RESUMO: Este artigo pretende rastrear e recuperar a coleção particular conhecida como Museu Sertório, que, embora tenha se constituído como o primeiro núcleo do acervo do Museu Paulista, é um tema ainda pouco explorado na historiografia. De propriedade do coronel Joaquim Sertório, a coleção tornou-se um museu privado na cidade de São Paulo, ganhando relevância na segunda metade do século XIX. As peças a ele pertencentes foram doadas ao governo paulista em 1890, tornando-se o embrião do acervo do Museu Paulista, que viria a ser inaugurado, em 1895, no Monumento do Ipiranga. PALAVRAS-CHAVE: Museu Sertório. Coronel Joaquim Sertório. Museu Paulista. Coleções.ABSTRACT: This research intends to trace and recover information about the private collection known as Museu Sertorio, which became Museu Paulista's first main collection. This subject matter hasn't been bestowed upon it by the specialized historiography. This collection, a private museum in São Paulo, belonged to Colonel Joaquim Sertorio, and it became famous in the second half of the 19th century. This museum was donated to São Paulo estate government in 1890, from which Museu Paulista was created; it officialy opened in 1895 at the Ipiranga Monument.
RESUMO: Este artigo pretende examinar as práticas colecionistas realizadas em torno do Museu Sertório, uma coleção particular que veio a constituir o primeiro núcleo do acervo do Museu Paulista. Para tanto, serão apresentados alguns dados biográficos inéditos sobre o proprietário do Museu, o coronel Joaquim Sertório, bem como aspectos da organização das coleções, buscando, assim, refletir sobre o suposto amadorismo de Sertório no campo das ciências, uma vez que a abertura do acervo à visitação pública estava associada à intenção de vincular o museu a fins educativos. Procura-se, igualmente, traçar um paralelo entre a trajetória do Museu Sertório com a do Ashmolean Museum of Art and Archaelogy da Universidade de Oxford, Inglaterra, a fim de melhor compreender a sua inserção na São Paulo de fins do século XIX. PALAVRAS-CHAVE: Museu Sertório. Coronel Joaquim Sertório. Museu Paulista. Colecionismo. Práticas colecionistas.ABSTRACT: This article intends to examine the collecting practices of the private collection known as Museu Sertório, which became Museu Paulista's first main collection. For that, a brief biography of Colonel Joaquim Sertório, the owner of the Museum, will be presented, as well as aspects of the collections' organization, in order to reflect on Sertório's supposed dilettantism in scientific fields, since the museum was associated with an educational project of the period. A parallel between Museu Sertório and the Ashmolean Museum of Art and Archaelogy, of Oxford University, will also be made, in order to better understand its insertion in nineteenth-century São Paulo.
Resumo: Este artigo pretende fazer uma revisão parcial da historiografia indiana do pós-independência, mais especificamente a partir de questões suscitadas pelo grupo dos Estudos Subalternos, que têm por objetivo pensar como as chamadas camadas "subalternas" da população narram o seu próprio passado. Isso os leva a criticar o conceito de historicismo como a base do discurso histórico introduzido com a colonização britânica, apontando para os próprios limites da historicização ao confrontá-la com determinados passados "subalternos". O presente artigo também se propõe a analisar o desdobramento dessa posição crítica no discurso do teórico social indiano Ashis Nandy, que critica o próprio conceito de história, o qual vê como uma "segunda colonização" que domina o pensamento indiano, uma vez que a história seria uma forma de alienação intelectual que legitimaria a "primeira colonização".
Palavras-chave: Discurso Histórico; Estudos Subalternos; Ashis NandyA intensificação do contato dos europeus com a Índia 2 e dos estudos realizados por eles sobre as culturas e sociedades indianas coincidiu com a ascensão da historicização do pensamento na historiografia europeia em fins do século XVIII 3 .Nesse quadro, as mudanças pelas quais a disciplina histórica passou faziam com que as formas como as sociedades indianas lidavam com o passado fossem vistas como 1 Estudante de pós-graduação (mestrado) em História pela Universidade Federal de São Paulo. Contato: paula_carvalho33@yahoo.com.br 2 O termo "Índia" é usado somente para se referir à área que atualmente abrange o território indiano, não incluindo Paquistão e Bangladesh, apesar de terem feito parte das colônias britânicas no sul da Ásia. Embora tenham uma origem histórica colonial comum, a independência e a partilha em 1947 criaram narrativas históricas distintas e que não cabem ser abordadas no presente artigo. 3 Neste artigo, entende-se "historicização do pensamento" no sentido dado por Michael Gottlob: "um processo em que a experiência de mudança veio a ocupar um lugar central na orientação cultural do homem (um estudo que combinava reflexão teórica com pesquisa empírica), estabelecendo-se como um meio de influenciar o curso dos acontecimentos (Kütter at al, 1997: 11)". GOTTLOB, Michael.
O mundo falava árabe: A civilização árabe-islâmica clássica através da obra de Ibn Khaldun e Ibn Battuta, de Beatriz Bissio, surgiu a partir da sua tese de doutorado defendida em 2008 no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (UFF). Bissio resolveu se debruçar sobre os escritos de dois grandes viajantes do mundo islâmico medieval: a Muqaddimah (Os prolegômenos da história universal), do historiador Ibn Khaldun (1332-1406), e Através do Islã, as memórias de viagem pelos domínios muçulmanos de Ibn Battuta (1304-1368). Dividido em duas partes, o livro apresenta em cada um dos sete capítulos características importantes da história mais geral da civilização islâmica de modo claro e sintético, entremeando-as a situações particulares presentes tanto na obra de Ibn Khaldun quanto na de Ibn Battuta. É viajando através dos livros desses dois autores muçulmanos que se descobrem os impérios árabe-islâmicos em toda sua complexidade.
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