Este artigo elabora, dentro do paradigma do freudo-marxismo, a contribuição do filósofo Slavoj Zizek à discussão sobre o conceito de ideologia, à luz da noção althusseriana de interpelação. Da discussão sobre ideologia zizekiana é extraída a categoria de fantasia ideológica. Esse elemento é aplicado a quatro versões do filmes Invasores de Corpos, argumentando-se que uma crítica ideológica comporta uma crítica de tradução. Nesse processo a fantasia ideológica se revela como uma predicação imaginária do real
O objetivo deste artigo é sugerir um projeto de tradução do clássico Walden de Thoreau a partir de uma conceituação do que entendemos como a voz de um signo. Tendo origem na semiótica lacaniana, especificamos o significante-fálico e o significante-mestre. A partir desses, desenvolvemos um conceito de ritmo próprio, do qual a voz emerge como um padrão ambíguo. Aplicamos essa metodologia a nossa obra e encontramos uma voz que cala/canta em Walden. Valendo-nos de um trecho alegórico, comentamos uma tradução já existente e propomos um novo projeto com base teórica na interioridade da Natureza no Eu e com base prática na divisão em elementos poéticos através de “versos” na prosa. Defendemos que o sentido musical é um suplemento da voz ao significado e concluimos apontando para futuros projetos
Este artigo examina a novela O Anel do General da autora sueca ganhadora do prêmio Nobel Selma Lagerlöf a partir de uma discussão a respeito dos conceitos de informação, memória e narrativa tais quais localizamos no Ensaio sobre o Narrador de Walter Benjamin. Identificamos o anel como elemento alegórico na história para cada um desses três elementos, e discutimos a maneira como a narrativa funciona como uma espécie de tradução da informação para a memória. Concluimos que sem narrativa não há comunicação entre informação e memória, e fazemos sugestões para pesquisas futuras
Resumo: Este artigo defende que o discurso do tradutor é o inverso do discurso do capitalista. Apresentamos a teoria dos discursos do psicanalista Jacques Lacan: o discurso do mestre, do universitário, da histérica e do analista, bem como do capitalista. Desenvolvemos as características do tradutor e sua ética do Real, e apresentamos formalmente seu discurso. Opomos os discursos do tradutor e o do capitalista. Concluímos que o tradutor pode questionar o discurso hegemônico. Palavras-chave: Tradução. Capitalismo. Psicanálise. Lacan. Discurso.
TRANSLATION, CAPITALISM, PSYCHOANALYSISAbstract: This article defends that the discourse of the translator is the inverse of the discourse of the capitalist. We present the theory of discourses of the psychoanalist Jacques Lacan: the discourse of the master, of the university, of the hysteric and of the analyst, as well as the capitalist. We develop the characteristics of the translator and his ethics of the Real, and we formally present his discourse. We oppose the discourses of the translator and of the capitalist. We conclude that the translator can question the hegemonic discourse.
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