RESUMO. Este estudo buscou ampliar o conhecimento sobre a elaboração da impulsividade agressiva, através de seu componente raiva, na adolescência contemporânea. Foram avaliados 120 adolescentes de ambos os sexos, de 15 a 19 anos, de escolas públicas e particulares de Ribeirão Preto (SP), sem história prévia de transtornos sensoriais, cognitivos e/ou psiquiátricos. Foram utilizados o INV-Forma C e o Inventário de Expressão da Raiva Traço Estado (STAXI), focalizando-se, neste trabalho, apenas os resultados do STAXI. Houve diferenças significativas (teste Kruskal-Wallis e teste Mann-Withney) no nível de expressão de raiva dos adolescentes em função do sexo, nas escalas de "Raiva para Fora" e "Reação de "Raiva" do STAXI, onde meninos tiveram índices mais elevados que meninas. O desempenho nessa técnica não variou significativamente em função do nível socioeconômico. Estes resultados apontaram interferência do sexo na forma de os adolescentes vivenciarem e expressarem seus sentimentos de raiva, a partir dos indicadores do STAXI.
O presente trabalho constitui-se em um recorte de uma investigação voltada para a busca de padrões de desempenho de adolescentes diante do Questionário Desiderativo. Responderam, individualmente, a essa técnica projetiva, 120 adolescentes, voluntários de ambos os sexos, sem história de transtornos no desenvolvimento, estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e particulares de Ribeirão Preto (SP). Suas respostas ao Desiderativo foram avaliadas às cegas por três examinadores independentes. Neste trabalho foram destacados os indicadores técnicos do Desiderativo referentes à Adequação ao Real, a saber: Tempo de Reação Médio, Sequência das Escolhas, Necessidade de Indução, Respostas Antropomórficas e Respostas Vulgares (mais frequentes). Os resultados apontaram indícios de precisão, oferecendo bons subsídios para a utilização, cientificamente fundamentada, do Questionário Desiderativo por psicólogos brasileiros.
O Questionário Desiderativo é um instrumento projetivo de avaliação psicológica que mobiliza, entre outros aspectos, a capacidade de simbolização do examinando. A ocorrência de equação simbólica nas respostas a esta técnica constitui, tradicionalmente, uma "falha" na utilização instrumental da Identificação Projetiva, sendo convencionalmente interpretada como indicador psicopatológico. No presente trabalho, são apresentadas respostas fornecidas por adolescentes ao Desiderativo, sendo que em algumas foi possível detectar um adequado processo de simbolização dos examinandos, enquanto noutras encontrou-se falhas por equação simbólica. A partir de contribuições psicanalíticas de Milner e Winnicott, foi possível rever a forma tradicional de interpretação destes fenômenos, lançando-lhes um olhar menos patologizante, e relativizando seu caráter sinalizador de empobrecimento das funções egóicas de simbolização. Ponderou-se ainda sobre as possibilidades terapêuticas do surgimento destes momentos de não-diferenciação diante de técnicas projetivas, nomeadamente no Questionário Desiderativo, podendo-se ampliar a compreensão psicodinâmica dos indivíduos submetidos a esse instrumento projetivo.
Agradeço primeiramente e, sobretudo, a Deus, que me abre janelas sempre que algumas portas parecem trancadas.A meus pais, Márcio e Marilene, pelo apoio e confiança incondicionais.Ao Anderson, pela presença companheira, carinho e compreensão.Aos meus amigos que, de perto ou de longe, estiveram na torcida pelo meu sucesso em mais este desafio. À minha orientadora, Profa. Dra. Sonia Regina Pasian, pelo acolhimento e carinho e por garantir todo o embasamento e estímulo necessários para meu crescimento e autonomia em mais esta etapa. Ás colegas psicólogas Érika Tiemi Kato Okino, Maria Luisa Casillo Jardim Maran e Mariana de Siqueira Bastos Formighieri, pela amizade e fundamental ajuda na análise dos dados.
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