PURPOSE:To explore non-cancerous factors that may be related with medium-term survival (24 months) after liver transplantation (LT) in this data from northeast Brazil. METHODS:A cross-sectional study was carried out in patients who underwent deceased-donor orthotopic LT because hepatocellular carcinoma (HCC) at the University of Pernambuco, Brazil. Non-cancerous factors (i.e.: donor-, receptor-, surgery-and center-related variables) were explored as prognostic factors of medium-term survival using univariate and multivariate approachs. RESULTS:Sixty-one patients were included for analysis. Their three, six, 12 and 24-month overall cumulative survivals were 88.5%, 80.3%, 73.8% and 65.6%, respectively. Our univariate analysis identified red blood cell transfusion (Exp[b]=1.26; p<0.01) and hepatovenous reconstruction technique (84.6% vs. 51.4%, p<0.01; respectively for piggyback and conventional approaches) as significantly related to post-LT survival. The multivariate analysis confirmed the hepato-venous reconstruction technique was an independent prognostic factor. CONCLUSION:The piggyback technique was related to improved medium-term survival of hepatocellular carcinoma patients after liver transplantation in this northeast Brazilian sample.Key words: Organ Transplantation. Liver Neoplasms. Carcinoma, Hepatocellular. Survival Analysis. Prognosis. RESUMO OBJETIVO:Explorar fatores prognósticos não oncológicos para a sobrevivência de médio prazo (24 meses) de portadores de carcinoma hepatocelular tratados com transplante hepático. MÉTODOS: Estudo de corte incluindo pacientes submetidos a transplante ortotópico de fígado (doador-cadáver) pelo Serviço deCirurgia Geral e Transplante Hepático da Universidade de Pernambuco, UPE. Exploraram-se variáveis relacionadas ao doador, receptor, procedimento cirúrgico e serviço transplantador, como potenciais fatores prognósticos para a sobrevivência de médio prazo dos transplantados, aplicando-se análise uni e multivariada. Non-cancerous prognostic factors of hepatocellular carcinoma after liver transplantationActa Cirúrgica Brasileira -Vol. 27 (6) 2012 -397 RESULTADOS: Sessenta e um pacientes foram incluídos para análise. A sobrevivência cumulativa de três, seis, 12 e 24 meses observada foi de 88,5%, 80,3%, 73,8% e 65,6%, respectivamente. Por análise univariada, identificou-se a transfusão de hemácias (Exp[b]=1,26; p<0,01) e técnica cirúrgica empregada (84,6% vs. 51,4%, p<0,01; respectivamente, piggyback vs. convencional) como estatisticamente relacionadas à sobrevivência dos pacientes estudados. Por análise multivariada, confirmou-se a técnica empregada como fator prognóstico independente. CONCLUSÃO:A técnica cirúrgica piggyback se relacionou a melhor sobrevivência de médio prazo de pacientes com carcinoma hepatocelular após transplante de fígado nesta casuística do nordeste Brasileiro.
InTRODUÇÃOO primeiro relato de trauma pancreático foi descrito por Travers, em 1827, e desde então séries de artigos vêm sendo publicadas abordando esse tema. A lesão pancreática é pouco freqüente após traumas abdominais fechados ou penetrantes, e tem sido relatada entre 0,2% e 12% dos traumas abdominais fechados graves e entre 5% e 7% dos traumas penetrantes. A maioria das lesões pancreáticas ocorre em homens jovens e está associada com alta incidência de lesões a órgãos adjacentes e estruturas vasculares importantes 5 . Em relação às feridas abdominais, o mecanismo da lesão é dependente do agente da agressão, arma branca ou projétil de arma de fogo. Os objetos contundentes produzem o trauma diretamente no órgão, tendo como porta de entrada o abdômen superior. Quanto aos traumatismos resultantes por projétil de arma de fogo, a lesão pode ser conseqüente ao impacto direto, ou provocada por ondas de choque. Ainda em relação às feridas por arma de fogo, a lesão resultante é dependente do calibre da arma, da ABCDDV/517Fonseca-Neto OCL, Anunciação CEC, Miranda AL. Estudo da morbimortalidade em pacientes com trauma pancreático. ABCD Arq Bras Cir Dig 2007; 20(1):8-11. RESUMO -Racional -A lesão pancreática é pouco freqüente