Os últimos 20 anos foram marcados pelo expressivo avanço no conhecimento da neurofisiologia, principalmente no que tange ao impacto dos esteróides sexuais sobre o SNC. Nessa linha de pesquisa, recentemente a literatura revela estudos que avaliaram as repercussões das alterações hormonais no climatério, bem como o papel da terapêutica de reposição hormonal sobre a saúde mental, incluindo o humor, a memória, a intelectualidade e outros.As funções cerebrais são complexas e ainda não estão totalmente entendidas. Os estrogênios atuam em várias áreas cerebrais, a depender da densidade dos receptores a e b, redundando em importantes ações fisiológicas.O trabalho publicado por Shepherd (2001), avaliou criticamente a literatura referente ao impacto dos estrogênios sobre as funções cerebrais, pontuando que tal ação é mediada por receptores localizados nos neurônios e, provavelmente, na membrana neuronal.Assim, o estrogênio exerce ações neuroprotetora, neurotrófica, de proteção contra o estresse oxidativo, contra a hipoglicemia e contra o dano causado pela proteína amilóide; também estimula a produção de fatores de crescimento neural, aumenta a concentração e número de receptores dos neurotransmissores (serotonina, dopamina e norepinefrina), além de melhorar a perfusão cerebral (efeito vasodilatador similar ao que ocorre nas artérias coronárias) e de exercer importante ação antiinflamatória.A autora enfatiza que as ondas de calor, clássico sintoma climatérico, pode redundar em danos neuronais; relata, ainda, que durante os fogachos ocorre significativa redução no fluxo sangüíneo cerebral, mais evidente no hipocampo, e que o mesmo é restaurado após o uso de estrogênios.A deficiência estrogênica promove danos na função cognitiva e, por reduzir a velocidade do processamento cerebral, induz à instalação de distúrbios do humor; a reposição de estrogênios ativa áreas cerebrais envolvidas na memória verbal e não-verbal e promove beneficios sobre a estabilidade postural. Nos países do ocidente, o adenocarcinoma da cárdia mostra rápida taxa de crescimento, acima da maioria dos tumores digestivos. Neste trabalho analisaram-se os tipos de operação, sua morbidade e mortalidade em pacientes operados rotineiramente.
ComentárioEm cinco províncias suecas entre fevereiro 1989 e Janeiro 1995 foram analisados 100 doentes. O tumor foi extirpado em 57% dos doentes (36% mulheres e 46% homens), todavia a operação somente foi considerada curativa em 46/100.Em 54 doentes realizou-se gastrectomia total e proximal em 44.Os autores relataram complicações pós-operatórias em 39% dos doentes e 16% morreram no pós-operatório. Neste grupo estavam os doentes acima de 69 anos.Concluíram os autores que o tratamento cirúrgico do carcinoma da cárdia mantém ainda hoje substancial taxa de morbidade e mortalidade e não parece ter havido pro-