O tratamento de dentes com rizogênese incompleta e necrose pulpar representa um grande desafio para a terapia endodôntica, principalmente pela fragilidade das paredes radiculares desses dentes. Uma terapêutica que pode ser realizada é a revascularização pulpar com o objetivo de substituir estruturas danificadas, incluindo estruturas dentinárias e radiculares, bem como células do complexo dentino-pulpar com um tecido que permita a continuação da formação da raiz em espessura e tamanho. Esses procedimentos demonstraram ser capazes de promover o desenvolvimento continuado da raiz, aumentando assim a espessura e a resistência das raízes anteriormente finas e propensas à fratura. Este trabalho tem como objetivo realizar, através de uma revisão da literatura, um estudo sobre a revascularização pulpar e sua importância clínica no tratamento de dentes acometidos por necrose pulpar e cuja formação apical ainda não se completou. Para este estudo, foi realizado um levantamento na plataforma PubMed, em que foram incluídos artigos publicados entre 2004 e 2021.  A revascularização pulpar pode ser considerada como uma alternativa promissora como tratamento para dentes com rizogênese incompleta e necrose pulpar, tendo vantagens potenciais em relação ao tradicional processo de apicificação.

Objective: This study compared the fatigue behavior of endodontic instruments manufactured with conventional NiTi alloy electropolishing, RaCe (FKG Dentaire, LaChauxdeFonds, Switzerland), with instruments manufactured with NiTi CM Wire subjected to thermomechanical treatment, in the manufacturing process, HyFlex CM (Coltène Whaledent, Cuyahoga Falls, Ohio, USA), both with similar geometry and dimensions in order to determine the influence of the manufacturing process in the fatigue resistance. Methods: The methodoly consisted of twenty HyFlex CM and RaCe instruments with D0 0.25 mm, taper 0.06 mm / mm, 25 mm length, both with triangular cross section. The fracture resistance was evaluated by static fatigue test, using a stainless artificial canal with 5mm of radius (86°), recording the time and calculating the number of cycles until fracture occurs (NCF). For statistical analysis the Student t test was used The fractured instruments surface was analyzed by SEM. Results: The NCF was significantly higher for HyFlex CM instruments in comparison with RaCe files (P˂0.05) being 1336% more resistant to fatigue. The analysis of the fractured surface by SEM showed ductile-kind morphological characteristics for both instruments and the absence of plastic deformation. Conclusion: HyFlex CM instruments present higher values of NCF. Thus, it can be concluded that the thermal treatment to which these instruments with CM Wire alloy are submitted makes them more resistant to fracture than Race instruments manufactured with conventional NiTi alloy electropolishing.

Os traumatismos dentários constituem um problema de saúde de alta frequência em crianças e adultos jovens, e estão associados a consequências psicológicas, funcionais e ainda estéticas. A necrose pulpar é uma das principais consequências após o trauma dental, implicando, dessa forma, na falha do desenvolvimento radicular dos dentes permanentes recém erupcionados, os quais em razão disso permanecem com paredes finas e ápice aberto. O objetivo deste trabalho foi descrever uma opção de tratamento que permite, ao mesmo tempo, o fechamento do ápice radicular e o reforço das paredes apicais em dentes imaturos que apresentem status de necrose pulpar após esses sofrerem trauma. Foi utilizado como técnica a apicificação com aplicação única de hidróxido de cálcio. O presente trabalho permitiu concluir que a apicificação com hidróxido de cálcio é uma alternativa de baixo custo, facilmente aplicável na rotina clínica e que apresenta altas taxas de sucesso no tratamento de dentes imaturos traumatizados.

A dor pós-operatória ao tratamento endodôntico é de origem multifatorial e pode afetar a qualidade de vida do paciente. Uma variedade de técnicas e combinações podem alcançar o controle da dor durante os procedimentos endodônticos. Ter conhecimento desses fatores guia o dentista em sua capacidade de aumentar a confiança do paciente, conduzir o tratamento de acordo com os fatores de risco para a dor e tomar medidas para reduzir os sintomas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar as evidências atualmente disponíveis sobre o tema dor pós-operatória ao tratamento endodôntico. Para sua concretização foi realizado um levantamento na plataforma PubMed e incluídos artigos de revisão sistemática publicados entre 2016 e 2021. Os resultados deste estudo mostraram que a administração da medicação pré-operatória, a manutenção da patência apical, a agitação da substância irrigante com dispositivos automatizados e o uso de crioterapia intracanal são favoráveis na prevenção e/ou redução dos sintomas pós-operatórios. No entanto, faz-se necessário novos ensaios clínicos randomizados bem desenhados para melhor esclarecimento de alguns fatores relacionados à algesia após o tratamento endodôntico.

Objetivo: O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura acerca dos impactos causados no tratamento endodôntico pelos acessos endodônticos conservadores em relação aos acessos endodônticos tradicionais. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o tema na base de dados do Pubmed e Scielo, coletando artigos entre 2014 e 2020. Resultados: Em dentes incisivos com acessos conservadores não há aumento da resistência em comparação aos acessos tradicionais, mas ainda não há consenso na literatura a respeito dos dentes posteriores. Canais ovais de dentes com acessos conservadores apresentaram mais áreas não instrumentadas. Foram observados também relatos de transporte apical, mudança da curvatura original, detritos residuais na câmara pulpar, dificuldade na localização de canais e aumento do tempo de tratamento em dentes com acessos conservadores. Considerações Finais: Não há indícios de resistência à fratura aumentada em dentes incisivos com acessos conservadores e nem há consenso em relação aos dentes posteriores. Devido a isso e ao fato desse tipo de acesso trazer algumas limitações ao tratamento endodôntico, não há razão para preconizá-lo em detrimento do acesso tradicional, principalmente sem uso de magnificação e ultrassom.

A fratura radicular horizontal pode ser definida como aquela que envolve dentina, cemento, ligamento periodontal e polpa, compreendendo de 1,2 a 7% dos traumas na dentição permanente. Afeta normalmente a região de dentes anteriores, e geralmente cicatriza-se espontaneamente, dependendo da vitalidade pulpar. O diagnóstico é realizado através de exame clínico, teste de sensibilidade pulpar e exame radiográfico. Além disso, a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico tem sido utilizada de forma a auxiliar no diagnóstico e prognóstico, devido a reprodução de imagens tridimensionais, permitindo visualizar de forma exata a localização e trajeto da linha de fratura. Este estudo relata um caso clínico de trauma dental causado por queda de própria altura. A paciente apresentava fratura radicular horizontal no elemento 21, localizada em terço médio, que foi confirmada através do exame radiográfico. Como tratamento imediato, foi realizado o reposicionamento e esplintagem. Para a confirmação da localização exata da fratura e se houve o processo de cicatrização, foi realizada imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico após 30 dias do trauma, pôde-se visualizar a fratura com trajeto oblíquo cicatrizada por tecido calcificado. Dessa forma, optou-se por acompanhamento da fratura radicular horizontal com tempo de controle de 15 dias, 30 dias, 60 dias, 2 anos e 5 anos. Permitindo, assim, que o dente seja preservado na cavidade bucal, sem intervenções.