Este trabalho se propôs a analisar as contribuições do grupo como um espaço de estudo, pesquisa e desenvolvimento de competências em/sobre a Educação Interprofissional. Apresenta nuanças do estudo de caso e ancorou-se na abordagem qualitativa. As 14 narrativas conduziram ao campo das experiências e representações, objeto de compreensão, análise e interpretação da pesquisa. Da análise temática emergiram três eixos de categoria: motivações, expressando os movimentos de busca, ingresso e permanência; grupo como espaço de aprendizagem compartilhada e prática colaborativa, com dimensões intersubjetiva, pessoal, institucional; e grupo como processo de consolidação e reconstrução permanentes, com desafios na construção das aprendizagens, no processo grupal e na publicização. O grupo caracteriza-se como locus privilegiado para o compartilhamento de saberes, produção de conhecimentos e construção de aprendizagens.
Este artigo discute a Formação em Saúde em uma perspectiva inovadora e provém de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, que avalia a concepção de discentes egressos do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) em relação a participação no processo ensino/aprendizagem/avaliação das instituições de ensino superior do Estado de São Paulo, Brasil. Fundamenta-se nas perspectivas da educação interprofissional, aprendizagem significativa, trabalho em equipe e práticas colaborativas. A abordagem com complexidade em saúde se faz necessário para qualificação da assistência à saúde e as formas uniprofissionais de atuação, de forma isolada, são insuficientes. A interdisciplinaridade e interprofissionalidade são estimuladas a fim de superar esse descompasso e visando a investigação dessa situação, aplicou-se instrumento tipo likert e perguntas abertas à 50 egressos dos Programas. Os resultados evidenciaram o desenvolvimento de competências para interprofissionalidade e atuação com crítica, através do reconhecimento dos princípios, conceitos, pressupostos e de ações conjuntas que estimularam reformas curriculares, contudo, prevalece a desigualdade de acesso aos Programas. Assim, esse artigo reforça a necessária interferência das Políticas Indutoras de Reorientação da Formação em Saúde para a qualificação dos processos formativos e assistenciais da saúde.
Existem várias formas de vulnerabilidade, dentre elas a fragilidade de grupos, indivíduos e o fator econômico. E a atenção primária à saúde possui grande potencial para resolutividade de problemas gerais de saúde e demandas sociais, em face dos princípios do Sistema Único de Saúde – universalidade, equidade e integralidade. Assim sendo, objetivou-se identificar e classificar o grau de risco familiar da população adstrita de uma Unidade de Saúde da Família. Tratou-se de um estudo transversal, de natureza quantitativa e descritiva, em que foram analisadas 134 famílias (551 usuários) cadastradas na Unidade Básica de Saúde Rita Palmeira, a qual abrange cinco microáreas. Para estratificação do risco familiar foi aplicada a Escala de Coelho e Savassi (2004), composta por 13 sentinelas de avaliação do risco social. Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva simples. Os resultados mostram que 43,4% das famílias (315 usuários) não apresentaram nenhum risco. Contudo, mais de 1/3 se enquadrou em um escore de risco médio a alto. Esse achado é um alerta importante para a equipe de saúde da família, que tem potencial para estabelecer estratégias para minimizar a vulnerabilidade de seus usuários e promover qualidade de vida.
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