ResumoA shistossomíase humana, a segunda doença parasitária mais devastadora, é comum nos países em desenvolvimento, mas é rara na Europa. O envolvimento do aparelho urogenital deve-se sobretudo a infecção por Schistosoma haematobium. A schistossomíase tem sido associada com neoplasias malignas, desde há algum tempo. Alguns autores têm colocado a hipótese de existir uma relação causal entre schistossomíase e cancro do intestino, rim, bexiga e próstata. Até à data, estão descritos apenas 17 casos de adenocarcinoma e schistossomíase da próstata concomitantes. Como um exemplo raro de uma potencial complicação de schistossomíase não tratada, relatamos um caso de schistossomíase urinária incidentalmente diagnosticada após prostatectomia radical por adenocarcinoma da próstata, num homem Africano de 62 anos, a residir numa área não endémica.
Purpose: The aim of this study was to evaluate the clinical impact of perineural invasion (PNI) in prostate biopsy in patients submitted to radical prostatectomy and on active surveillance (AS). Materials and methods: We performed a single center, retrospective, cohort study on patients diagnosed with clinically localized prostate cancer and submitted to radical prostatectomy between January 2010 and December 2016. We evaluated clinical and anatomopathological characteristics from the biopsy and radical prostatectomy specimen and correlated with biochemical recurrence (BCR) using a survival analysis. We also evaluated the impact of PNI in patients with criteria for active surveillance. Results: The cohort analyzed consists of 107 patients, with a mean age of 63.1 years and a mean PSA prior to biopsy of 7.8 ng/ml. In prostate biopsy, 66.4% of the patients had a Gleason score of 6, 30.9% had a Gleason score of 7, and 2.7% had a Gleason score of 8 or higher, with PNI being detected in 57 (53.3%) of the patients. Regarding the anatomopathological characteristics of the surgical specimen, invasion of the seminal vesicles was observed in 6.5%, lymph nodes involvement in 9.3% and positive surgical margins in 27.1% of the cases. During follow-up, BCR was recorded in 24.3% of cases. Clinicopathological features were stratified according to the presence or absence of PNI, with statistical significance in relation to the Gleason Score (p = 0.001), pathologic T stage (p = 0.001), D’Amico risk (p = 0.002) and upstaging of the Gleason score (p = 0.045). The survival analysis revealed a relationship between PNI and BCR (hazard ratio = 2.98; 95% CI: 1.36-6.58; p = 0.007). Regarding the men potentially eligible for AS, the presence of PNI on the biopsy presented a significant relation with Gleason upgrade (p = 0.004) and extraprostatic extension (p = 0.017). Conclusions: The presence of PNI in prostate biopsy is related to adverse anatomopathological factors, being a potential predictor of BCR and have a possible role in the selection of patients for AS.
Introdução: O nosso objetivo foi avaliar as diferenças entre a colocação precoce ou tardia do cateter ureteral duplo J em doentes com urosépsis associada a litíase do trato urinário. Material e Métodos: Revisão retrospectiva de doentes internados na nossa instituição entre 2011 e 2015 com o diagnóstico de urosépsis associada a litíase do trato urinário, com colocação de cateter ureteral duplo J. Os grupos de cateterização precoce e tardia foram definidos pela mediana de espera pela colocação de cateter ureteral duplo J. Analisou-se o tempo de internamento, localização e emissão espontânea de cálculos após a colocação do cateter ureteral. A análise estatística incluiu teste de qui-quadrado, regressão linear e correlação de Spearman. Resultados: Quarenta e dois doentes (média de idade: 58 anos; 32 mulheres) apresentaram uma média de 3,38 dias desde a admissão no serviço de urgência até à colocação de cateter ureteral duplo J. A mediana de tempo para cateterismo ureteral foi 2,5 dias.Otempo médio de internamento foi 12,2 dias. O grupo de cateterismo precoce teve um tempo de internamento menor do que o grupo de cateterismo tardio (média de 5,6 vs 18,8 dias; p<0,001). O grupo de cateterismo ureteral precoce apresentou cálculos predominantemente lombares face ao grupo tardio (76,2% vs 42,8%; p=0,029) e apresentou melhor emissão espontânea de cálculos comparativamente a esse grupo (61,9% vs 47,6%; p=0,268). Se considerarmos apenas os cálculos lombares, existe uma relação na emissão espontânea entre os dois grupos ( p=0,027). Conclusão: Existe redução significativa do tempo de internamento, em doentes com urosépsis por litíase, quando é realizado o cateterismo ureteral precoce. Este apresenta uma maior emissão espontânea de cálculos, sobretudo na região lombar.
Objetivos Avaliação da razão neutrófilos/linfócitos (RNL) pré-operatória, como fator preditor do risco de recorrência e progressão tumoral em doentes com carcinoma da bexiga não músculo invasivo (CBNMI). Material e Métodos Análise retrospetiva dos doentes diagnosticados com CBNMI após serem submetidos a ressecção transuretral vesical (RTUV), entre janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Foram excluídos os casos que não apresentavam hemograma com leucograma prévio à cirurgia e os doentes com tumores síncronos. Foi realizada análise estatística multivariada com o software SPSS 22.0®, com as seguintes variáveis: idade, sexo, tempo até ocorrer recorrência ou progressão da doença (em meses), RNL, dimensão do tumor (≤3 ou >3cm), tumor múltiplo, histologia e grau inicial do tumor. Resultados Foram avaliados 84 pacientes, sendo 79.8% do sexo masculino e com idade média de 69 anos. Em 67,9% dos casos o estadio tumoral inicial foi pTa e 77.4% dos tumores eram de baixo grau. Em 21.4% dos doentes o tumor era múltiplo e em 33.3% apresenta dimensões superiores a 3 cm. Observou-se recorrência tumoral em 19% dos indivíduos e progressão em 16.4%. Os pacientes com RNL>3.32 apresentaram mais frequentemente pT1 como histologia inicial do tumor (p=0.018). Em analise multivariada, a RNL>3.32 revelou estar associada a maior probabilidade de recorrência/progressão tumoral (hazard ratio [HR] = 2.94; 95% CI: 1.27–6.8; p =0. 012). Conclusões Este estudo revela que a RNL pode ser um fator preditor de recorrência/progressão tumoral em pacientes com CBNMI, podendo ter um papel importante na prática clínica.
The Doege-Potter syndrome is a rare paraneoplastic syndrome presenting with hypoglycaemia due to ectopic secretion of insulin-like growth factor II (IGF-II) from a solitary fibrous tumor. The underlying tumor can be benign or malignant and rarely present in extrapleural sites. We describe the case of a 83-year-old male diagnosed with a Doege-Potter syndrome due to a kidney tumor.
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