A Matriz Insumo-Produto é uma ferramenta utilizada para realização de análise dos setores produtivos e suas inter-relações, permitindo auxiliar na tomada de decisões econômicas e contribuindo para um melhor planejamento dos setores chave para o desenvolvimento de uma região. De tal modo, buscou-se neste trabalho realizar uma análise multisetorial da economia rondoniense a partir da Matriz Insumo-Produto para a estrutura econômica de 2018. Foram analisados os dados referentes ao Brasil e as vinte e sete unidades da federação. Descobriu-se que os setores que se destacam na economia estadual foram Informação e comunicação, Indústrias de transformação e Alojamento e alimentação nas relações intrarregionais, e os setores de Transporte, armazenagem e correio, Construção e Indústrias extrativas para as relações inter-regionais. Os achados permitem contribuir com o desenvolvimento de políticas que estimulem os setores destacados, amparado pelo crescimento da produção e em consonância com as propostas mais relevantes do desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Este artigo teve como objetivo analisar como grupos de atores sociais distintos interpretam a institucionalização de Reservas Extrativistas (RESEX) apreciada do ponto de vista de uma política pública de conservação da biodiversidade. Foram considerados os extrativistas e os representantes de organizações que giram em torno das RESEX, diferenciadas em governamentais e não governamentais. Como referencial teórico, considerou-se a abordagem institucional e da sociologia organizacional. Metodologicamente, utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) como forma de compreender o discurso de ambos os grupos no que se refere a definição de extrativismo, desenvolvimento e sustentabilidade. Os resultados apontam para discursos bastante distintos, sendo que os extrativistas relacionam suas atividades como meio de sobrevivência, com pouca conotação ambiental. Por outro lado, os representantes das organizações governamentais demonstram ter um discurso politicamente correto, mas com pouca eficácia na gestão ou apoio às RESEX. As organizações não governamentais, por sua vez, encontram-se em uma posição intermediária, ora aproximando-se dos extrativistas ora das organizações públicas. Conclui-se que esse descompasso reflete negativamente na gestão destas Unidades de Conservação e que a sustentabilidade ainda não tem sido atingida nessas áreas, vez que a baixa renda tem feito extrativistas optarem por manejos florestais, cada vez mais frequentes.
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