Resumo Este estudo visa descrever o uso de medicamentos prescritos e não prescritos e fatores associados entre adolescentes residentes em comunidades rurais, quilombolas e não quilombolas, do interior da Bahia, Brasil. Trata-se de um inquérito populacional com 390 adolescentes entre 10 e 19 anos de idade, realizado em 2015. Foram estimadas prevalências e odds ratio para uso de medicamentos prescritos e não prescritos, e análise múltipla foi conduzida por Regressão Logística Multinomial. Entre os entrevistados, 13,6% fez uso apenas de medicamentos prescritos e 14,4% fez uso apenas de medicamentos não prescritos. Os quilombolas demonstraram uma maior diversidade de especialidades farmacêuticas utilizadas. A baixa prevalência no uso de medicamentos nos dois grupos de adolescentes sugere um menor acesso a esses produtos. Apesar disso, observou-se a utilização irracional de medicamentos, principalmente como automedicação. Os adolescentes quilombolas, mesmo dentro da área de abrangência das outras comunidades, apresentaram diferentes fatores associados quando comparado ao grupo não quilombola: a presença de dor de dente nos últimos 6 meses e procurar o mesmo serviço de saúde aumentaram o uso de medicamentos prescritos.
Introdução: O Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) foi desenvolvido e disponibilizado pelo Ministério da Saúde a partir de 2009, tornando-se uma importante ferramenta para auxiliar os gestores da saúde na qualificação da assistência farmacêutica, ampliação do acesso aos medicamentos e melhora da atenção ao paciente. Além disso, facilita o monitoramento e a avaliação do serviço que está sendo prestado pela equipe de trabalho. Materiais e Métodos: A implantação do sistema Hórus se deu a partir da estruturação física do setor para receber o programa informatizado e da capacitação dos responsáveis, promovida pelo Ministério da Saúde. Uma vez implantado, foram elaborados Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) de todas as ações desempenhadas pelo programa como: implantação, inventário, cadastro, movimentação e dispensação, que uma vez aplicados e em conjunto com o conhecimento da rotina, tornam viável a utilização dessa ferramenta. Resultados e Discussão: Por meio da utilização do Hórus, tornou-se possível manter um melhor controle de estoque com o registro das entradas e saídas dos medicamentos e todas as movimentações de produtos entre Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) e farmácias/unidades de saúde, mesmo naquelas que não fazem uso desse sistema, garantindo rastreabilidade dos lotes e acompanhamento da data de validade. Além disso, o sistema possibilita o monitoramento, a avaliação e o planejamento das ações por meio da construção de relatórios periódicos que retratam a situação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. A informatização do sistema permite uma conexão em tempo real dos setores que compõem a rede assistencial farmacêutica com transparência das transações feitas. Todas essas ações fomentam a elaboração virtual de relatórios que demonstram a rotina do serviço de forma esquematizada, permitindo que esta seja melhor avaliada e que se apliquem intervenções mais efetivas. No entanto, a adesão continuada do Hórus também traz algumas dificuldades, principalmente em relação à quantidade insuficiente de recursos humanos e equipamentos, sinal de internet e qualificação do profissional a frente do serviço. Conclusões: Com base nos resultados observados, entende-se que a aproximação do gestor aos outros segmentos da assistência farmacêutica propicia uma facilidade de acesso às informações obtidas com transparência e execução efetiva da farmacovigilância, conferindo desenvolvimento e valorização das atividades assistenciais.
P-46 Uso de medicamentos prescritos e não prescritos por adolescentes da zona rural no sudoeste da bahia
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