Recently, demand-led growth theories reshaped the study of comparative political economy. Since the Baccaro and Pontusson critique of Varieties of Capitalism, a new wave of studies has sought to analyze national economies in terms of their main demand driver of growth. Post-Keynesian authors provided extensions to perfect the fit between demand-led growth theories and comparative political economy. We argue that the Sraffian supermultiplier provides a growth theory compatible with the growth model perspective advanced by Baccaro and Pontusson and has advantages over Kaleckian and New Keynesian approaches. The concept of the autonomous components of demand, which comprise government spending, export, and debt-financed consumption, is already central for the studies of growth models. The supermultiplier provides a theory that coherently understands the relation between the autonomous demand drivers and the other induced components of demand. We demonstrate our arguments by decomposing the growth of four advanced economies: the United States, Germany, Japan, and Sweden. The decomposition shows the importance of separating the autonomous from the induced components and highlights the relevance of public expenditures and exports as growth drivers in advanced economies.
Resumo Os efeitos dos bancos públicos sobre a política monetária é um tema central para o fortalecimento das instituições financeiras de desenvolvimento. Reformas recentes na atuação de bancos de desenvolvimento se basearam no argumento de que os bancos públicos reduzem a potência da política monetária. Tais reformas foram realizadas a despeito da escassa literatura empírica apontando os efeitos negativos dos bancos públicos. Alguns estudos evidenciaram que empresas com acesso a crédito de bancos públicos ou a crédito direcionado apresentam menores quedas no investimento e na produção após um choque de política monetária. Contudo, tais estudos utilizam dados microeconômicos e ignoram possíveis efeitos de custo decorrentes de variações na taxa básica de juros. Neste artigo explicitam-se as questões teóricas envolvidas neste debate e evidencia-se empiricamente o efeito do canal de custos da política monetária. Quando se compara os efeitos macroeconômicos dos ciclos de crédito guiados por bancos públicos ou privados não são encontradas evidências de que a política monetária é menos potente nos períodos de alto crédito dos bancos públicos. Mesmo que em períodos de alto crédito dos bancos públicos a política monetária apresente menor efeito sobre a produção, nestes períodos os enigmas dos preços se mostram menos persistentes. A maior estabilidade dos juros dos bancos públicos acarreta menor transmissão de custos financeiros, menor redução no estoque de capital e menor puzzle no câmbio contribuindo, assim, para a condução da política monetária.
The paper analyses the growth models of Argentina, Bolivia, Brazil, Chile, and Mexico since 1996. We depart from the typology proposed by Bizberg (2019) and apply a growth decomposition based on the Sraffian supermultiplier (Freitas and Dweck, 2013). We argue that the growth models perspective, introduced by Baccaro and Pontusson (2016), contributes to understanding the diversities of capitalism in Latin America. We find that the commodities boom oriented the countries towards export-led growth models, especially in Bolivia, Chile, and Mexico. Brazil and Argentina presented a hybrid growth model, with higher household consumption, and government expenditure along with exports growth. After the commodities boom, the export-led model was no longer feasible for commodity exporters. Mexico sustained the existing model, based on low-value-added manufacturing exports. Brazil and Argentina reduced public expenditures generating economic stagnation. Chile and Bolivia increased public expenditure, sustaining growth at a slower pace. This work extends the growth models perspective to emerging countries, considering former contributions of the Latin American political economy. It also highlights how the growth models evolved in tandem with changing international conditions. Finally, the paper opens a research agenda for the political economy of stagnation in Latin American economies.
A relação entre sistema financeiro e desenvolvimento econômico remete aos estudos de Schumpeter e foi resgatada na década de 1990, com o objetivo de justificar a liberalização financeira das contas de capitais e dos mercados domésticos. A problemática ganhou especial relevância após a crise de 2008, quando a instabilidade do sistema financeiro exigiu a intervenção pública para a garantia do crescimento. Neste estudo, analisamos dois argumentos da teoria econômica tradicional: (i) o crescimento do sistema financeiro causa o crescimento econômico (ii) a alocação ótima de recursos financeiros pelo mercado é capaz de causar crescimento pela via da mudança estrutural. Em primeiro lugar, argumenta-se que quando consideramos a moeda endógena, os volumes de finança e moeda são condicionados pela demanda efetiva, portanto, não podem causar o crescimento. Em segundo lugar, os fluxos financeiros teriam um papel relevante para o desenvolvimento na medida em que transferissem recursos para atividades inovadoras, promovendo a mudança estrutural. Por outro lado, ao explicitar as especificidades de tais atividades inovadoras, podemos concluir que o mercado financeiro atuando livremente é insuficiente para alocar recursos na direção de atividades fundamentais para o desenvolvimento.Desenvolvimento Econômico e Instituições Financeiras em Economias com Moeda Endógena
O artigo evidencia que maiores transferências do governo federal aumentam a probabilidade de reeleição de prefeitos em municípios brasileiros. Teorias de ciclos eleitorais tentaram, desde a contribuição original de William Nordhaus (1975), demonstrar os efeitos de maiores gastos públicos na probabilidade de reeleição. Estudos tradicionais tiveram dificuldades de eliminar endogeneidades inerentes aos ciclos macroeconômicos e políticos. Trabalhos recentes utilizaram descontinuidades nas receitas oriundas do Fundo de Participação dos Municípios para avaliar efeitos de aumentos aleatórios nas transferências sobre diversas variáveis municipais, como corrupção e bem-estar (LITSCHIG e MORRISON, 2012; BROLLO et al., 2013). O presente estudo contribui com essa literatura analisando os resultados de quatro períodos eleitorais, de 2004 a 2016, para municípios brasileiros. Evidencia-se que em tais eleições prefeitos que receberam maiores recursos do governo federal apresentaram maiores chances de reeleição. Tais efeitos são marcadamente relevantes para municípios com menor população.
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