N o Brasil, a camomila (Chamomilla recutita (L.) Rauschert., Asteraceae) é a planta medicinal com a maior área de cultivo. O Paraná destaca-se como o maior produtor, com área cultivada de 700 ha e produção de cerca de 260 t, o que atende a 74% do consumo nacional, que é de 350 t (Dalla Costa, 2001; Correa Júnior et al., 2003). Parte da camomila consumida no País é importada da Argentina, principal produtor mundial (Curioni, 2004). O aumento da produção brasileira e, capítu-los florais de boa qualidade, possibilitariam a exportação para outros países (Corrêa Júnior, 1994).Os capítulos florais da camomila são comercializados para uso como aromá-MAPELI, N.C.; VIEIRA, M.C.; HEREDIA Z.N.A.; SIQUEIRA, J.M. Produção de biomassa e de óleo essencial dos capítulos florais da camomila em função de nitrogênio e fósforo. Horticultura Brasileira, Brasília, v.23, n.1, p.32-37, jan.-mar. 2005 ticos e medicinais (Nóbrega et al., 1995). Da camomila, são extraídos os flavonóides, dentre os quais destaca-se a apigenina, e os óleos essenciais, que apresentam como principais constituintes o camazuleno, bisabolol, óxido de bisabolol e espatulenol (Wagner e Bladt, 1995). O óleo essencial da camomila tem efeito calmante, antiinflamatório, analgésico, antiespamódico, carminativo, cicatrizante e emenagogo; é utilizado em cólicas intestinais, além da fitocosmética (Weizman et al., 1993;Rodríguez et al., 1996; Nasreen e Khan, 1998;Foti et al., 2000).Dentre os fatores de estresse que podem interferir na composição quími-ca da planta, a nutrição merece destaque, pois a deficiência ou o excesso de nutrientes pode interferir na produção de biomassa e na quantidade de princí-pio ativo. Dentre os nutrientes, o nitrogênio (N) tem maior utilização e tem estreita relação com o teor da biomassa, expressa pela eficiência do seu uso na produção, por sua função como componente essencial do protoplasma e das enzimas vitais da planta. O fósforo (P), como componente essencial de todo organismo vivo, auxilia na definição da quantidade da biomassa produzida. Pode contribuir no teor de alcalóides e demais princípios ativos; seu déficit causa a redução da biomassa e, conseqüentemen-te, dos metabólitos secundários (Martins et al., 1998; Taiz e Zeiger, 2004 , respectivamente. O teor de óleo essencial dos capítu-los florais foi de 0,50 ml 100g -1 da massa fresca, sob todos os tratamentos. O uso de superfosfato triplo, associado ou não com uréia, aumentou a altura das plantas e a produção de biomassa de partes aéreas e de capítulos florais. A adubação com N e P não influenciou na produção de óleo essencial nem nos teores de N e P dos capítulos florais da camomila. Palavras-chave:Chamomilla recutita (L.) Rauschert, Asteraceae, planta medicinal. ABSTRACT Biomass production of chamomile capitula as a result of nitrogen and phosphorusThe biomass and essential oil production of 'mandirituba' chamomile capitula were evaluated as a function of nitrogen and phosphorus. ). maximum contents of N and P in capitula were 3,43 dag kg -1 and 0.79 dag kg -1 , respectively. esse...
A cebolinha comum (Allium fistulosum, L.), originária da Sibéria, e a cebolinha (Allium schoenoprasum), originária da Europa continental, são condimentos, muito apreciados pela população e cultivadas em quase todos os lares brasileiros. A planta é considerada perene, apresenta folhas cilíndricas e fistulosas, com 0,30 a 0,50 m de altura, coloração verde-escura, tendendo para o glauco em A. fistulosum; produz pequeno bulbo cônico, envolvido por uma película rósea, com perfilhamento e formação de HEREDIA Z., N.A.; VIEIRA, M.C.; WEISMANN, M.; LOURENÇÃO, A.L.F. Produção e renda bruta de cebolinha e de salsa em cultivo solteiro e consorciado. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 21, n. 3, (Embrater, 1980; Cotia, 1987;Ferreira et al., 1993;Makishima, 1993;Filgueira, 2000). Embora a planta de cebolinha suporte frios prolongados e existam cultivares que resistam bem ao calor, tendo poucas restrições para o seu plantio em qualquer época do ano, a faixa de temperatura ideal para o cultivo fica entre 8 e 22 o C, ou seja, em condições amenas. Portanto, o perfilhamento é maior nos plantios de fevereiro a julho nas regiões produtoras do Brasil (Cotia, 1987;Makishima, 1993;Filgueira, 2000). A colheita da cebolinha inicia-se entre 55 e 60 dias após o plantio ou entre 85 e 100 dias após a semeadura, quando as folhas atingem de 0,20 a 0,40 m de altura.A salsa (Petroselinum crispum) é uma das espécies de hortaliças que não atinge sua importância pelo volume ou valor de comercialização mas pela utilização comercial como condimento. A planta produz