The impacts of logging on Amazonian ecosystems has been the focus of considerable attention both within and outside of Amazonia. However, the impacts of logging on individual timber species has not been at all adequately investigated. Logging affects timber species by: (1) removing mature individuals that are important sources of seeds; (2) damaging seedlings and saplings (i.e future generations of canopy adults); and (3) creating conditions that favour fire by opening the canopy and leaving slash as fuel on the forest floor.In this study we summarize information on the ecological characteristics of 305 timber species in Brazilian Amazonia. We identify seven ecological parameters that are useful in evaluating a species' ability to resist the negative impacts of logging. These characteristics are: (1) effective long-distance dispersal ability; (2) abundance of saplings in forest regeneration; (3) rapid growth; (4) ability to resprout; (5) capacity to withstand fire; (6) broad geographic distribution; and (7) high density of adults. We hypothesize thai species with characteristics opposed to these parameters and subjected to intense logging pressure will have difficulty in maintaining their populations in logging regions.We use a simple scoring system to rank species with regard to their hypothesized ability to withstand logging impacts. Among the species that are potentially susceptible to logging impacts are Euxylophora paraensis (‘Pau Amarelo’) and Swietenia macrophylla (American Mahogany). The sawn lumber from these two species goes principally to European and North American buyers, revealing a direct link between First World consumption and possible biodiversity impoverishment in the Brazilian rain-forest. These two species, and others that might experience population reductions as a result of logging, merit special study.
A castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa H. & B. - Lecythidaceae) é a espécie de maior diâmetro entre todas as demais da floresta amazônica. Árvores com 5,25 m e 4,34 m de diâmetro a 1,3 m do solo (DAP) já foram registradas, assim como a ocorrência, em um mesmo local, de mais de dez castanheiras com diâmetros superiores a 3 m. Existem fortes evidências de que alguns exemplares de castanheira possam ser milenares e ainda produtivos. Este trabalho objetivou informar como se comporta a castanheira no que tange aos crescimentos do diâmetro e da altura em reflorestamentos heterogêneos que visam a recuperar áreas degradadas pela atividade de mineração na Floresta Nacional Saracá-Taqüera, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em Porto Trombetas, estado do Pará e, também, avaliar qual é a produção de um castanhal primitivo, em termos de safra e renda, para uma comunidade de castanheiros daquela região. Numa área de 19,4 ha, reflorestada em 1984 com diversas espécies florestais, foram registradas e medidas (diâmetro e altura) todas as 482 castanheiras ali plantadas. Para avaliar a safra de castanha foi implantado, numa Reserva de Castanheiras dentro da Flona, um estudo para quantificação e pesagem de ouriços e castanhas das safras de 2003 a 2007. Foram registradas 482 castanheiras (= 24,8 árvores/ha). O menor diâmetro foi de 2,1 cm e o maior de 61,6 cm (= 19,4 cm), gerando um incremento médio de 1,02 cm/ano; a amplitude do incremento variou de 0,11 cm/ano até 3,24 cm/ano; a menor altura total foi de 3 m e a maior de 28 m (= 14,7 m). Conseqüentemente, o incremento médio foi de 0,77 m/ano – mínimo de 0,16 m/ano e máximo de 1,47 m. Para estimação a produção de ouriços e castanhas foram avaliadas 84 árvores com diâmetros variando desde 48 cm até 226 cm (= 122 cm) e abundância de 14 castanheiras/ha, excepcionalmente altas. Na safra de castanha de 2003, 74 castanheiras produziram frutos (= 29 ouriços/castanheira). Cada ouriço tinha em média 16 castanhas (peso médio unitário de 7 g). A produção média foi de 477 castanhas/árvore, o que representou uma safra baixa. Uma safra normal na região produz 800 hectolitros, correspondentes a 34,000 kg, que comercializados rendem R$68.000,00 (US$22,666.67). Divididos pelos 30 coletores, resulta em R$2.267,00 (US$755.67) por trabalhador para os três meses de serviço (fevereiro, março e abril), ou R$756,00 (US$252.00) por mês para cada trabalhador se a divisão fosse igualitária, o que, é sabido, não acontece, pois deste valor mensal o coletor recebe menos de 40%, próximo de R$300,00/mês (US$100.00). A castanheira-do-brasil, plantada em áreas degradadas da Amazônia setentrional, através de reflorestamentos heterogêneos, é uma espécie de comprovada adaptabilidade e excelente crescimento. Uma seleção da matriz de sementes possibilita a obtenção de árvores com 60 cm de diâmetro e altura de 28 m aos 19 anos, ou seja, um incremento anual médio de crescimento do diâmetro de 3,24 cm/ano e da altura de 1,47 m/ano. No ano de 2003, num universo de 74 castanheiras em floresta primária, a produção total de castanha foi de 247,1 kg de castanhas (safra muito baixa), que renderia R$494,17 (US$164.72) no caso de o quilo ser comercializado ao preço de R$2,00 (US$0.67).
