Introdução: a Educação em Saúde com gestantes deve incorporar novas ações no âmbito da Atenção Primária à Saúde, com possibilidades de promover saúde e prevenir doenças, bem como garantir o exercício de práticas e saberes alternativos ao modelo biomédico, evocando reflexões críticas e o compartilhamento de experiências por meio das gestantes. Objetivo: buscou-se analisar as atividades de Educação em Saúde direcionadas para as gestantes nas equipes da Estratégia Saúde da Família. Metodologia: trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido em Unidades Básicas de Saúde do município de Mossoró/RN, que reuniu narrativas de 15 usuárias por meio de entrevistas semiestruturadas. Resultados: após utilização da Análise Temática de Conteúdo, os resultados foram separados em duas categorias principais e cinco subcategorias. A primeira categoria avaliou as ações de Educação em Saúde, caracterizadas por serem esporádicas (ou inexistentes em alguns serviços) e pela alternância entre metodologias de ensino verticale horizontal. Por outro lado, a segunda categoria evocou o significado dos encontros entre as gestantes e os profissionais de saúde, marcado por fragilidades na escuta qualificada, no diálogo e na realização das ações educativas durante o pré-natal. Conclusão: de acordo com os discursos das gestantes, percebemos que as estratégias de ensino, quando pautadas nos preceitos de Paulo Freire, estão intimamente ligadas à promoção da saúde. Isso porque garante às gestantes uma consciência crítica sobre o seu autocuidado; o que se constitui como primeira iniciativa para que ocorram mudanças nos seus hábitos de vida e na maneira como enfrentam as circunstâncias inerentes à gestação.
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) têm se constituído um campo fértil para garantir a promoção de saúde e qualidade de vida. Com isso, discussões sobre a espiritualidade têm ganhado relevância social. O presente artigo objetivou tecer reflexões sobre as experiências de profissionais de saúde no transcurso de uma disciplina sobre as PICS integrando-as com a espiritualidade. Tratou-se de um estudo descritivo, de relatos desses profissionais, após a conclusão da disciplina “Tópicos especiais em Pesquisa em Saúde III - Práticas Integrativas e espiritualidade em saúde: Vivências, reflexões e ciência”, ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde e Sociedade (PPGSS) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Os resultados evocaram a necessidade de ampliação nas matrizes curriculares nos cursos de graduação em saúde sobre as PICS e espiritualidade. O contato com disciplinas que tematizam as PICS, aspectos da espiritualidade, bem como a relação com uma saúde integral, mostraram-se significativos, conforme o presente estudo objetivou apresentar através da discussão dos relatos.
Objetivo: Investigar o papel da fisioterapia na condução diagnóstica e terapêutica de pacientes chagásicos com constipação intestinal crônica. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão sistemática que seguiu a Declaração PRISMA (2020). Com isso, realizou-se uma busca de alta sensibilidade nas bases de dados Medline (PubMed), Web Of Science, Cochrane Library, Embase (Elsevier), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), mecanismos de busca do Google Scholar e PEDro. Além disso, contou com a busca na literatura cinzenta, nas bases CAPES e Open Grey, e nas listas de referenciais teóricos de estudos primários. Resultados: A busca sistemática de alta sensibilidade resultou em 479 estudos. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, foram incluídos quatro estudos primários. Esta revisão abarcou o total de 112 pacientes chagásicos com CI crônica, submetidos às intervenções fisioterapêuticas, tanto diagnósticas, com a realização do exame físico longitudinal e uso da manometria anorretal, quanto terapêuticas, com uso da massoterapia abdominal e prática de exercícios físicos supervisionados. Considerações Finais: Os protocolos e modalidades fisioterapêuticas avaliadas trazem benefícios substanciais ao paciente chagásico constipado, proporcionando-lhe melhor qualidade de vida.
