Com a emergência da perspectiva teórica da Teoria da Cultura do Consumidor e o consequente reconhecimento da cultura como elemento central nos estudos de marketing, o marketing etnográfico foi aceito como metodologia viável para o estudo do consumidor sob um viés interpretativista. Se, por um lado, a etnografia convencional não mais dá conta de estudar a rápida circulação de significados, objetos e identidades culturais, por outro, permanece a preocupação com a direção que essa disciplina da Antropologia está tomando, quando usada sob o rótulo de marketing etnográfico. O objetivo desse ensaio teórico é discutir o advento do marketing etnográfico, suas particularidades, operacionalização, vantagens e limitações nos estudos de consumo. A revisão bibliográfica permitiu vislumbrar as inúmeras contribuições que o marketing etnográfico garante aos estudos de consumo, desde que as premissas e limitações dessa metodologia sejam observadas e cumpridas.
Paradoxos tecnológicos são qualidades contraditórias presentes em uma mesma tecnologia, capazes de afetar a experiência de consumo. Devido os estudos sobre o tema se concentrarem na investigação de adultos jovens, pouco se sabe sobre as dualidades associadas ao consumo de tecnologias por idosos. Assim, esse artigo busca identificar os paradoxos tecnológicos associados ao consumo de smartphones por idosos. Foram conduzidos grupo de foco e entrevistas em profundidade com 20 consumidores cariocas de 65 a 85 anos, que usavam smartphone. Os dados apontam que esses consumidores experimentam 5 paradoxos tecnológicos, capazes de gerar mais experiências de consumo mais negativas do que positivas. O uso majoritário de estratégias de resistência sugere a dificuldade desses idosos em lidar com tais paradoxos, o que faz com que optem, primordialmente, por se afastar da tecnologia.
RESUMO Os homens vêm questionando estereótipos de gênero que instituíam o que deveriam ou não consumir. Um exemplo disso é o crescimento do mercado de serviços para esse público, como as novas barbearias. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar de que modo as identidades masculinas são construídas, administradas e negociadas em espaços de barbearias. Como métodos, foram realizadas observação participante em barbearias e 17 entrevistas com consumidores e prestadores de serviços. Os resultados sugerem que os significados simbólicos sobre o que é ser masculino emergem em um processo dialético entre os clientes, prestadores de serviços e os espaços das barbearias, sendo utilizados ativamente para a construção e negociação de suas masculinidades. Esse processo acontece de três formas: i) distinção do universo feminino; ii) espaço de relaxamento e bem-estar, e iii) espaço de sociabilidade entre homens. O estudo é concluído apresentando as implicações acadêmicas e gerenciais.
RESUMOO processo de Comunicação Interna apresenta benefícios inúmeros para as empresas que o praticam. Além de ser o meio oficial pelo qual a empresa e seu público interno se comunicam, este processo está diretamente ligado ao alcance efetivo dos objetivos organizacionais. Porém muitas vezes o impacto das ações de Comunicação Interna na estrutura organizacional é questionado devido à falta de uma sistemática válida e factual para avaliação de seus resultados. Este estudo tem como objetivo identificar modelos para avaliação de Comunicação Interna, a partir da discussão sobre a dificuldade de avaliar seus resultados. Com base em extensa leitura sobre o assunto, são sugeridos três modelos para avaliação, possíveis de serem aplicadas em diversas organizações, de acordo com o contexto, objetivo, natureza e porte organizacional.
PALAVRAS-CHAVE:Comunicação Interna. Avaliação. Modelos de Avaliação.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.