<p>Em diferentes áreas do conhecimento é reconhecido que a memória está sujeita a transformações ao longo do tempo. Partindo desse pressuposto, o objetivo do presente estudo é apresentar uma discussão compreendendo a ideia de que nossas recordações são suscetíveis a transformações e a concepção de <italic>après-coup</italic>. Há o delineamento de algumas ideias acerca da temporalidade em Psicanálise e do mecanismo de reconsolidação da memória segundo as Neurociências. Utilizando-se tais conceitos, evidenciou-se a viabilidade de se pensar uma interlocução entre a Psicanálise e as Neurociências.</p>
O objetivo da presente pesquisa é analisar alguns depoimentos postados na internet por pessoas que se identificam como adolescentes do sexo feminino, procurando articular elementos que tornem possível uma compreensão psicanalítica do ato de escarificação. Desenvolveu-se a partir do método de análise de conteúdo, em que 41 postagens foram divididas em categorias de análises; a teoria psicanalítica fundamentou a análise e interpretação do material. Dentre os principais achados, observou-se que vivências relativas à passagem adolescente, associadas a vivências subjetivas, cujo laço social dificulta a apropriação de seu corpo, podem levar algumas adolescentes a produzirem as escarificações como tentativas de escapar das tensões que lhes afetam; mais do que se machucar, os cortem servem, então, para delinear um contorno corporal.
RESUMO: Pretende-se neste artigo contextualizar a temática das depressões na neurose no cenário atual e, posteriormente, relacionar o abatimento e a deflação libidinal presentes nestes quadros com a função do desejo. Sugerimos que a depressão participa de uma nova economia libidinal na contemporaneidade. O depressivo contemporâneo vem caracterizando-se cada vez mais por uma posição de desistência dos embates inerentes à condição humana, refugiando-se cada vez mais numa posição protegida e paralisada, mais característica das inibições do que dos sintomas. Temas como os processos narcísicos e do luto surgem como horizonte para pensar as depressões neuróticas na contemporaneidade.
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EDITORIALEspero que todos os leitores tenham conhecimento do que vem ocorrendo com os professores das universidades estaduais do Paraná, pois muito tem sido divulgado pela mídia nacional acerca da nossa situação de precariedade, de descaso, de desrespei to por parte do governo do Estado e da Assembleia Legislativa estadual. Enfim, não pretendo aqui detalhar os fatos, pois pressuponho o amplo conhecimento sobre o que tem acontecido, tendo em vista a ampla divulgação nos meios de comunicação estadual, nacional e até internacional.O que quero destacar é o prejuízo que tal situação acarreta à educação, à pesquisa, alcançando os meios de divulgação científica, como é o caso de nossa revista. Se o trabalho já era precário em função das dificuldades financeiras, de não termos todas as condições básicas, ainda assim, apesar de tudo, vimos conseguindo desenvolver nosso trabalho editorial mantendo a qualidade de nosso periódico. Contudo, com o acirramento das tensões e a piora das condições acima lembradas, nosso trabalho editorial foi diretamente afetado.Mas alguém poderia afirmar que o trabalho editorial de uma revista científica deve ocorrer independente dos meandros políticos, salariais etc., que permeiam a categoria de profissionais que desempenham as funções editoriais. Não contradirei tal afirmativa, por saber ser possível, sob determinadas condições, que uma situação não interfira na outra. Mas, sinceramente, me questiono se um periódico científico, editado no seio de uma universidade pública, pode efetivamente passar incólume a tais situações. Se sim, no mínimo, ele, o periódico, e a equipe que o editora estariam completamente dissociados das condições reais em que estão inseridos, ou vivendo num mundo mágico, ou tendo dois pesos e duas medidas para as situações enfrentadas como se uma não tivesse nada a ver com a outra, como realidades paralelas que não se interpenetram, queiramos ou não (algo um tanto quanto esquizofrênico, na minha visão).No caso específico de nossa revista Psicologia em Estudo é visível a impossibilidade de mantermos uma coisa separada da outra. Por exemplo, a edição do presente número atrasou e somente agora foi possível finalizá-lo e apresentá-lo definitivamente. E isto ocorreu exatamente porque, para além das atividades inerentes ao processo editorial, toda uma realidade social, política, institucional, gerou determinadas condições em que não havia como seguir em frente e finalizar, pois gerou impedimentos reais, burocráticos, impedindo a contratação de serviços essenciais, por exemplo.E tal atraso compromete não apenas pela demora em divulgar os resultados de pesquisas e estudos, que fazem parte do presente número, mas também pelas cobranças feitas pelos indexadores, por critérios das avaliações aos quais estão submetidos os periódicos, desde o Qualis Capes até a exigência de pontualidade que determina ou não a permanência em uma base de dados importante.Outro ponto a destacar é que, a partir do presente número, a revista Psicologia em Estudo será editada apenas na sua versão on-line e se...
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