Análise do perfil de automedicação em mulheres idosas brasileirasAnalysis of the self-medication pattern among Brazilian elderly women
A osteoporose é uma síndrome multifatorial do esqueleto, sendo a fratura de fêmur a mais séria consequência para idosos, devido à alta mortalidade e ao custo. Este trabalho descreveu as fraturas osteoporóticas de fêmur em idosos para o Brasil, no triênio 2006-2008. A Autorização de Internação Hospitalar (AIH) foi utilizada como base secundária de dados e permitiu criar indicadores para fratura de fêmur em idosos. As proporções de idosos internados no Sistema Único de Saúde (SUS) por esta causa chegaram a 1%. Os percentuais de internação e óbitos foram maiores no sexo feminino e aumentaram com a idade. Os gastos foram de aproximadamente 2% dos gastos do SUS para pessoas com 60 anos ou mais. A maioria das internações durou de um a sete dias; 50,1% ocorreram em hospitais filantrópicos; e 42,7% aconteceram fora do município de residência. Os resultados reforçam a necessidade de maior atenção para a osteoporose e mostram a relevância dos gastos públicos com internações de idosos por fratura osteoporótica de fêmur. A compreensão de tais internações auxilia a formulação de políticas de saúde para esta causa.
Introdução: O exame citopatológico é a estratégia mais adotada no mundo para o rastreamento do câncer do colo do utero e a única que teve impacto comprovado na redução da incidência e da mortalidade por essa doença. Garantir a qualidade desse procedimento e uma prioridade para a efetividade do Programa de Controle do Cancer do Colo do Útero no Brasil. Objetivo: Apresentar o perfil dos laboratorios de citopatologia cervicouterina no ano de 2010 para todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal, analisando alguns indicadores de Monitoramento Interno da Qualidade (MIQ). Método: As informações contidas no Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO ) referentes a 2010, por Unidade da Federação, foram utilizadas para o cálculo dos indicadores de qualidade estudados. Resultados: O Brasil possui um grande quantitativo de prestadores de serviço de citopatologia concentrados em faixas de positividades abaixo de 2,0%. Parte dos casos positivos registrados no sistema não traziam conclusão diagnóstica devido aos elevados percentuais de atipias de significado indeterminado em células escamosas. Outra evidencia constatada foi a baixa capacidade da rede laboratorial para a identificação de lesões intraepiteliais de alto grau. Conclusão: Os resultados apontam para o risco de não identificação dos casos sugestivos de alteração celular e alertam para a possibilidade de emissão de laudos falsos -negativos. E importante implementar programas de controle de qualidade do exame citopatológico. O estudo serve de auxílio aos gestores na organização da rede de laboratorios.
Introdução: Existem no Brasil 408.056 mulheres indígenas. Essa população é mais vulnerável aos agravos de grande magnitude, entre eles o câncer do colo do útero. Contudo existem poucos estudos sobre essa questão entre indígenas. Objetivo: Descrever o perfil dos exames citopatológicos realizados na população indígena brasileira em comparação a não indígenas. Método: Análise descritiva de frequência e proporção dos exames citopatológicos realizados entre mulheres indígenas e não indígenas registradas no Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO ) segundo regiões de residência para o período de 2008 a 2011. Resultados: Entre 2008 e 2010, 8% dos exames citopatológicos realizados no país registraram a informação de cor/raça, sendo que em 2011 esta proporção aumentou para 12,4%. Em indígenas e não indígenas, respectivamente, foram realizados 11.964 e 3.738.707 exames satisfatórios; foram considerados insatisfatórios 1% e 1,2% dos exames; 74,9% e 77,2% dos exames foram realizados na faixa etária de 25 a 64 anos; 20% e 17,5% dos exames foram realizados abaixo dos 25 anos; 83,4% e 76,5% dos exames foram realizados no intervalo de 1 a 2 anos; 2,1% e 2,9% dos exames apresentaram-se alterados. A razão lesão de alto grau / câncer invasor do colo do útero passou de 11,5, em 2009, para 16,1, em 2011, em não indígenas e de 1,7 para 5,0 entre indígenas. Conclusão: Os dados evidenciam a importância do tema para as mulheres indígenas, sugerem dificuldade de acesso aos exames citopatológicos para esse grupo, e ressaltam a necessidade de melhoria da informação cor/raça no SISCOLO .
For years now, the severe crisis of the Brazilian educational system, from the depreciation of schools and of working conditions to the overall decline in what education means, has given rise to movements of student resistance and struggle that demand the improvement of education. In 2015, a new wave of protests started initially in São Paulo as a reaction to the government’s announcement to close more than 100 state schools, which spread to similar manifestations nationwide. In the state of Rio de Janeiro, students occupied over 80 schools. Boosted by interactive technologies, these students took the occupation of school spaces beyond, into a movement of opposition to the State power. The greatest innovation of the students’ Occupation was the subversion of traditional school logic, enabling the students to experience self-management and a new dynamic form of education.
RESUMO O presente estudo tem como objetivo analisar as representações sociais (RS) da Samarco e do rompimento da barragem de Mariana (MG) para um grupo de ex-funcionários que aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) da empresa em junho de 2016. Foi considerada a abordagem qualitativa como guia para a coleta e a análise de dado. Foram realizadas entrevistas individuais com dez ex-funcionários que aderiram ao PDV. As entrevistas foram transcritas e submetidas à análise inicial do programa Iramuteq. Posteriormente foram interpretadas a partir do aporte teórico da Teoria das Representações Sociais (TRS). Os resultados evidenciaram que os entrevistados procedentes das áreas da operação e da saúde e segurança compreenderam o desastre como um fenômeno acidental e os entrevistados procedentes das áreas administrativas interpretaram o desastre como resultado de uma postura negligente da mineradora. O estudo mostrou a influência das diversas informações presentes na mídia, nas interpretações do fato por pessoas próximas (família e amigos) e na gestão simbólica por parte da empresa na construção dessas RS. A pesquisa contribui ao aprofundara discussão sobre a dinâmica de construção e (re)reorganização de RS em diferentes grupos a partir de um episódio marcante e as múltiplas influências presentes nesse processo.
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