Resumo Busca-se neste texto refletir sobre o uso de metodologias participativas na educação permanente de agentes comunitários/as de saúde, numa discussão sobre os limites e potencialidades de tais metodologias estimularem reflexões e possíveis mudanças nas práti-cas cotidianas desses profissionais. Foram realizadas entrevistas e caminhadas transversais com os/as agentes, que resultaram em relatorias utilizadas como material de análise. Não seria simples mensurar o impacto que essa metodologia tem no processo de construção do pensamento reflexivo, mas a análise do potencial das metodologias participativas em atividades de formação de agentes comunitários da saúde permitiu perceber que houve empoderamento quanto aos temas abordados. Pôde-se compreender o quão significativas as metodologias se mostraram na abordagem das temáticas, especialmente nos temas 'prevenção de doença e promoção da saúde' e 'violência de gênero'. Conclui-se que o fato de algo poder ser percebido com outros significados e sentidos possibilita outros modos da produção de práticas cotidianas. Palavras-chave construção coletiva; conhecimento e prática; atuação profissional. AbstractThis article seeks to reflect on the use of participatory methodologies in the continuing education of community/health workers, in a discussion about the limits and possibilities of such methodologies, encouraging reflections and possible changes in these professionals' daily practices. Transect interviews and walks were carried out with the agents, which resulted in the rapporteurs that used as material for analyses. It would be no simple task to measure the impact that this methodology has on the process of building reflective thought, but the analysis of the potential of participatory methodologies in the training activities aimed at community health workers allowed us to realize that there was empowerment with regard to the themes addressed. It was possible to understand how significant the methodologies have shown to be in addressing the issues, especially with regard to the 'prevention of disease and promotion of health' and to 'gender violence.' In sum, the fact that something can be realized with other meanings and senses allows other modes of production of daily practices.
Analisamos a identidade da agente comunitária de saúde (ACS) a partir da categoria gênero em diálogo com as categorias espaço público e privado/doméstico e saberes populares e científicos. A profissão de ACS é desvalorizada não por ser ocupada quase totalmente por mulheres, mas por ser um trabalho visto como feminino - condição historicamente marcada pela desigualdade de gênero, associando a mulher aos cuidados domésticos e à subordinação. Essa profissão reflete posições de gênero hegemônicas e a definição de sua identidade se dá no dia a dia, na convivência com a equipe de saúde e comunidade, repleta de conflitos e afetos e nas práticas cotidianas marcadas por hierarquias. Concomitantemente, carrega a possibilidade de um horizonte emancipatório, definido na criação do trabalho comunitário e ordenado para o cumprimento do princípio da integralidade.
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