Este estudo buscou investigar a contribuição do Peer-Mentoring na formação acadêmica de base e educação continuada de profissionais da saúde, bem como identificar as principais limitações, desafios e alternativas para atingir o sucesso de sua implementação. Trata-se de um estudo de revisão integrativa com busca sistemática, realizada nas bases de dados PubMed, Scopus, Web Of Science, Education Resources Information Center (ERIC) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram incluídos artigos eletrônicos, disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e/ou espanhol e publicados nos últimos 5 anos. Excluiu-se os estudos do tipo revisão de literatura, resumos, carta ao editor, manuscritos duplicados e estudos que não apresentaram relação com a temática. Os seguintes descritores foram combinados com os operadores booleanos AND e OR: “Peer-Mentoring”, “Peer Group”, “Mentoring”, “Mentors”, “Health Education” e "Education, Medical”. Foram coletados 31 artigos elegíveis, que passaram por uma análise na íntegra e fichamento dos dados. Os estudos foram agrupados em cinco categorias de análise: (1) contribuição do Peer-Mentoring no processo de formação acadêmica; (2) impacto do Peer-Mentoring na educação continuada de profissionais da saúde educação continuada; (3) limitações são encontradas durante a execução do Peer-Mentoring; (4) desafios pedagógicos que devem ser vencidos, no transcurso da mentoria entre pares; (5) Como atingir o sucesso durante a implantação e execução de programas de Peer-Mentoring?. O Peer-Mentoring mostrou-se capaz de melhorar significativamente o processo de ensino em saúde. Perspectivas futuras apontam para uma maior adesão, por parte das instituições de ensino, em inserir a mentoria entre pares nos programas pedagógicos.
Buscou-se analisar os aspectos psicossociais e clínicos atrelados à hemofilia e seus impactos na qualidade de vida de pacientes hemofílicos, atendidos em um serviço especializado do município de Mossoró do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo exploratório e de corte transversal, realizado com 11 portadores de hemofilia submetidos a entrevistas guiadas por questionário semiestruturado, gravadas mediante autorização e transcritas na íntegra. Os dados coletados foram submetidos à análise temática de conteúdo proposta por Bardin e resultaram em três categorias: (1) Autoconhecimento das pessoas que vivem com a hemofilia, (2) Assistência Integral em Saúde aos Portadores de Hemofilia, (3) Relação entre a sociabilidade, saúde mental e desnudamento de preconceitos e estigmatizações vivenciada pelos hemofílicos. Os dados ainda permitiram uma síntese sobre dados sociodemográficos e uma análise sobre estratégias para manutenção da qualidade de vida dos hemofílicos. Conclui-se que é de fundamental o investimento nos serviços de assistência em saúde, incluindo a capacitação da equipe multiprofissional, o financiamento de pesquisa e tecnologia para avanços terapêuticos, o incentivo ao acompanhamento psicológico e a inclusão de Praticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), além da disseminação de conhecimento sobre essa disfunção hematológica na sociedade, como ferramentas para manutenção e melhoria da qualidade de vida dos portadores de hemofilia.
