Agradeço de uma maneira muito especial a minha orientadora, Drª. Cleide Rodrigues, que superando todas as adversidades foi além de sua função como orientadora, se tornando amiga, companheira e conselheira nos momentos de dificuldades e de saudades de casa. Agradeço pelo seu apoio, orientação, dedicação, ensinamentos e por acreditar em mim e neste trabalho.
O objetivo deste trabalho é analisar os principais fatores causadores de risco de inundação no igarapé do Mindu localizado área urbana da cidade de Manaus. Para isso foram realizados trabalhos de campo entre os anos de 2017 e 2019 e ao longo dos 18,2 km de extensão do igarapé foram analisados parâmetros morfométricos da bacia hidrográfica, dados de precipitação, cotas limnimétricas e fatores antrópicos. Os parâmetros morfométricos analisados indicam que os riscos à inundação são baixos na bacia do igarapé do Mindu e apenas a densidade de drenagem pode promover a ocorrência de inundações. Estas inundações estão associadas principalmente às alterações antrópicas e a ocupação do solo na bacia. Observa-se que entre os anos de 1992 e 2018 houve um aumento significativo do desflorestamento e da aglomeração urbana, ocasionando uma maior concentração urbana na alta bacia e maior concentração de vegetação na média bacia. As mudanças de engenharia no canal, principalmente retificações, e o processo de dragagem se mostram ineficientes para o controle de inundações. As inundações são mais propicias a acontecer nos meses de novembro a abril, período em que as maiores precipitações na bacia ocorrem e o igarapé está no seu processo de enchente.
O objetivo desse trabalho é analisar a neotectônica na Bacia Hidrográfica do Mindu, no município de Manaus – Amazonas. Para isto, foram feitas pesquisas bibliográficas e de campo entre os anos de 2018 e 2019, observando anomalias de drenagem e fatores tectônicos que indiquem atividade neotectônica na bacia como lineamentos morfoestruturais e basculamentos tectônicos. Analisando os fatores neotectônicos de lineamentos, anomalias de drenagem (curvas anômalas) e basculamento da Bacia Hidrográfica do Mindu é possível afirmar, usando como base os dados obtidos e a literatura disponível, que a bacia foi submetida à atividade neotectônica, possivelmente durante o cenozoico. Isso impactou na morfologia da rede de drenagem como um todo e, principalmente, no padrão do canal principal da bacia, o igarapé do Mindu.
O tempo de concentração é o tempo que a água percorre do ponto mais distante da bacia até o ponto considerado. Existem diversas fórmulas de tempo de concentração resultado de trabalhos laboratoriais e de campo, havendo grande dispersão nos resultados. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar a efetividade de diferentes fórmulas de tempo de concentração para uma bacia hidrográfica urbana. Para isto, foi calculado o tempo de concentração em nove fórmulas (Método Cinemático, Carter, Picking, Giandotti, Kirpich, Kirpich_DER, David, US Corps Engineers, Johnstone), aplicadas para a bacia hidrográfica do Mindu, Manaus, Amazonas, que possui uma área de 66 km² e está localizada 100% na área urbana da cidade. A eficácia das fórmulas foi validada de acordo com a velocidade média de fluxo da bacia. A fórmula mais indicada foi a do Método Cinemático, conforme indicava a literatura especializada. As fórmulas de Carter, Giandotti, Picking são efetivas para a bacia do Mindu por não apresentarem uma margem de erro alta. Enquanto as fórmulas de Kirpich, Kirpich_DER, David, US Corps Engineers, Johnstone apresentaram uma margem de erro maior, não sendo indicadas para a bacia.
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