Este artigo propõe uma reflexão a respeito do uso de movimentos expressivos como indicadores de estados subjetivos no bebê recém-nascido, a partir de registros de reações a estímulos nociceptivos e a estímulos olfativos e gustativos. A análise dessas reações (choro e expressões faciais de agrado e desagrado) evidencia sintonia com o ambiente e variabilidade individual - duas condições implicadas no sentido de consciência como "awareness"- e exclui a possibilidade de uma interpretação desses movimentos como reações reflexas. Considerando-se o bebê como ser social e altamente comunicativo, estas evidências permitem admitir uma correspondência estreita entre movimentos expressivos e estados internos, um pressuposto comum às teorias de emoção.
O sistema visual apresenta muitas funções ao nascimento. O processo de amadurecimento destas funções demanda um tempo variado. Neste trabalho, inicialmente descreveremos como a psicofísica e a eletrofi siologia visual tem colaborado para a medida e o estudo do desenvolvimento de três funções visuais: acuidade visual, sensibilidade ao contraste e visão de cores. Num segundo momento, discutimos sobre como a medida e o desenvolvimento destas funções podem estar prejudicados em patologias que afetam o sistema visual, como a prematuridade e a paralisia cerebral. Descritores: Psicofísica. Eletrofi siologia. Acuidade visual. Sensibilidade de contraste (visão). Discriminação de cores.O sistema visual humano é o sistema sensorial mais complexo e já apresenta muitas funções ao nascimento. No entanto, do ponto de vista funcional, muitas destas funções ainda estão extremamente imaturas e necessitarão de um processo de amadurecimento que pode levar alguns anos ou até mais de uma década (Gordon & McCulloch, 1999;Knoblauch, Vital-Durand, & Barbur, 2001;Neuringer & Jeffrey, 2003;Teller & Movshon, 1986).Muitos fatores são importantes neste período inicial do desenvolvimento. A experiência visual nos primeiros estágios da vida tem um importante 1 Docentes do Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia -USP. Endereço eletrônico do primeiro autor: costamf@usp.br 2 Pós-Graduando em Neurociências e Comportamento do Instituto de Psicologia -USP. 16Marcelo F. Costa, André G. F. Oliveira, Niélsy H. P. Bergamasco e Dora F. Ventura papel no processo de formação e maturação dos circuitos corticais que permitirão um desenvolvimento adequado das funções visuais (Glass, 2002;Maurer & Lewis, 2001;Neuringer & Jeffrey, 2003;Sugita, 2004). Aspectos nutricionais estão diretamente relacionados ao desenvolvimento das vias neurais e têm um alto impacto no desenvolvimento das funções visuais (Gil, Ramirez, & Gil, 2003;Heird & Lapillonne, 2005;Uauy & Dangour, 2006;Uauy, Mena, & Rojas, 2000). Fatores ópticos e oculares também infl uenciam o desenvolvimento das funções visuais, uma vez que alterações podem prejudicar a experiência sensorial adequada (Birch, Fawcett, & Stager, 2000;Birch & Swanson, 2000;Bowering, Maurer, Lewis, & Brent, 1997;Daw, 1998;Hoyt, Nickel, & Billson, 1982;Maurer & Lewis, 2001;Thompson, Moller, Russell-Eggitt, & Kriss, 1996;Vital-Durand, 1999). Segundo Glass (2002) impacto de alterações visuais podem alterar uma série de habilidades como aprender a ler ou apreciar uma obra de arte, bem como infl uenciar negativamente no estabelecimento de um contato social saudável uma vez que as expressões faciais, os gestos e o contato ocular têm um importante papel na nossa comunicação e interação social.O propósito deste trabalho é apresentar o desenvolvimento de três funções visuais básicas (acuidade visual, sensibilidade ao contraste e visão de cores) avaliadas tanto com a metodologia psicofísica quanto eletrofi siológica, além de descrever as alterações destas funções frequentemente encontradas em algumas doenças n...
Este estudo teve como objetivo avaliar como sabor e música exercem efeito sobre o estado de ânimo de crianças. Participaram 83 crianças de 5 a 10 anos de idade e de ambos os sexos. A tarefa dos participantes consistiu em experimentar o sabor de soluções doce e amarga na ausência de música e na presença de músicas pré-qualificadas como alegres e tristes, e depois, julgar o estado de ânimo decorrente da experimentação. O julgamento do estado de ânimo das crianças se modificou quando o sabor era amargo e as músicas eram alegres, caso em que o estado de ânimo se alterou de triste para alegre; quando o sabor era doce e as músicas tristes, o estado de ânimo passou de alegre para triste. Futuros trabalhos podem observar crianças realizando tarefas que apresentem contextos de alimentos reais associados à estimulação musical.
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