Objetivo: investigar índices de ocorrência de coinfecção Staphylococcus aureus e SARSCoV-2 e discutir o uso de antimicrobianos durante a pandemia COVID-19. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com busca de artigos na base de dados médicos internacional PubMed, com a produção de um fluxograma que inclui identificação, seleção e inclusão dos dados. Resultados: Os dados de coinfecção com S. aureus em pacientes COVID-19 são ainda escassos, todavia atentampara uma taxa de coinfecção baixa. Embora os índices estatísticos sejam baixos, quando esse tipo de coinfecção se faz presente, resulta em agravamento da COVID-19 elevando a chance de letalidade. Suspeitas de coinfecções levam ao uso de antibióticos, muitas vezes de forma empírica, o que pode favorecer o aumento da seleção de bactérias resistentes, sendo este último ponto um problema grave de saúde pública mundial. Considerações finais: A partir da situação atual, é imperativo aconselhar o uso racional de antimicrobianos, mediante critérios clínico-epidemiológicos, rastreio laboratorial e teste de sensibilidade aos antimicrobianos. Tais parâmetros asseguram o correto tratamento, controlam a seleção de cepas multirresistentes e auxiliam na segurança do paciente.
Objetivo: destacar fatores de risco e discutir o panorama atual da Sífilis congênita no Brasil. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa de literatura, baseada no modelo PRISMA com busca de artigos nas bases de pesquisas biomédicas Pubmed e Science Direct, em um intervalo de publicação de 2011 a 2020, o que resultou na produção de um fluxograma, seguindo as etapas de identificação, seleção e inclusão dos dados. Resultados: foi observado um aumento significativo na incidência de casos de sífilis gestacional e congênita na última década. Além disso, foi possível o levantamento de grupos que apresentam maior propensão em transmitir a sífilis congênita; sendo as mulheres com baixa escolaridade, em vulnerabilidade socioeconômica, em uso de drogas ilícitas, durante a gravidez, autodeclaradas pretas ou pardas e a alta incidência de sexo desprotegido, as casualidades que levaram ao aumento dos casos. Considerações finais: este estudo sugere possíveisfalhas do sistema de saúde em oferecer um pré-natal adequado, diagnóstico assertivo de sífilis e outras ISTs, tratamento correto e campanhas de conscientização que alcance os grupos de maior propensão.
Quanto frenesi uma infecção viral poderia causar? O vírus da família de betacoronavirus, SARS-CoV-2, agente da COVID-19, abala estruturas econômica e sanitária em todo o mundo desde final de 2019. São inúmeras as tentativas de impedir a expansão deste vírus, sejam através de medidas sanitárias efetivas, ou na "corrida do ouro" por reposicionamento de fármacos e desenvolvimento acelerado de vacinas. Neste sentido, o uso empírico de fármacos como os antibióticos aumentaram ainda mais em pacientes hospitalizados, na tentativa de evitar coinfecções bacterianas, o que poderia ser um agravante nos desfechos clínicos desfavoráveis. No entanto, o uso não racional destes medicamentos, além de contribuírem para o surgimento de micro-organismos multirresistentes, podem contribuir para um quadro preocupante, a disbiose intestinal, um evento com proporções "pleiotrópicas", que pode agravar demasiadamente a infecção por SARS-CoV-2. Diferentes estudos relatam que pacientes hospitalizados com COVID-19 vêm apresentando redução populacional de bactérias probióticas produtoras de butirato, como Faecalibacterium prausnitzii, além da redução na razão Firmicute/Bacteroidetes e aumento da proporção de Actinobacterias, entre outros patógenos oportunistas. Este desequilíbrio na microbiota intestinal tem sido correlacionado à elevação dos níveis de indicadores bioquímicos pró-inflamatórios e redução dos anti-inflamatórios, os quais contribuem para desfechos desfavoráveis. Destarte, compreender as interações microbianas harmônicas e desarmônicas no contexto da COVID-19, podem auxiliar no desenvolvimento de estratégias não farmacológicas, capazes de modular a resposta do hospedeiro e evitar complicações, particularmente no tocante aos pacientes com comorbidades.