após traumas abdominais fechados ou penetrantes, e tem sido relatada entre 0,2 a 12% dos traumas abdominais fechados graves e em cinco a 7% dos traumas penetrantes. A maioria das lesões pancreáticas ocorre em homens jovens e está associada a alta incidência de lesões a órgãos adjacentes e estruturas vasculares importantes. Objetivo -Avaliar a morbimortalidade dos pacientes com trauma pancreático, o manuseio aplicado a esses pacientes e sua evolução. velocidade do projétil e se o mesmo foi desviado antes de atingir o alvo. Os traumatismos abdominais abertos são responsáveis por dois terços dos traumatismos do pâncreas 3 . Nas contusões abdominais o mecanismo mais comum que produz lesão, resulta da compressão do corpo pancreático contra o corpo vertebral produzindo fratura do órgão, associado à lesão duodenal ou não. Outro mecanismo que pode levar ao trauma pancreático é a desaceleração súbita na região periampular podendo levar à desinserção dos elementos vasculares, do colédoco e da própria cabeça de pâncreas 8 . Dentre as várias classificações existentes para graduar a lesão pancreática, a mais comumente utilizada é a da Associação Americana para a Cirurgia do Trauma (AAST) . Ela freqüentemente é usada porque enfoca tanto a localização anatômica e a extensão da lesão, quanto à condição do ducto pancreático. A graduação adequada utilizando as definições da AAST ajuda a determinar o tratamento a ser realizado de acordo com o grau da lesão 4 . O tratamento do trauma pancreático varia desde estratégias não cirúrgicas até ressecções cirúrgicas amplas ou mesmo controle de danos, dependendo da gravidade e do local da lesão
Bullet embolism (BE) is a rare and misdiagnosed phenomenon that can significantly affect the cardiovascular system. It occurs when a bullet enters and migrates through the body vessels in gunshot victims. We report in this article a case of a 25-year-old male patient, victim of penetrating trauma caused by a firearm projectile that presented two embolism destinations with acute ischemic repercussions: the right brachial artery and the branches of the superior mesenteric artery. We quickly performed surgical exploration to assess the level of ischemia and resect the foreign body. To the best of the authors' knowledge, this is the only case of acute vascular abdomen due to BE in the literature. There is no standard treatment for BE, and each case should be studied according to signs and symptoms while considering the risks of the destination vessel for the victim. Imaging is necessary for early diagnosis, and the medical team must be aware of multiple and extraordinary critical ischemia presentations when bullet trajectory suggests embolism.
O ducto de Luschka é uma alteração anatômica que não é facilmente identificada nos exames de imagens pré-operatórios. O conhecimento da anatomia e da possibilidade de encontrar essa estrutura anatômica propicia maior segurança no procedimento cirúrgico. O caso descrito aborda um vazamento biliar intraoperatório pela presença do Ducto de Luschka durante uma colecistectomia aberta e o seu manejo. Objetivo: Descrever o caso de uma paciente com colelitíase, submetida a uma colecistectomia convencional de forma eletiva, na qual foi detectada, no intraoperatório, a presença do ducto de Luschka, bem como foi realizado o manejo cirúrgico e clínico do caso. Resultado: A paciente foi submetida a drenagem cavitaria no intraoperatório, bem como foi realizada a ligadura do ducto. Apresentou boa evolução nos dias seguintes, com melhora clínica, tendo alta hospitalar em boas condições no 4° DPO. Discussão: O ducto de Luschka é uma das variações anatômicas mais comuns da árvore biliar. A identificação desse ducto no pré-operatório é extremamente difícil e rara e seu tratamento cirúrgico usualmente consiste em lavagem de cavidade abdominal, fechamento do ducto de Luschka e colangiografia intraoperatória para confirmar que a árvore biliar está intacta. Conclusão: A importância do conhecimento e da condução cirúrgica e clínica dessa estrutura anatômica é importante para a boa evolução do paciente.
