Este artigo visa definir a Didática da História de acordo com a atual bibliografia alemã, que a considera mais próxima da História do que da Educação. Associada à palavra Geschichtsdidaktik, essa definição se opõe aos conceitos de Didática da História como a arte de ensinar - Lehrkunst - História ou como uma coleção de métodos utilizáveis tanto no ensino de História quanto no de outras disciplinas escolares - Unterrichtsmethoden. Em oposição a essas duas definições, este artigo dialoga com as bibliografias alemã, francesa e brasileira para propor uma concepção de Didática da História como uma subárea da História, uma vez que ela não trata apenas da História escolar, mas de todas as elaborações da História sem forma científica - nicht-wissenschaftsförmigen Geschichtsverarbeitungen.
Representações dos professores sobre saber histórico escolar
Superior do Ministério da Educação-, por conceder-me uma bolsasanduíche para a realização de um estágio de doutorado no
Esse texto oferece uma reflexão teórica sobre os efeitos da inteligência artificial e do universo digital no ofício do historiador. A reflexão é baseada em um conjunto de experimentos relacionados com o desenvolvimento de um “historiador cibernético”, lidando com hipóteses tais como, robôs criando narrativas históricas e dominando métodos de análise qualitativa e quantitativa. Para isso, apresentamos nossa tecnologia própria em fase de desenvolvimento, problematizando as etapas para a criação de um "robô” historiador. O termo “robô" (ou “bot”) é entendido como um programa computacional que executa tarefas de forma quase inteiramente autônoma, sem qualquer relação com o usuário humano. Por sua vez, estas tarefas são complementadas por um sistema de inteligência artificial. Essa realidade emergente nos projeto em questões urgentes sobre transparência e ética no mundo digital, e pode ser uma poderosa ferramenta para problematizar o futuro da história no mundo contemporâneo. Corrigendum publicado em 28 de abril de 2019.1. Ambos os autores contribuiram igualmente para este trabalho.2. A propriedade do algoritmo utilizado na obtenção dos dados deste artigo pertence a Oldimar Cardoso.
ResumoEste artigo apresenta considerações de ordem metodológica sobre pesquisas de observação de sala de aula realizadas na cidade de São Paulo, em 2002 e 2005, e em duas cidades francesas, no ano letivo 2006-2007. Com base na metodologia utilizada nessas pesquisas e no diálogo com a bibliografia sobre pesquisas de campo, inclusive de outras áreas, os autores analisam as dificuldades enfrentadas nesse contexto e propõem a utilização de equipamentos digitais em campo como contribuição ao rigor e à validade desse tipo de pesquisa. Na primeira parte do artigo, são discutidos problemas fundamentais da pesquisa de observação de sala de aula, como o estranhamento do familiar, a conquista da "solidariedade" e da "camaradagem" dos atores de campo e o estabelecimento de certa diferença entre observação e interpretação. Na segunda parte, são apresentados equipamentos digitais utilizados nas pesquisas citadas que não apenas agilizam ou facilitam o ofí-cio do pesquisador. O uso desses equipamentos, orientado por uma metodologia que lhes dê sentido, pode auxiliar os pesquisadores de sala de aula a ampliar significativamente o rigor e a validade de seu trabalho ao multiplicar as possibilidades de criação de tipos de fonte de dados. Nessa parte do artigo, é discutido o uso de palmtops, gravadores de áudio e câmeras fotográficas digitais, smartphones, microcâmeras sem fio, notebooks e editores de áudio e vídeo em pesquisas de observação de sala de aula. Palavras-chaveMetodologia de observação de sala de aula -Observação participante interpretativa -Representações.
Este artigo apresenta alguns resultados de uma pesquisa de campo realizada em 2002 com o objetivo de compreender como os professores de História do ensino médio representam o saber histórico escolar que produzem cotidianamente na relação com seus alunos. A pesquisa foi formulada com base na teoria das representações de Henri Lefebvre e adotou a metodologia da observação participante interpretativa proposta por Frederick Erickson. Foram observadas aulas de quatro professores de História de uma escola da rede oficial de ensino do Estado de São Paulo durante todo o ano letivo. A análise dos dados sugere que as representações dos professores são marcadas pela oposição sistemática aos chamados "professores tradicionais" e aos "historiadores positivistas".
A reflexão contida neste texto foi realizada numa pesquisa pós-doutoral sobre revistas de divulgação científica/ciência popular especializadas em História e publicadas no período [2004][2005][2006][2007][2008] no Brasil (Revista de História da Biblioteca Nacional e Aventuras na História), na Alemanha (Damals e P.M. History), na França (L'Histoire e Historia), na Argentina (Todo es Historia) e no México (Arqueología Mexicana). O objetivo central desta pesquisa, que ainda está em andamento, é definir quais funções sociais da História se expressam neste tipo específico de revista. A hipótese que orienta esta pesquisa é a de que essas revistas, a despeito de seu reduzido prestígio diante dos historiadores, são uma fonte de informação significativa para um grande público e exercem diversas funções sociais que substituem, complementam ou conflitam com outros suportes de cultura histórica mais oficiais, como livros universitários ou didáticos e museus.Como exercício que antecede a análise das funções sociais da História nessas revistas, este texto visa definir o que exatamente significa "divulgação científica", partindo da premissa de que o interesse científico público difere do interesse privado dos cientistas e de que esses dois interesses estão articulados à concepção de "divulgação científica".As revistas de ciência popular, representadas nesta pesquisa por Aventuras na História, P.M. History, Historia e Todo es Historia, são caracterizadas especialmente pela presença de um editor jornalista, pela ausência de peerreview, pela publicação de textos de muitos colaboradores não-historiadores e pela utilização sistemática de imagens como mera ilustração, sem que seu conteúdo seja discutido ou explorado no texto da revista.As revistas de divulgação científica, representadas nesta pesquisa pela Revista de História da Biblioteca Nacional e por L'Histoire, Damals e Arqueología Mexicana, são caracterizadas especialmente pela presença de um editor historiador, pela existência de peer-review -ainda que diferenciado do peerreview típico das revistas científicas -, pela publicação de textos de historiado-
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