OBJECTIVE: To verify in male and female Brazilian adolescents the association of demographic, psychosocial, behavioral and sociocultural characteristics with the regular practice of physical activity. METHODS: The sample consisted of 109,104 adolescents from all Brazilian states attending the 9th year of elementary education in 2012. The response variable was the regular practice of physical activity (300+ minutes/week). The explanatory variables were grouped into four fields: demographic, psychosocial, behavioral and sociocultural. The Poisson regression was stratified by sex to evaluate the association. RESULTS: The prevalence of active adolescents was 20.2%, higher in boys (27.9%) than in girls (13.1%). It was observed a greater practice of physical activity in boys of lower age group, children of mothers with higher schooling, who consumed healthy foods such as beans, fruits, vegetables, and milk, as well as among those with family supervision. At the same time, unhealthy habits such as insomnia and alcohol consumption were also positively associated with physical activity. In girls, greater physical activity was observed among those who lived with mothers and whose mothers had higher schooling. In addition to family supervision, the practice of physical activity in girls was also positively associated with the frequency of meals with their parents. However, as in boys, insomnia and alcohol consumption were associated with an increase in the practice of physical activity. CONCLUSIONS: One-fifth of adolescents practice physical activity regularly, demonstrating the need for specific public policies to increase the percentage of active young people in the country. Maternal schooling, healthy eating habits and family supervision were associated with regular physical activity in boys and girls, evidencing the importance of the family for the acquisition of healthy habits in this age group.
RESUMO: Objetivo: Estimar a associação entre consumo de refrigerantes e o índice de massa corporal (IMC) em adolescentes eutróficos e com excesso de peso. Métodos: Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2009. Considerou-se como variável de desfecho os tercis do escore de IMC (zIMC) e como variável de exposição principal, o consumo de refrigerantes adoçados com açúcar. Idade, tipo de escola, escore de bens e serviços do domicílio e escolaridade materna foram incluídos nos modelos como variáveis de ajuste. Modelos de regressão multinomial, estratificados por sexo e pelos subgrupos de eutrofia e de excesso de peso foram utilizados para estimar a associação entre exposição e desfecho. Resultados: Dos adolescentes avaliados, 23,8% apresentaram excesso de peso e 21,7% relataram o consumo de refrigerantes diariamente. Nos meninos eutróficos, o consumo de refrigerantes esteve associado à maior chance de estar nos tercis mais altos de zIMC comparados aos não consumidores. Já nos adolescentes com excesso de peso, tanto do sexo masculino quanto feminino, o consumo de refrigerantes esteve associado à menor chance de estar no tercil mais alto de escore zIMC. Conclusão: Os resultados evidenciam a possibilidade de causalidade reversa entre o consumo de refrigerantes adoçados e zIMC no grupo de adolescentes com excesso de peso. Nos adolescentes eutróficos do sexo masculino, o consumo de refrigerantes pode, potencialmente, aumentar as chances de ter zIMC mais alto, o que reforça a necessidade de medidas visando à ampla redução do consumo dessa bebida.
OBJETIVO: Avaliar a eficácia de indicadores antropométricos e da composição corporal na predição do percentual de gordura e perfil lipídico em escolares. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo 209 escolares entre sete e nove anos. Foram consideradas as seguintes variáveis: peso, estatura, índice de massa corporal, percentual de gordura corporal, circunferências do braço e cintura, índice de conicidade, razão cintura/estatura, razão cintura/quadril, colesterol total, triglicerídeos e lipoproteínas de alta e baixa densidades. O tratamento estatístico incluiu a utilização dos testes de Kolmogorov-Smirnov, t de Student, Mann-Whitney e a correlação de Pearson e Spearman. Para identificação dos preditores do elevado percentual de gordura corporal e das alterações lipídicas, adotou-se a análise da Receiver Operating Characteristic Curve. RESULTADOS: O percentual de gordura corporal foi a variável que apresentou maior número de correlações, correlacionando-se fortemente com peso, índice de massa corporal e circunferência do braço em ambos os gêneros, além de apresentar fortes correlações com a circunferência da cintura e a razão cintura/estatura nos meninos. O índice de massa corporal, as circunferências do braço e da cintura em ambos os gêneros e a razão cintura/quadril para o sexo masculino apresentaram poder discriminatório satisfatório para predição do percentual de gordura corporal elevado. Os parâmetros antropométricos e de composição corporal não foram capazes de predizer alterações no perfil lipídico, com exceção do percentual de gordura corporal, da circunferência do braço e cintura e da razão cintura/quadril, que se mostraram bons preditores de alterações de triglicerídeos no gênero masculino. CONCLUSÕES: A dislipidemia não pôde ser predita por medidas antropométricas e de composição corporal na faixa etária pediátrica, especialmente no gênero feminino, sugerindo a necessidade da investigação do perfil lipídico por meio de exames laboratoriais.
Resumo: O objetivo do estudo foi estimar a prevalência da coocorrência de fatores de risco obesogênicos em adolescentes brasileiros e características sociodemográficas e familiares associadas. É um estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, 2009 (n = 53.274). A variável resposta (coocorrência de fatores de risco obesogênicos) variou de zero a cinco e foi obtida com base no somatório dos comportamentos de risco: consumo diário de refrigerantes; consumo diário de guloseimas; consumo insuficiente de frutas; consumo insuficiente de hortaliças e atividade física insuficiente. As variáveis explicativas foram sexo, idade, cor da pele, região brasileira, escore de bens e serviços do domicílio, escolaridade materna, tipo de escola, composição familiar, monitoramento parental e realização de refeições principais com os responsáveis. Utilizou-se o diagrama de Venn para a análise exploratória e a regressão logística ordinal com modelo de odds proporcionais parciais para análise multivariada. Verificou-se maior chance de ocorrência simultânea dos fatores nos adolescentes do sexo feminino, naqueles que tinham menor monitoramento parental e que realizavam menor número de refeições com os responsáveis. Em contraste, adolescentes que residiam em regiões mais desenvolvidas do país e aqueles cujas mães possuíam maior escolaridade apresentaram menor chance de coocorrência de fatores de risco obesogênicos. Ações que estimulem mais envolvimento e supervisão familiar no comportamento alimentar podem promover impacto positivo na prevenção da obesidade em adolescentes brasileiros, principalmente em regiões menos desenvolvidas e em lares com mães de menor escolaridade.
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