Este artigo tem como objetivo discutir como os grupos indígenas Guarani internalizam seu reko porã ("bom modo de proceder") entre suas crianças e constroem seus conceitos de infância e trabalho, no intuito de formarem o chamado guarani ete, ou seja, o(a) guarani verdadeiro.
Este artigo tem como objetivo discutir as possibilidades de ensino e construção de conhecimentos históricos na comunidade indígena guarani-mbya, da aldeia de Sapucaí, em um contexto de educação escolar intercultural. Refletindo acerca da utilização de documentação imagética - fotografias, gravuras e iconografias produzidas por não-índios como fontes históricas na reconstrução e no registro de uma memória indígena.
Este breve ensaio tem como objetivo apresentar a fotografia como representação e visibilidade dos chamados rexadores Guarani das aldeias retomadas do oeste do Paraná. Atualmente existem 21 aldeamentos ainda esperando por reconhecimento por parte da FUNAI e do estado brasileiro, nestas áreas encravadas em meio a platançoes de soja e propriedades privadas as comunidades indígenas resistem fortalecidas por suas lideranças espirituais. A grande concentração destas pequenas comunidImagem 3. Coral Guarani na comunidade de Tekoa Aty Mirim/Município de Itaipulândia por ocasião do 19 de abril “Dia do Índio” com a presença de diversas lideranças políticas indígenas e não-indígenas na comunidade. As manifestações culturais seguem tendo forte viés de afirmação política e étnica para a sociedade envolvente.Imagem 1. Cacique e xamõi Raul Medina no Tekoa Yvyraty Porã/Município de Terra se preparando para ir a Guaíra participar de mais uma reunião com demais lideranças indígenas a respeito da demarcação territorial.Imagem 2. Cacique Libório sendo abençoado por diversas lideranças e rezadores na casa de reza do Tekoa Nhemboete/Municipio de Terra Roxa para que Ñanderu lhe iluminando dando força para seguir lutando pelos direitos de seu povo.Imagem 3. Coral Guarani na comunidade de Tekoa Aty Mirim/Município de Itaipulândia por ocasião do 19 de abril “Dia do Índio” com a presença de diversas lideranças políticas indígenas e não-indígenas na comunidade. As manifestações culturais seguem tendo forte viés de afirmação política e étnica para a sociedade envolvente.Imagem 4. Manifestação no Tekoa Marangatu/Município de Guaira com a participação de diversas lideranças religiosas Guarani com intuito de entregar ao Ministério Público Federal relatório sobre a violação dos direitos indígenas na região de Guaíra.Imagem 5. Mulheres Guarani na casa de reza do Tekoa Vy'a Renda/Município de Santa Helena batendo o takuapy (instrumento indígena específico para a utilização das mulheres da comunidade) durante cerimônia religiosa com a presença de diversos caciques Guarani.Imagem 6. Reunião de rezadores no Tekoa Y Hovy/Município de Guaíra com a presença de entidades indigenistas para discutir a questão territorial na região.Imagem 7. Promotor do Ministério Público Federal de Guaíra Dermeval Vianna sendo abençoado pelos xamõi Guarani no Tekoa Marangatu/Município de Guaira para que continue defendendo os direitos constitucionais indígenas contra a violência dos ruralistas.Imagem 8. Reunião da casa de reza do Tekoa Vya’ Renda/Município de Santa Helena, no momento da fala da liderança Guarani Francisco Alves a respeito da questão territorial no município e as terras alagadas indígenas pela Itaipu.Imagem 9. Reza no Tekoa Mirim/Município de Guaíra após reunião de lideranças indígenas com a presença do Ministério Público Federal e a FUNAI.Imagem 10. Xamõi Claudio Bogado na comunidade Tekoa Mokoi Joegua organizando o início da reza e abençoando a presença das lideranças políticas presentes: em pauta a antiga aldeia de Dois Irmãos submersa pela subida das águas da Itaipu.Imagem 11. Retrato do Xamõi Agostinho da comunidade Tekoa Añetete/Município de Diamante do Oeste, liderança histórica do povo Guarani que segue reivindicando suas áreas alagadas desde a subida das águas da Itaipu em 1982.Imagem 12. Xamõi Claudio Bogado e sua esposa Amália em sua casa reza no Tekoa Mokoi Joegua/Município de Santa Helena. Atualmente cada vez mais as mulheres Guarani vem tomando a frente de luta em defesa suas comunidades, em especial, como Amália que a exemplo de seu marido também é uma liderança espiritual.
Este artigo tem como objetivo discutir a fotografia como documento histórico a partir das imagens elaboradas pelo Serviço de Proteção ao Índio em pleno Estado Novo de Getulio Vargas. O trabalho busca demonstrar o importante papel do trabalho e a educação escolar como formas privilegiadas de integrar o indígena a economia nacional por meio das representações imagéticas realizadas pelo fotógrafo do SPI Heinz Foerthmann em meados de 1943. Estas imagens – a luz de seu contexto sócio-histórico – se transformam em dados fundamentais para a discussão sobre o papel integrador dos agentes do SPI. As imagens analisadas neste trabalho são oriundas de um ensaio fotográfico do documentalista alemão Heinz Foerthmann realizado em 1943 nas comunidades indígenas de Icatú e Nimuendaju, interior de São Paulo. Neste período o órgão oficial indigenista organizou várias exposições em todo Brasil, com o sentido de demonstrar a população brasileira os avanços da civilização junto aos povos indígenas. Estas imagens enquanto documentos históricos de sua época, são mais do que simples registros, mas, nos permitem desvelar as políticas de assimilação do Estado brasileiro em relação aos seus povos originais.
Neste artigo, discuto a formação da fotografia brasileira enquanto conseqüência dasrelações sócio-econômicas que gestaram o Brasil nação, afirmando que a linguagem fotográficadesenvolvida no continente americano com o advento da fotografia é legítima herdeira da pinturahistórica desenvolvida desde os tempos de colônia. O texto irá argumentar que a chamadalinguagem documental, privilegiada pelos fotógrafos da América Latina, tem sua origem históricanos viajantes e, mais tarde, nos primeiros fotógrafos europeus que vieram para a América no intuitode documentar da maneira mais fiel possível os aspectos exóticos do Novo Mundo, construindouma narrativa fotográfica documental e fortemente positivada.PALAVRAS-CHAVES: Fotografia; Brasil; história; representação.
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