Objetivo: Analisar a ocorrência de Cryptosporidium spp. em águas residuais no Brasil, bem como a prevalência em grupos de risco, na última década. Método: Trata-se de revisão integrativa, empregando os descritores DeCs: Cryptosporidiosis, Brazil, Adult, Children, Water, Food, Prevalence e Epidemiology, na base de dados PubMed, com recorte temporal entre janeiro de 2010 a setembro de 2021. Resultados: 26 artigos foram inicialmente encontrados na base de dados PubMed, dentre esses, 11 foram incluídos seguindo critérios PRISMA, e 15 foram excluídos por não se adequarem ao escopo proposto para o presente trabalho. Discussão: A análise dos estudos evidenciou altas taxas de criptosporidiose em crianças socioeconomicamente desfavorecidas e em pacientes imunodeprimidos. Ademais, os estudos em estações de tratamento evidenciaram baixa prevalência de Cryptosporidium spp. nas águas destinadas a reuso. Considerações finais: A constatação de elevada prevalência de Cryptosporidium spp. em populações de baixa renda reitera a problemática da criptosporidiose enquanto doença tropical negligenciada. A falta de dados de qualidade microbiana para água de reuso e de utilização direta por áreas rurais ainda inviabiliza inquéritos neste contexto. Por fim, há limitados estudos que tratem de inquéritos epidemiológicos da criptosporidiose no Brasil, dificultando um recorte próximo da realidade acerca da prevalência desta parasitose.
This letter highlights the relevance of investigating the potential connection between testosterone and SARS-CoV-2 infection to support the comprehension of the COVID-19 pathophysiological outcome. The relationship converges since SARS-CoV-2 has a virulence mechanism, the Spike glycoprotein, that mediates viral entry by binding to ACE2 on the epithelial cell surface, a process supported by transmembrane protease serine 2 (TMPRSS2) (Osuchowski et al. 2021). Therefore, the co-expression of TMPRSS2 and ACE2 is required to ensure viral infection.Interestingly, the TMPRSS2 transmembrane protease gene transcription is stimulated by the nuclear androgenic receptor and the Prostatic Specifi c Antigen (PSA) (Afar et al. 2001). This receptor plays a function in several tissues, being expressed in the adult heart, lung, brain, and fetus liver, in addition to a tangible expression in the prostate (Vaarala 2001). TMPRSS2 has a wellestablished role in some viral infections, such as H7N9 Infl uenza, some Coronaviridae family viruses, furthermore neoplasms, for example, in prostate cancer and metastases (Lucas et al. 2014).
People living with HIV (PLHIV) are at greater risk of infection and development of tuberculosis, caused by Mycobacterium tuberculosis. In Brazil, the high mortality rate is identified precisely on the occasion of coinfection and it can actively lead to severe complications. This study aimed to analyze the treatment of multidrug-resistant tuberculosis in patients co-infected with HIV and the incidence of this condition in the Federal District, Brazil. We reviewed the literature via the databases PubMed, Embase, and Biblioteca Virtual em Saúde between September and October of 2021, and selected 15 studies fitting the eligibility criteria. The unified health system provides the first-line treatment and recommends using the Directly Observed Treatment. However, when there is resistance or significant intolerance to first-line drugs, second-line drugs are needed. Drug repositioning may be a promising strategy to improve tuberculosis treatment through new therapeutic options and to overcome these problems. The risk of interactions and their complications in PLHIV in antiretroviral therapy and second-line treatment of tuberculosis is even more concerning, which can result in reduced efficacy or increased toxicity of both treatments. Nevertheless, children show better outcomes among patients in TB/HIV co-infection studies, even after second-line treatment fails. These results demonstrate the complexity and seriousness of co-infection epidemiology, treatment, follow-up, and margin of success. Aggravated by factors such as increasing resistance to M. tuberculosis in Brazil and the world, the challenge of monitoring patients' treatment and keeping their adhesion, and the high rate of adverse effects caused by drugs.
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