Embora se trate de um processo marcado por um forte diálogo do autor consigo mesmo, não posso considerar a escrita da dissertação um processo solitário. Mais que um protocolo, portanto, os agradecimentos consistem em um reconhecimento de que as possíveis contribuições aqui desenvolvidas não são fruto de um indivíduo somente.Assim, é impossível não começar aqui falando de Dona Marilene. Essa enfermeira, que fez da sua atuação enquanto funcionária pública uma missão de vida, é, sem dúvidas, o maior modelo que tenho em vida. Sou privilegiado por, além da convivência, poder chamá-la por "mãe". Junto dela, Dr. Marco, esse grande pai, socialista e meu maior torcedor. Não é exagero afirmar que, sem ele, a relação com o estudo e com a leitura seria outra -e pior. Fechando esse primeiro círculo familiar, agradeço a Julia pela sua companhia, seja através de conversas ou de silêncios, e à Severina, essa mulher com um coração imenso que a vida me deu e que posso chamar de minha segunda mãe. À Carolina, pelo companheirismo. Aqui a palavra diz muito: mais do que vício de linguagem militante ou convívio marital, é minha grande companheira de vida e pessoa com quem partilho das mais profundas angústias, inquietações e alegrias. Para Iolanda, agradeço por me escolher enquanto seu pai e ser responsável por aquilo que tenho de melhor.Agradeço também aos meus grandes parceiros de vida, o Raphael, Renan, Ian e João.Aos colegas docentes que dividem esse universo mágico da sala dos professores e, em especial, aos camaradas Jorge, Gordo e Rafa.Essa dissertação não seria possível sem diversas colaborações. Começo agradecendo à Odebrecht: desde o primeiro contato, estabelecido através da figura de Daniel Villar, ao acompanhamento que o Victor Falcão e a Liana Garrido ofereceram e, também, ao núcleo de memória da empresa.Aos colegas professores do Rio, Almir Pita e Rafael Brandão, pela acolhida no simpósio nacional da ANPUH, e, principalmente, ao professor Pedro Campos, pelos comentários à minha apresentação ali feita e pela tremenda disponibilidade em me recomendar bibliografia e me encontrar para conversas. Ao Kjeld, pela leitura atenta e apontamentos na qualificação. Da "casa", agradeço especialmente ao professor Alvaro Comin, por sua participação fundamental na minha qualificação, com apontamentos importantíssimos para o desenrolar desse trabalho.À Bárbara e a Mayara, agradeço o trabalho que, mais do que revisar, foi responsável por conferir um outro corpo ao texto. E ao Ricardo Sennes e o Ricardo Mendes pelo recebimento que tive na Prospectiva e a conversa fundamental para o andamento da pesquisa.Por fim, não seria possível fechar essa lista de agradecimentos sem mencionar o papel exercido pelo Alexandre. Desde o recorte do tema a detalhes sobre a escrita acadêmica, passando por sugestões bibliográficas essenciais, reuniões, ajuda com contatos... Em suma, um papel de orientador do começo ao fim. Se há algum mérito nas páginas subsequentes, estão compartilhados integralmente com o Alexandre.
Resumo: O presente artigo visa introduzir o leitor ao amplo debate historiográfico sobre a Abolição Britânica. Apesar de seu início no Século XIX, foi somente com a publicação de "Capitalismo e Escravidão" de Eric Williams, em 1944, que o debate ganhou suas feições atuais: a polarização entre a visão historiográfica estruturalista, da qual é Williams seu grande precursor contrapor-se-ia à perspectiva culturalista que buscaria no humanitarismo Britânico a causa central para explicar a Abolição.Para atingir tal intento, o artigo analisa de forma comparativa quatro livros: "The American Crucible" de Robin Blackburn, "Abolição: uma História da escravidão e do antiescravismo" de Seymour Drescher, "Os Jacobinos Negros" de Cyril LionelRobert James e o já citado "Capitalismo e Escravidão" de Eric Williams.
O presente artigo tem por objetivo colocar em debate possíveis paradigmas que joguem luz ao processo de internacionalização da Construtora Norberto Odebrecht (CNO). Argumentamos que o modelo, hoje, mais difundido pelos grandes meios de comunicação é ancorado no conceito de Capitalismo de laços, sintetizados em obra de Sérgio Lazzarini. Buscamos nos distanciar dessa chave analítica e propor uma outra que, com base em uma compreensão global da história e na primazia de condicionantes locais, situa a atuação internacional da construtora em dois momentos chave. Em um primeiro, nos anos 1980 e 1990, entendemos que a empreiteira opta pela região latino-americana devido a uma somatória de fatores como: (a) o aproveitamento dos gargalos de infraestrutura da região latino-americana — condicionados aqui pelo próprio modelo de desenvolvimento periférico da região; (b) os benefícios de atuar sobre uma região que é órbita de influência geopolítica brasileira; e (c) sua proximidade geográfica. Já a partir dos anos 2000, defendemos que essa prática de internacionalização passa por uma mudança. Consolidada enquanto empresa transnacional, a CNO passa a se valer da estratégia do governo brasileiro de conformação de grupos ‘campeãs nacionais’ como forma de ampliar sua inserção no mercado internacional. Para embasar essa linha argumentativa, nos valemos da combinação entre obras que tratam do desenvolvimento periférico junto à análise de fontes públicas e internas — como a Revista Odebrecht Informa —, disponibilizadas pela empresa. Dessa forma, pretendemos historicizar a internacionalização da empreiteira, construindo, para tanto, paradigmas interpretativos de análise desse processo que coloquem em relevo a relação entre condicionantes do subdesenvolvimento e a internacionalização de empresas.
A Construtora Norberto Odebrecht (CNO) está presente em mais de 40 países, conformando-se como peça-chave no projeto de internacionalização da Organização Odebrecht, um dos maiores conglomerados empresariais do Brasil. Nesse contexto, propomos uma análise das intersecções entre a internacionalização da CNO e a sua ação social sem finalidades diretamente lucrativas, vista por nós como uma constante. A partir de uma análise ampla do processo, abordamos diversos países e momentos desse tipo de intervenção. Com isso, almejamos desenhar um estudo de caso, identificar seus referenciais históricos mais extensos e destacar que a ação social empresarial da CNO é parte essencial da sua estratégia de sucesso, remetendo aos preceitos do terceiro setor e do neoliberalismo.
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