Este estudo tem por objetivo descrever a elaboração e aceitabilidade de um material lúdico específico, utilizado como recurso mediador do atendimento infantil em um hemocentro durante a pandemia de COVID-19. Considerando o perfil das crianças atendidas no serviço, predominantemente com doença falciforme, investiu-se na produção de representações de hemácias (HbA e HbS), de glóbulos brancos, da medula óssea e do vírus SARS-CoV-2. Os modelos foram inspirados em versões existentes, à exceção da medula óssea, e optou-se pela confecção em crochê e pela adição de aspectos humanos, como boca e olho, para melhor aceitação e assimilação do material pelas crianças. Os elementos do sangue foram utilizados nos atendimentos de casos novos e já em andamento, inseridos na intervenção psicológica. O modelo estilizado do vírus foi empregado para produção de vídeos educativos, sobre prevenção e cuidados durante a pandemia, que foram enviados para os familiares das crianças em seguimento e divulgados em redes sociais. Os resultados indicaram a viabilidade e boa receptividade do material lúdico por parte de pacientes, pais e equipe multiprofissional, e reforçaram a importância de disponibilizar recursos criativos como suporte para o tratamento e manejo de doenças crônicas em crianças.
Objetivo: verificar associações entre variáveis sociodemográficas e fatores facilitadores e dificultadores da transição do atendimento psicológico presencial para a modalidade remota no primeiro ano da pandemia de COVID-19. Método: trata-se de um estudo analítico, quantitativo, de corte transversal. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, a coleta foi realizada mediante aplicação de um formulário online composto por 55 questões. Os dados foram analisados por meio de técnicas de estatística descritiva e inferencial. Resultados: a amostra de conveniência foi composta por 385 psicólogos brasileiros, majoritariamente mulheres (67,01%), jovens profissionais com até cinco anos de ofício após a graduação (44,16%) e com predomínio de atividades na clínica privada. Constatou-se que o tempo de formação entre cinco e 10 anos foi associado com uma maior percepção de dificuldades e que a experiência prévia com atendimento remoto foi facilitadora da adaptação na transição de uma modalidade à outra. Conclusão: considerando que o teleatendimento pode ser uma ferramenta potente no cenário da saúde, sugere-se a inclusão das questões do atendimento remoto na agenda de pesquisa e conteúdos programáticos das grades curriculares dos cursos de formação em saúde.
The COVID-19 pandemic has led to a public health crisis, with increases in the number of deaths. As a result, the number of bereaved people has increased significantly. In addition, the measures adopted to control the spread of virus have triggered changes in the subjective and collective bereavement experiences. This systematic literature review aims to summarize and reinterpret the results of qualitative studies on the experience of losing family members during the pandemic by a thematic synthesis. The searches were performed in the Web of Science, Scopus, PubMed/MEDLINE, CINAHL, PsycINFO, and LILACS databases. Among 602 articles identified, 14 were included. Evidence was assessed using the Critical Appraisal Skills Programme tool. Two descriptive themes related to the objective were elaborated in addition to one analytical theme, namely: “Pandemic grief: lonely and unresolved”. These themes proved to be interrelated and indicate that experiences of loss in this context were negatively impacted by the imperatives of physical distance, restriction of hospital visits, technology-mediated communication, and prohibition or restriction of funerals. These changes resulted in experiences marked by feelings of loneliness and helplessness, which should be considered when planning intervention strategies that favor communication between family members with the afflicted loved one and with the health care team, enabling welcoming and creating alternatives for farewell rituals. The findings may support further research to test intervention protocols, especially to guide public policies and promote psychological support to bereaved family members after their loss.
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