Introdução: Dentre as infeções sexualmente transmissíveis a sífilis se destaca como grande problema de saúde pública. Apesar de ser uma doença de fácil manejo e evitável, se torna preponderante discutir a importância do tratamento das gestantes soropositivas, uma vez que há grandes sequelas, não só para a criança, como também reflexos nos coeficientes de saúde. Objetivos: Ratificar a importância do tratamento das gestantes com sífilis por meio da análise de dados epidemiológicos do SINAN. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico compreendendo informações das unidades federativas do Brasil, a partir da observação, entre 2014-2019, da incidência e prevalência da sífilis em gestantes e da sífilis congênita e os coeficientes que rodeiam essa temática. Discussão: A sífilis durante a gestação ainda ocorre em proporções significativas nas mulheres, ratificada pelos 18,1% (24.130) dos conceptos menores de um ano de idade acometidos pela doença em 2019. Embora em 2019 o número de casos de gestantes com sífilis tenha se reduzido, percebe-se falha no esquema de tratamento sendo que apenas 2,3% (1.462) delas foram tratadas adequadamente. Apesar de 61.127 mulheres terem sido testadas para sífilis em 2019, apenas 32,9% (20.163) realizaram o pré-natal, o que evidencia falha na captação das gestantes para realização do mesmo. Conclusão: Fica evidente que tratar essas mulheres garante não só qualidade de vida para as gestantes bem como para as crianças, além de gerar melhores coeficientes que indicam melhor profilaxia, captação efetiva nas fases precoce, informação e efetivação das políticas públicas de saúde.