A lesão iatrogênica das vias biliares (LIVB) se configura em uma grave complicação relacionada a abordagens cirúrgicas do trato gastrointestinal e mesmo em centros de referência taxas de 0,2% a 1,5% ainda são registradas. A taxa de LIVB varia se a cirurgia inicial foi realizada por meio de técnica aberta ou videolaparoscópica, e a sua gravidade se dá pelo grande espectro de complicações que podem ser causadas e que apresentam forte impacto negativo na qualidade de vida do paciente. A primeira classificação de LIVB se deu em 1982 com Bismuth e, com o advento da videolaparoscopia, várias outras foram feitas, sendo a de Strasberg uma das mais utilizadas até hoje. A suspeição diagnóstica pode ser feita com auxílio de exames laboratoriais e principalmente com exames de imagem, como a colangiorressonância. O tratamento se constitui em um verdadeiro desafio para a equipe cirúrgica e pode ser realizado por meio de técnicas percutâneas endoscópicas e também cirúrgicas, sendo mais comumente realizada por meio de hepaticojejunostomia em Y de Roux. No paciente com doença hepática em estágio terminal por cirrose biliar secundária, pode ser realizado o transplante hepático. O paciente sempre que possível deve ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar e é de suma importância que seja rapidamente encaminhado para um centro especializado.
Objective: To review the applicability of extracorporeal membrane oxygenation (ECMO) during the pre, intra and postoperative periods of patients undergoing liver transplantation. Methods: This is an integrative review that seeks to evaluate the indications for the use of ECMO in liver transplantation. As databases, were used: MEDLINE, Web of Science and Scopus, with articles published in the last ten years in English and Portuguese. Results: In this review, 24 papers were included, of which 3 were original articles and 21 were case reports. The studies were divided according to the ECMO application period concerning the liver transplant: one for the preoperative, eight intraoperative and 15 postoperative. It was identified that ECMO use is mainly related to hepatopulmonary syndrome complications. The limited number of studies regarding using ECMO in the preoperative period reflects the importance of hepatic transplant as the main measure to manage liver disease complications. In the intraoperative phase, ECMO usage is expressive in managing cardiopulmonary complications refractory to previous interventions. The use of this mechanism in the postoperative period is the most reported. The main indication is severe hypoxemia secondary to hepatopulmonary syndrome, in which other treatments have been ineffective. The main complications related to this mechanism were sepsis, renal failure and bleeding. Conclusion: ECMO is an important therapeutic modality for managing complications resulting from liver transplantation. However, only some studies in the literature have an adequate sample number to assess its actual efficacy and level of safety.
Objetivo: Revisar a aplicabilidade da Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO, do inglês extracorporeal membrane oxygenation) durante os períodos pré, intra e pós-operatório de pacientes submetidos ao transplante de fígado. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa que buscou avaliar as indicações do uso da ECMO no transplante hepático, assim como suas complicações. Utilizou-se as bases de dados: MEDLINE, Web of Science e Scopus, com artigos publicados nos últimos 10 anos, em inglês e português. Resultados:Nesta revisão foram incluídos 24 trabalhos, dos quais 3 eram artigos originais e 21 eram relatos de caso. Os estudos foram divididos de acordo com o período da aplicação da ECMO em relação ao transplante hepático: 1 em relação ao pré-operatório, 8 ao intraoperatório e 15 no pós-operatório. Identificou-se que o uso da ECMO possui como principal indicação complicações relacionadas à síndrome hepatopulmonar. A quantidade limitada de artigos com uso na ECMO no pré-operatório reflete a importância do transplante hepático como principal medida para manejo das complicações da doença hepática. Na fase intraoperatória, a utilização da ECMO é expressiva no manejo de complicações cardiopulmonares refratárias a intervenções prévias. O uso desse mecanismo no pós-operatório identifica-se como o mais relatado, com principal indicação na hipoxemia grave secundária à síndrome hepatopulmonar em que outros tratamentos foram ineficazes. As principais complicações relacionadas ao uso do dispositivo foram sepse, falência renal e sangramento. Conclusão:A ECMO é uma modalidade terapêutica importante para o manejo de intercorrências provenientes do transplante hepático. Todavia poucos estudos na literatura possuem um número amostral adequado para avaliar sua real eficácia e seu nível de segurança.
A hérnia de Amyand foi descrita primeiramente pelo cirurgião francês Claudius Amyand em 1735, quando uma criança de 11 anos foi submetida à apendicectomia devido a fístula estercoral em região inguinal. Hérnia de Amyand é um raro tipo de hérnia onde o apêndice vermiforme encontra-se no conteúdo da hérnia inguinal. O apêndice dentro da hérnia pode estar normal ou com uma apendicite complicada. A incidência desse tipo de hérnia representa cerca de 1% das hérnias inguinais. Foi descrito o caso de um paciente com hérnia inguinal direita, onde se encontrou o apêndice vermiforme no interior do saco herniário e o seu manejo.
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