Introdução 11 1 A Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil 17 Antecedentes 17 A viabilização 21 O reconhecimento do terreno, os homens e o meio 29 As peculiaridades técnicas e as características das obras 47 O fim das obras e a encampação pela União 61 2 A ocupação da terra rural na Zona Noroeste paulista 67 Situação até 1880 67 Situação após 1880, até o início da construção da CEFNOB 76 Situação após o início da construção da CEFNOB 81 A retalhação das terras 95 Um coronel "plantador de cidades" 112 3 De estações a núcleos urbanos 125 Origem dos chãos 125 Os agrimensores-arruadores 157 Características gerais de implantação 169 Os traçados e as esplanadas 179 Conclusão 219 Fontes primárias 223 Bibliografia 228 INTRODUÇÃO A construção da Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (CEFNOB), em direção ao atual Mato Grosso do Sul, abriu extensa região do Estado de São Paulo, ainda não ocupada sistematicamente pelo homem branco.Nos mapas do início do século, anteriores à Comissão Geográfica de 1905, toda área do oeste de São Paulo até a margem esquerda do Rio Paraná era grafada como "zona desconhecida habitada por índios" ou "terras devolutas não exploradas". Nesse aspecto, a CEFNOB será a primeira estrada de ferro no Estado de São Paulo a "abrir" territórios e não como suas predecessoras a acompanhar a produção cafeeira.A importância da ferrovia, para a ocupação rural e urbana dessa fração de São Paulo, é patente até por sua designação, pouco utilizada contemporaneamente: Zona Noroeste. Embora esta seja, a rigor, a posição geográfica da região, sua denominação foi originada da estrada de ferro. Conquanto isso tenha se dado em relação à nomenclatura de outras partes do Estado, como Mogiana, Paulista, Sorocabana etc., conhecidas até algumas décadas atrás, conforme as estradas de ferro que as serviam, veremos que na Zona Noroeste, pela ferrovia ter sido via de penetração, seu relevo foi maior. A CEFNOB antecedeu outras ferrovias ou extensões delas que cumpriram funções correlatas de penetração, embora em época posterior, como a Alta Sorocabana, Alta Araraquarense e Alta Paulista.A construção da CEFNOB acelerará o conflito e quase dizimação do gentio, bem como o progresso de ocupação rural da Zona
RESUMO Em meados do século XIX o governo imperial empregou um plano de ocupação do território nacional através da criação de colônias militares. Assim, a fundação desses estabelecimentos por todo o império vincula-se aos problemas relacionados ao controle e domínio social, numa época em que a manutenção da integridade territorial e, simultaneamente, uma perspectiva de expansão das fronteiras colocaram-se como sendo das mais emergenciais entre as tarefas das elites políticas. Itapura e Avanhandava foram as duas colônias criadas na província de São Paulo e herdaram o topônimo de seus locais estratégicos de implantação - os saltos no Rio Tietê. O presente trabalho tem como propósito estudar a colônia militar do Itapura em seu aspecto espacial-construtivo. O objetivo é analisar o material textual e cartográfico da colônia, documentação coletada em arquivos públicos, principalmente plantas e projetos, trazendo à luz tal fonte primária. Dessa forma, com clara intenção de planejamento urbanístico, demonstra-se um ideal que estava muito além de demarcar e ocupar a região: o intuito era construir em meio à mata fechada e às margens do Rio Tietê uma cidade projetada, inicialmente de caráter militar e agrícola, que seria a semente de futuro núcleo civil. Além disso, ao compararem-se as plantas da colônia do século XIX com as imagens de suas ruínas, fotografadas pela Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo no início no século XX, verifica-se a exuberância arquitetônica de suas construções e a qualidade urbanística de seu plano considerado inovador para a época.
A cidade de Paraty (RJ) foi fundada no século XVII e seu centro histórico possui um conjunto edifícios históricos preservados, tombados pelo IPHAN e reconhecidos pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Paraty fez parte de importantes ciclos econômicos do Brasil, como o Ciclo do Ouro, do Café, a Economia da cana-de-açúcar e a Economia Escravista. Apesar de ter seu centro histórico preservado, a maioria dos antigos engenhos de cana-de-açúcar e seus alambiques, edificados ao longo dos séculos XVIII e XIX, está em ruínas. O objetivo deste artigo é identificar a relevância destes antigos engenhos e alambiques no contexto histórico do município. Sua relação com o centro histórico, identificando os elementos que constituem atualmente a Paisagem Cultural da cidade, atribuindo seus valores. O método compreende 4 tapas: 1) análise de documentos para compreender a atuação da economia da cana-de-açúcar na cidade; 2) análise dos elementos da paisagem do centro histórico e dos antigos engenhos, 3) análise dos valores cognitivo, histórico, artístico e científico dos engenhos de cana-de-açúcar e seus alambiques, 4) Análise dos valores agrários e industriais dos antigos engenhos e seus alambiques. Os resultados demonstram que a economia de cana-de açúcar esteve fortemente presente na história da vila; que a paisagem cultural de Paraty é composta pelos elementos fixos, semifixos e não fixos do centro histórico e dos engenhos e seus alambiques; que estes possuem valores cognitivos, artísticos, históricos e científicos e o caráter agrário e industrial que os engenhos desempenhavam, indicam o reconhecimento destes como Patrimônio Agroindustrial da cidade. PALAVRAS-CHAVE: Patrimônio Agroindustrial. Paisagem Cultural. Engenhos de cana-de-açúcar.
Este trabalho investiga a história urbana das três Igrejas de Homens Pretos que foram erguidas em São Paulo de Piratininga: a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Santa Efigênia e a Igreja de São Benedito. Vistas pela Igreja como dispositivos de controle dos escravizados, a apropriação estratégica que o povo preto fez destes prédios corroborou para a fundação de importantes redutos negros no plano urbano paulistano, razão das muitas disputas territoriais. Utilizando como metodologia o cruzamento de fontes manuscritas e iconográficas, busca-se desenvolver uma nova narrativa acerca destes lugares do catolicismo negro, apontando a relevância de suas implantações como uma das justificativas para as expropriações ocorridas nos anos pós-abolição.
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