Ninguém solta a mão de ninguém": conectados/as em rede, resistimos "No one let go of anyone's hand": network connected, we resist "Nadie suelta la mano de nadie": conectados/as en red, resistimos
O artigo é resultado de uma pesquisa na área da Educação, realizada com sete mulheres jovens de uma escola pública, interessada na relação entre as imagens selfies - que são publicadas nas redes sociais. O foco de análise que elegemos diz dos dispositivos de feminilidade e juventude que são acionados e postos em circulação para a construção de imagens de si como mulheres jovens. Isso nos aproxima da perspectiva foucaultiana, entendendo gênero como atravessado por relações de saber-poder e que diz dos processos de subjetivação como processos educativos. Metodologicamente trabalhamos com grupos focais e observação nas páginas do Facebook e Instagram, de maneira que vamos trazer para discussão falas e análises a partir do que foi construído por esses procedimentos metodológicos.
Neste artigo abordamos as construções de gênero, buscando analisar as normas sociais implícitas que fazem com que possamos ser reconhecidos como homens ou mulheres. Tais normas se constituem num currículo, tal como entendido por Larrosa e Paraíso, que é divulgado e naturalizado e que estabelece e reforça as relações - de poder e de gênero - dentro da sociedade. Utilizamos como lócus de pesquisa o cinema, mais especificamente a animação Mulan, dos estúdios Disney. Nessa obra a normatização do que é ser homem e o que é ser mulher são temas centrais, bem como as relações – tanto de poder quanto hierárquicas - entre os gêneros. A proposta de discussão que trazemos inclui olhar, a partir dos percursos teóricos-metodológicos pós-críticos, para as possibilidades de artefatos culturais como esses, voltados para a infância, tem de influenciar, modificar ou reforçar regras e valores na construção das identidades dos sujeitos.
Este texto é parte de um investimento teórico e de pesquisa que nos movimenta em direção à problematização das relações entre os artefatos culturais, discursos e modos de subjetivação. Trata-se de uma reflexão acerca da poética das imagens do filme “Preciosa”, que retrata uma mulher obesa de um bairro pobre de Nova Iorque. Adotamos como procedimentos metodológicos a análise fílmica em conjunto com as proposições de Michel Foucault acerca da problematização, ou seja, colocar sob suspeita as formas que nos levam a pensar e entender o mundo como entendemos. Assim, escolhemos discutir e problematizar a questão do feminino em relação à obesidade, que, em conjunto com o feminismo e artefatos culturais, são nossos argumentos centrais neste texto. Construímos nossas discussões considerando o aporte teórico de Michel Foucault, Guacira Lopes Louro, Alfredo Veiga-Neto, Rosa Maria B. Fischer, entre outros e outras autoras. Na escola, Preciosa é grande demais para sua mesa; no restaurante, deduzem que sua porção será sempre a maior; em casa, é humilhada, violentada e desrespeitada, tudo parece sugerir um caos pessoal absoluto e indissolúvel. As condições humanas e suas armadilhas nos convidam a voltar nosso olhar para os padrões estéticos considerados aceitáveis e que tornam a vida e a existência de Claireece um lugar de solidão.
O presente artigo é resultado de um segundo movimento de uma pesquisa que buscava inicialmente compreender a relação de alunos e alunas da Educação Básica com a cultura visual, principalmente por meio de suas produções imagéticas. No segundo momento, a pesquisa foi realizada com estudantes de Pedagogia de uma Universidade Federal e teve como objetivo compreender suas relações com a cultura visual antes de ingressarem na graduação. As alunas responderam questionários qualitativos, e nesse universo, selecionamos as questões que diziam do trabalho dos professores de História dos Ensinos Fundamental e Médio com os artefatos culturais. Esta análise nos possibilitou refletir acerca de questões importantes, indicando que as imagens vêm sendo trabalhadas na forma de ilustração e muito pouco como produção. Enviado em: 23 de março de 2017. Aprovado em: 28 de abril de 2017
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.