mais em solos areno-argilosos, com alto teor de matéria orgâ-nica, boa fertilidade e pH entre 5,8 e 6,8. RESUMOForam estudadas a cebolinha 'Todo Ano' e a salsa 'Lisa', em cultivos solteiro e consorciado, arranjadas no delineamento experimental de blocos casualizados, com três tratamentos e oito repetições. A propagação da cebolinha foi por mudas e a da salsa por sementes. Na colheita, feita aos 90 dias após o início da propagação, nas duas espécies, foram avaliadas a altura das plantas, diâmetro das touceiras e produções de massas fresca e seca das plantas. Também foram avaliados diâmetro e número de perfilhos das plantas de cebolinha e a altura do corte das plantas de salsa. As médias de altura das plantas da cebolinha (33,50 cm) e da salsa (27,11 cm), do diâmetro dos perfilhos da cebolinha (0,42 cm) e da altura do corte nas plantas da salsa (6,41 cm) não apresentaram efeito dos tratamentos. As maiores médias do diâmetro das touceiras foram obtidas nas plantas sob cultivo solteiro, com diferenças de 6,13 cm na cebolinha e de 2,85 cm na salsa, em relação àquelas sob consórcio. As plantas da cebolinha consorciadas com a salsa tiveram aumento significativo de 0,54 milhões de perfilhos ha -1 em relação àquelas sob cultivo solteiro. As produções médias das plantas da cebolinha e da salsa sob cultivo solteiro tiveram, respectivamente, mais 1,32 e 2,42 t ha -1 de massa fresca e 0,20 e 0,24 t ha -1 de massa seca em relação àquelas sob consórcio. As razões de área equivalente para o consórcio c...
RESUMOForam estudados dois clones de cará (Liso e Caramujo), sob duas formas de condução das plantas (rasteiro e tutorado) em dez épocas de colheita (dos 60 aos 330 dias após o plantio, em intervalos mensais), plantados em Latossolo Roxo distrófico, textura argilosa pesada. Os tratamentos foram arranjados no fatorial 2x2, no delineamento experimental de blocos casualizados, com três repetições, em cada época de colheita, totalizando 120 parcelas. As parcelas de 15 m 2 foram compostas de dez e de cinco plantas, com espaçamento de 1,5 m x 1,0 m e 3,0 m x 1,0 m para a cultura tutorada e para a rasteira, respectivamente. A propagação do cará foi feita com pedaços de rizomas de ± 150 g, em covas. A irrigação se fez por sulcos. O tutoramento foi realizado seguindo o sistema de haste cruzada. Para conhecer as características produtivas dos clones, nas duas formas de condução, em cada colheita foram avaliadas as produções de matérias frescas de ramos + folhas, de rizomas e de tubércu-los e a composição nutritiva desses. A produção de matéria fresca de ramos + folhas foi dependente do clone e da forma de condução da cultura, sem ter associação entre os dois fatores. Quando relacionadas as produções de matérias frescas de tubérculos e de rizomas foi observado que o Liso produziu somente rizomas, com máxima produção aos 285 dias, independente da forma de condução da cultura. A forma de produção do clone Caramujo mostrou dependência da forma de condução (92,06% de rizomas e 7,94% de tubérculos, quando tutorada e 46,12% de rizomas e 53,88% de tubérculos, quando rasteira). As análises sobre valor nutritivo dos rizomas e tubérculos mostraram que os rizomas do clone Liso foram os melhores. As produções totais dos clones de cará (tubérculos + rizomas) mostraram que o Caramujo (50,266 t/ha) produziu 181,58% a mais que o Liso. As plantas rasteiras dos dois clones de cará produziram mais que as tutoradas e por isso, recomenda-se a condução rasteira para os dois clones.Palavras-chave: Dioscorea alata, Dioscorea cayennensis, forma de condução, produtividade, rizomas, tubérculos. ABSTRACT Production of Liso and Caramujo yam clones carried out in creeping and stakeing plants.Two yam clones (Liso and Caramujo) were studied under two conduction methods (creeping and stakeing) at ten harvesting dates (from the 60 th to 330 th day after transplanting, with 30 day intervals), on a dark clay texture distrophic Eutrustox soil. Treatments were arranged in a 2x2 factorial scheme in a complete randomized block design with three replications at each harvest date, totalling 120 plots. 15 m 2 plots were composed of ten and five plants, spaced 1.5 x 1.0 m and 3.0 x 1.0 m for stakeing and creeping culture respectively. Yam propagation was carried out using rhizome pieces (±150g) in pits, and with irrigation by furrow infiltration, and the crossed stem system for stakeing. For the two clones, under the two conduction types, fresh matter production from branches + leaves, rhizomes and tubers and nutritive composition of rhizomes and tubers were obtaine...
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