RESUMO: As doenças crônicas não transmissíveis constituem a maior carga de morbimortalidade mundial. Conhecendo a importância da educação em saúde na transformação da realidade, objetivou-se avaliar a eficácia de metodologias ativas em disseminar o conhecimento anatomofisiológico necessário para compreensão de fatores de risco e complicações relacionados à Hipertensão Arterial Sistêmica e à Diabetes, auxiliando o discernimento entre saber científico e senso comum. Para tal, realizou-se um estudo transversal quantitativo com 273 alunos do segundo ano do ensino médio de 11 escolas públicas estaduais do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Utilizou-se jogo com metodologias interativas de aprendizagem, sendo um mesmo questionário aplicado antes e após este para avaliar seu impacto. A média geral de acertos aumentou em mais de 100% após a intervenção (de 24,18 para 52,91%). Houve menor porcentagem de acertos em Diabetes (21,8%) e anatomia (13,74%), sendo esses o tema e o eixo com menores crescimentos proporcionais da média de acertos (27,44% em diabetes e 6,68% em anatomia). A alternativa “Não sei responder” foi assinalada por 28,21% dos alunos pré-ação e por 4,58% pós-ação. Apesar do eixo “fatores de risco” apresentar a melhor média de acertos pré-intervenção (41,58%), o eixo “senso comum” obteve o maior acréscimo (37,99%). As escolas da Zona Rural apresentaram menor média de acertos em ambos os questionários quando comparadas às da Zona Urbana (20,43% versus 24,84% no pré-ação e 49,39% versus 53,56% no pós-ação, respectivamente), achado possivelmente ao acaso, tendo em vista a menor amostra de estudantes da zona rural. Conclui-se que as metodologias interativas utilizadas melhoraram significativamente o desempenho dos alunos em todos os eixos abordados. Palavras-chave: Adolescência. Diabetes Mellitus. Hipertensão. Saúde Pública. Prevenção Primária.
Estudos recentes evidenciam a importância das metodologias ativas para fortalecer a educação básica, principalmente ao analisar a indissociabilidade entre educação e saúde no desenvolvimento do adolescente. Este estudo buscou relatar a utilização da gamificação como recurso inovador no processo ensino-aprendizagem de principais agravos em saúde. Trata-se de um relato vivencial na ótica dos extensionistas, baseado no uso da gamificação em uma ação do projeto FAASPE no município de Areia Branca/RN, objetivando identificar benefícios na aquisição de saberes sobre agravos em saúde pública. A gamificação mostrou-se positiva na construção de saberes anatômicos, fisiopatológicos e dos fatores de riscos das patologias abordadas, solidificando a Educação Permanente em Saúde com jovens e adensando a autonomia para o autocuidado na adolescência pela participação ativa estudantil.
Introdução: A adolescência é marcada por mudanças biopsicossociais e comportamentais, as quais são importantes para a construção da autonomia durante novas experiências. Porém, alguns hábitos nessa fase podem conferir riscos à infecção pelo HIV. Objetivo: Avaliar práticas de adolescentes escolares que conferem risco à infecção pelo HIV, contrastando aspectos comportamentais com o nível de conhecimento prévio sobre esta infecção. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com abordagens descritiva, quantitativa e correlacional com 273 adolescentes de instituições públicas de ensino situadas em seis municípios brasileiros. Os dados foram coletados através de dois questionários, com foco no autocuidado e no nível de conhecimento sobre anatomia, fisiopatologia e fatores de risco da infecção pelo HIV. Foram utilizadas medidas de frequência absoluta e relativa, bem como testes de correlação de Pearson (p valor < 0,05). Resultados: Ocorreu maior representatividade dos adolescentes escolares com faixa etária entre 16 e 17 anos e sexo feminino. Os resultados mostram comportamentos de risco de exposição ao HIV, como atividade sexual precoce (38,4%), uso de drogas (21,8%), múltiplos parceiros sexuais (40,4%) e sexo desprotegido (54,5%), cenário que não esteve relacionado necessariamente com déficit de conhecimento. Ainda, o estudo aponta que quanto mais precoce a sexarca ou uso de drogas, maior o número de parceiros sexuais durante a adolescência, sugerindo alto risco de infecção pelo HIV. Acerca do uso de metodologias interativas, estas se apresentaram como potenciais ferramentas na educação permanente em saúde. Conclusão: Constatou-se importantes comportamentos de risco referentes à infecção pelo HIV, por escolares, e que essas práticas não estão necessariamente ligadas ao déficit de conhecimento sobre este agravo. As implicações deste estudo são direcionadas ao fomento de mudanças em práticas de profissionais da saúde e educação, bem como desenvolvimento de políticas públicas que visem à redução do comportamento de risco pelos adolescentes.
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