O artigo, que é resultado de uma pesquisa realizada em 2020, junto a uma escola de educação infantil, situada no município de Parnaíba (PI), tem como objetivo apresentar uma análise acerca dos sentidos e significados das práticas pedagógicas, desenvolvidas por educadores, que trabalham com a música e a dança na escola de educação infantil. O estudo qualitativo, usou uma abordagem metodológica do tipo etnográfico. O trabalho situa-se no contexto das investigações acerca da educação infantil, com destaque para um tema que está ligado ao eixo temático da cultura, linguagem e interação social. As conclusões das análises apontam para a existência de concepções e práticas que focalizam a música e a dança apenas como instrumento de relaxamento, forma de entretenimento, “quebra gelo” e artifício e não como dispositivos centrais e estratégicos no desenvolvimento integral da criança.
Observa-se que nos últimos anos houve um processo de interiorização do ensino superior no Brasil, advindo principalmente da política pública de reestruturação e expansão das universidades federais, instituída em 2007. No entanto, em que medida esse processo pode ser considerado como de mudanças nas trajetórias de vida de grupos sociais historicamente marginalizados? Para desencadear tal discussão, este artigo analisa as trajetórias escolares de jovens estudantes rurais de um campus universitário público do Nordeste do Brasil. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, com amostragem aleatória de estudantes dos cursos das áreas de ciências exatas e biológicas, no qual foram utilizados o questionário e o diário de campo como instrumentos de coleta de dados; a estatística descritiva e a análise de conteúdo, como procedimentos de análise desses dados. Os resultados apontaram para um perfil de jovens com idade que varia entre 18 a 33 anos; trajetória escolar de migração para espaços citadinos, como motivação para continuar os estudos devido à precarização da educação nos espaços rurais; e perspectivas de futuro voltadas para o ensino superior objetivando a ascensão financeira para ajudar a família e seus territórios. Portanto, esse estudo sugere que os programas de interiorização e expansão das universidades federais estão sendo um aliado nas trajetórias de mudanças dos jovens e das jovens das áreas rurais.
O presente artigo situa-se no contexto teórico-prático da Pedagogia Social, Didática e da inserção sociocomunitária e tem como objetivo analisar e refletir as experiências do autor nos referidos campos, dialogando com os corpos de conhecimentos das referidas áreas. A partir de uma abordagem qualitativa e da metodologia do relato de experiência, o autor focalizou a relação entre a prática docente, o ensino superior e sua inserção social e comunitária, tecendo um diálogo implicado e de caráter teórico-prático entre a Didática e a Pedagogia Social. Buscou reflexionar alguns conteúdos e referenciais teóricos da Didática, enfatizando suas contribuições à prática profissional do autor e a formação discente. Sabe-se que a Pedagogia Social trouxe muitas contribuições à Pedagogia, considerando que esta última, no que tange à tradição acadêmica brasileira, sempre foi induzida em seus estudos a se centrar com maior ênfase em processos de instrução escolar, o que restringiu o alcance tanto teórico como metodológico da referida ciência, sendo quase sempre associada à área escolar. O trabalho trafega em meio a essa questão de fundo e focaliza a relevância da Pedagogia Social, no diálogo e na interface com a Didática, evidenciando na prática educativa e nos processos de formação vividos pelo autor como essa área pode produzir um conjunto de reflexões que problematizam a formação e a prática pedagógica, trazendo à tona dimensões da educação para além das questões de ordem técnica, instrucional e escolar. As reflexões e análises da experiência em questão apontaram para o entendimento de que a Pedagogia Social, na relação com a Didática, pode contribuir para a produção de saberes e fundamentar habilidades e competências que amplificam as possibilidades de conhecimento e apropriação da realidade da educação.
O presente artigo é resultado de uma pesquisa de cunho qualitativo que objetivou identificar e analisar as concepções e os fatores sociopolíticoeducacionais que caracterizam a escola multisseriada de EJA (Educação de Jovens e Adultos) da área rural do município de Parnaíba (PI). A pesquisa referida foi realizada em 2020, cujo problema foi abordado metodologicamente por intermédio de análise documental, pesquisa bibliográfica, análise de conteúdo, segundo a perspectiva de Bardin (2011). Como conclusão destacamos que a escola rural multisseriada de EJA é uma organização complexa, altamente desafiadora, com o ensino estruturado em ciclos, abrigando um público plural em termos de idade, sexo, gênero, trajetórias, sonhos e expectativas, níveis de conhecimentos, inserida num território marcado pela exclusão social das políticas públicas, sem uma infraestrutura socioeconômica e pedagógica adequada, com educadores e educadoras comprometidos, desenvolvendo suas atividades sem as condições apropriadas; a escola clama por apoio das instâncias públicas responsáveis pela educação no município, por uma revisão de sua estrutura curricular, bem como por instrumentos de planejamento e avaliação, desde as concepções às práticas pedagógicas.
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