes, 57,1% do Ensino Fundamental e 42,9% do Ensino Médio, sendo 49,4% do sexo feminino e 47,5% do masculino, predominando a faixa etária de 13 a 15 anos e a classe social C. O álcool foi a substância mais utilizada entre os jovens, tendo uso inicial precoce, assim como nos levantamentos nacionais. Sobre o uso na vida, as substâncias mais relatadas foram: solventes, anfetamínicos, ansiolíticos, maconha e alucinógenos. As mulheres apresentaram maior padrão de uso de substâncias psicoativas ilícitas na vida, no ano, no mês, uso freqüente e uso pesado. Em comparação com a capital mineira, foi observado um menor uso de maconha e cocaína entre os estudantes de Goianá. A pesquisa aponta a necessidade de formulação de políticas públicas, considerando particularidades locais e a importância de novos estudos que ampliem a discussão sobre o uso de substâncias psicoativas. Palavras-chave: epidemiologia; estudantes; psicotrópicos AbstractUse of psychoactive substances among students from Goianá, MG, Brazil. The aim was to evaluate the prevalence of the consumption of psychoactive substances among students from the public school in Goianá, Minas Gerais. A descriptive, cross sectional study was performed using a structured questionnaire developed by the World Health Organization. The participants were 415 students, 57.1% were elementary school students and 42.9% were high school students. 49.4% were female and 47.5% were male. The majority of the students were 13-15 years old and from the C social class. Alcohol was the substance most frequently used among the young people (64.6%), as the prevalence founded in the national sample. The main used substances were: solvents (11.1%), amphetamines (2.9%), anxyolitics (2.9%), cannabis (2.7%) and hallucinogens (1.4%). Women presented a higher pattern of use for the illicit psychoactive substances. The Goianá students presented a lower consumption of marijuana and cocaine in comparison with students from Belo Horizonte, the state capital. The epidemiologic research points to the necessity of formulating public policies, considering local particularities.
Aos professores Erikson Furtado e Telmo Ronzani, pela confiança em mim depositada para a realização deste trabalho, pelas orientações e pelo exemplo de competência e seriedade como pesquisadores. A toda a equipe do GESTA-ÁLCOOL-JF, em especial à Dani, Cris Schumann e Aline. Espero um dia poder retribuir tudo o que vocês fizeram por mim aí em Juiz de Fora! Aos meus pais e irmãos (Bi e Biano), por todo o apoio, confiança e amor dedicados. Ao Lê, por ter acompanhado bem de perto meu trabalho, lendo, sugerindo, pensando junto, por todo o apoio moral nas horas difíceis, e por todo seu carinho e atenção-que foram muitos. Teria sido mais difícil sem você! Aos amigos que me acolheram em Ribeirão Preto, em especial à Mel, Sessé, Dri e Celso, que se tornaram meus novos grandes amigos.
O uso de álcool na gestação traz sérios riscos à saúde da mãe e do bebê. As prevalências do uso de risco de álcool entre gestantes encontradas em estudos nacionais giram em torno de 20%. Nos EUA, estudos sobre avaliação das intervenções breves têm mostrado uma na redução do uso de álcool em gestantes. O objetivo deste estudo foi elaborar um protocolo de intervenção breve (IB) para gestantes e avaliar sua eficácia na redução do consumo de álcool comparativamente ao recebimento de um folheto informativo sobre os riscos do uso de álcool na gestação. Foi realizado um ensaio clínico, cego, comparativo e prospectivo, com distribuição randômica das participantes em dois grupos (IB e folheto), com dois tempos de coleta de dados (T1 e T2). Foram recrutadas 86 gestantes em serviços de saúde de Ribeirão Preto e Araraquara com uso de risco de álcool utilizando o instrumento T-ACE (pontuação maior ou igual a dois). As gestantes eram maiores de 18 anos e possuíam até 16 semanas de gestação. Todas responderam a um questionário incluindo avaliação do padrão de uso de álcool e receberam IB ou um folheto informativo sobre os riscos do uso de álcool na gestação. Foram excluídas gestantes com diagnóstico prévio de dependência de álcool ou drogas, as que pontuaram acima de 20 no instrumento AUDIT, as que declararam uso, nos últimos três meses, de outras drogas, exceto tabaco e aquelas incapazes de compreender e fornecer informações aos pesquisadores. No segundo tempo da pesquisa (a partir da 25ª semana gestacional) compuseram a amostra 80 gestantes, sendo 39 do grupo folheto e 41 do grupo IB. As gestantes do grupo IB apresentaram menor média de doses consumidas e maior prevalência de abstinentes. Contudo, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em relação ao padrão de consumo de álcool. A avaliação intra-grupos também não detectou diferenças no padrão de consumo de álcool entre T1 e T2 seja para o grupo folheto ou para o grupo IB. Apesar disso, a autoavaliação das gestantes tanto no grupo folheto quanto no grupo IB sobre a mudança no comportamento de consumo de bebidas alcoólicas indicou uma diminuição estatisticamente significativa do consumo (Grupo folheto, Wilcoxon, Z=-2,74; p<0,01; r=0,31) (Grupo IB, Wilcoxon, Z=-4,43; p<0,001; r=0,49). Palavras-chave: álcool, intervenções breves, gestação, prevenção, eficácia.
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