Esta pesquisa foi uma intervenção com grupos de sujeitos soropositivos, realizada na cidade de São Leopoldo/RS, município da região metropolitana de Porto Alegre que apresenta a terceira prevalência de Hiv/ Aids no Estado. O objetivo da pesquisa foi organizar oficinas de contadores de histórias e motivar os participantes a atuar como multiplicadores. A oficina de que trata este artigo foi realizada na ONG Apoio, Solidariedade e Prevenção à Aids (ASPA), desenvolvida em cinco encontros, nos quais os sujeitos contaram as histórias de vida e inventaram um ritual ancorado na religiosidade popular. O grupo era composto por oito usuários e dois trabalhadores voluntários, todos soropositivos; com predomínio de mulheres de baixa renda e chefes de família. Foi utilizado o referencial das práticas discursivas para analisar o material produzido na oficina. No percurso do trabalho emergiram dois temas principais: o preconceito a que estão submetidos os sujeitos soropositivos e a religiosidade como estratégia de resistência usada pela população na luta contra a Aids. Enfatiza-se a importância de atividades como a de contar histórias na promoção da saúde da população. Palavras-chave: Educação em saúde; Narrativas; HIV/ Aids.
Esta é uma pesquisa intervenção na qual foram usadas oficinas de narrativas de histórias como dispositivo para estimular o empoderamento de mulheres. Essas oficinas, que contaram com a participação de dez mulheres em situação de violência de gênero, foram realizadas na sede da organização não-governamental Maria Mulher, situada na Vila Cruzeiro do Sul, no município de Porto Alegre. A partir de oficinas de narrativas de histórias em que se tematizaram histórias do feminino, especialmente afro-brasileiras, a pesquisa teve como objetivo principal compreender o que acontece com as mulheres que sofreram ou sofrem violência. Realizadas em cinco encontros nos quais as mulheres contaram e ouviram histórias e participaram de vivências, as oficinas oportunizaram espaço para narrar, ouvir e ritualizar as histórias das orixás e ressignificar as vidas a partir dessas vivências. Essa intervenção operou com as subjetividades das mulheres que fizeram parte da pesquisa e mostrou-se capaz de fortalecer algumas delas. A experiência constituiu um dispositivo de estímulo ao empoderamento das mulheres e contribuiu para o resgate da memória individual e coletiva desse grupo.
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