RESUMO -Objetivou-se neste trabalho avaliar a dinâmica florestal, sobretudo da regeneração natural, em um fragmento de floresta tropical primária, entre 1998 c 1999, em Peixe-Boi (PA). Foram demarcadas três parcelas permanentes (1 ha cada) onde todos os indivíduos com DAP ≥ 10 cm foram registrados; os indivíduos com 10cm ≥ DAP ≥ 5cm foram amostrados em 6.000 m 2 , aqueles entre 5cm ≥ DAP ≥ 2cm em 2.400 m 2 e com DAP ≤ 2cm em 240 m 2 . Foram estimados 143.000 indivíduos, desde plântulas até árvores pertencentes a 337 espécies e 76 famílias. Mimosaceae foi a família de maior riqueza (44 espécies); 14 famílias ocorreram com uma única espécie sendo que metade delas apresentaram também um único indivíduo. Independentemente da classe diamétrica verificou-se o egresso de 56 espécies versus o ingresso de 68, gerando um ganho líquido de 12 espécies. A dinâmica da composição e da abundância da regeneração natural foi muito intensa. Rinorea negleta e Leçythis idatimon recrutaram 171 e 89 espécimes. A razão recrutamento/ mortalidade foi, em quaisquer das classes diamétricas, sempre superior a unidade. O estoque de mudas para se obter uma árvore, uma arvoreta e uma vara foi, respectivamente de 297, 160 e 48 mudas. O número de espécies e a abundância aumentaram no período, assim como a área basal e a biomassa. ABSTRACT -The present paper aims at evaluating the forest dynamics -mainly that brought by municipality of Peixe-Boi (PA). Three 1 ha permanent plots were marked off and every individual within having DBH ≥ 10 cm was registered. Individuals having DBH between 5 and 10cm were sampled out in an area of 6.000 m 2 , those having DBH between 2 and 5cm were sampled out in an area totaling 2.400 in 2 , and individuals having DBH under 2 cm were sampled in 240 m 2 . There are about 143.000 diversity (44 species). Fourteen families occurred as an only species, including 7 families occurring also as an only individual. Considering the whole sample (that is, independently from diametric class) the of species richeness in natural regeneration is remarkably intense, and the dynamics of abundance of left, while 14 other families entered, thus enriching biodiversity in almost 30%. The highest mortality verified was of Bauhinia cf. rutilans and Mabea aff speciosa (300 and 21 individuals). Rinorea negleta and Lecythis idatimon displayed the recruitment of 171 and 89 specimens. The recruitment/mortality rate was higher than one unit in all diametric classes. The proportion of seedlings needed to obtain a tree, a sapling and a stemlet is 297, 160 e 48 respectively. Richeness and abundance increased during the one year period, as did basal area and biomass. Palavras-chave:
A restauração florestal das áreas mineradas tornou-se uma condicionante indispensável no licenciamento das minas. A restauração da paisagem florestal em áreas lavradas a céu aberto é feita através do reflorestamento heterogêneo com espécies regionais, visando a enriquecer a composição florística e acelerar a cobertura do solo, aliado à prática de incorporação de solo superficial que facilita/induz a regeneração e a sucessão natural. Os objetivos deste trabalho foram analisar a dinâmica e a estrutura da regeneração natural de arbóreas, identificar os tipos e os agentes de dispersão dos propágulos, elaborar uma matriz dos indicadores da dinâmica dessa regeneração natural e ranquear as áreas anuais de restauração florestal da Mineração Rio do Norte, Flona Saracá-Taquera/IBAMA, Porto Trombetas, Pará. O estudo toma como base os resultados de 26 parcelas permanentes, abrangendo um período de quatro anos de monitoramento (2001 a 2005) nas áreas restauradas pela empresa entre 1981 e 1987; 1992 e 1996. Todos os indivíduos arbóreos com mais de 1,5 m de altura total foram qualificados e registrados na amostragem. Sobre a regeneração das espécies arbóreas, concluiu-se que: (i) apresenta maior número de espécies nas áreas jovens (entre 9 e 13 anos) do que as mais maduras (entre 18 e 24 anos de idade); (ii) as áreas mais antigas apresentam maior incremento anual do número de espécies; (iii) a abundância (ind/ha) tende a ser maior nas áreas mais jovens; (iv) o recrutamento, a ser bem mais intenso na áreas maduras do que nas jovens; (vi) a mortalidade anual nas áreas jovens é maior do que naquelas maduras; (vii) a taxa anual de renovação (turnover) é bem mais intensa nas áreas maduras; (viii) o tempo de substituição (turnover time) é mais extenso nas áreas jovens; (ix) o diâmetro médio manteve-se praticamente constante no período analisado; (x) o incremento anual da área basal é maior nas áreas maduras do que nas áreas jovens; (xi) a altura total média é maior nas áreas jovens do que nas áreas maduras; (xii) várias espécies arbóreas são dispersas por mais de um agente e mais de 80% das espécies arbóreas monitoradas são dispersas pela fauna, que exerce um papel fundamental na sucessão ecológica; (xiii) a área anual de 1992 foi ranqueada como a de melhor restauração florestal e, no extremo oposto, com maiores problemas, tem-se a área de 1987; (xiv) deve-se investir em pesquisas sobre o manejo do solo superficial em áreas fortemente impactadas pela atividade humana, objetivando a restauração florestal de maior riqueza, abundância e crescimento das espécies arbóreas; (xv) práticas silviculturais e de preparo do solo devem ser também objeto de pesquisa visando à otimização do paradigma da restauração florestal: a maximização da biodiversidade e da biomassa vegetal de árvores, sobretudo daquelas regionais de rápido crescimento e adaptadas a esses ambientes.
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